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PP dá até domingo para Fufuca desembarcar do governo Lula

União Brasil e PP definiram prazo para saída de filiados do Executivo

André Fufuca (Foto: Ministério do Esporte)

247 - O Progressistas (PP) trabalha com a expectativa de que o ministro dos Esportes, André Fufuca, peça demissão até domingo (5). A decisão está ligada ao movimento da sigla e do União Brasil, que em setembro definiram um prazo de 30 dias para que todos os filiados que ocupam cargos no Poder Executivo se desliguem de suas funções, sob risco de expulsão partidária.

Segundo o jornal O Globo, Fufuca, deputado licenciado pelo PP do Maranhão, integra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas é considerado um dos aliados mais próximos do presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI). De acordo com integrantes do partido, Fufuca conversou com Nogueira e indicou que seguirá a orientação partidária, deixando o ministério dentro do prazo estipulado. O ministro não se manifestou publicamente até o momento.

União Brasil antecipa saída

Diferentemente do PP, o União Brasil decidiu antecipar o cronograma e já iniciou a retirada de seus ministros. O titular do Turismo, Celso Sabino, deputado licenciado do Pará, afirmou que comunicou a Lula sua decisão de pedir demissão. Apesar disso, permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira. Sabino tenta viabilizar a nomeação de sua aliada Ana Carla Machado Lopes, atual secretária-executiva da pasta, como sucessora. A disputa, no entanto, também envolve o PT, que defende o nome do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e o PDT, que pressiona pela indicação do deputado André Figueiredo (CE).

Tensão entre Centrão e Planalto

As articulações de PP e União Brasil se somam a um momento de instabilidade na relação do governo com partidos do Centrão. Em reunião em agosto, Lula criticou ministros ligados às legendas por não defenderem sua gestão em eventos partidários, além de acusar Ciro Nogueira de tentar construir uma candidatura a vice-presidente ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A pressão de ambas as legendas tende a enfraquecer a base de apoio do governo no Congresso e abre espaço para disputas internas por ministérios estratégicos, aprofundando a tensão entre o Planalto e os partidos do bloco.

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