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Petroleiros rejeitam ACT da Petrobras e decretam greve

Categoria rechaça contraproposta do ACT 2025/26, aprova estado de greve e cobra retomada imediata das negociações com a Petrobras

Petroleiros rejeitam ACT da Petrobras e decretam greve (Foto: FUP)

247 - Os trabalhadores do sistema Petrobras rejeitaram, por ampla maioria em assembleias, a contraproposta da companhia para o Acordo Coletivo de Trabalho (2025/26) e aprovaram estado de greve, além de assembleia permanente. A decisão cobra a reabertura imediata das negociações com a direção da empresa e suas subsidiárias

De acordo com reportagem do Broadcast (Agência Estado), assinada por Denise Luna e publicada nesta segunda-feira (10), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) comunicou o resultado à Petrobras, à Transpetro, à Petrobras Biocombustível (PBio), à Araucária Nitrogenados (Ansa), à Termobahia e à Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). A entidade informou que uma nova rodada está marcada para terça-feira (11), quando a gestão da petroleira deverá responder sobre o Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e sobre as mudanças unilaterais nas jornadas de médicos e odontologistas

Em nota, a FUP afirmou: “O resultado demonstra a insatisfação generalizada com a postura da empresa e reforça a disposição dos trabalhadores em não aceitar retrocessos nos direitos da categoria e redução de custos promovida pela empresa em detrimento dos petroleiros”. A federação sustenta que tais medidas ferem o processo de negociação coletiva e precisam ser revistas na mesa de tratativas

As assembleias reafirmaram três eixos centrais da campanha nacional: uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros; a distribuição da riqueza gerada pela categoria; e a oposição a privatizações e ao novo modelo de negócios, que inclui parcerias com o setor privado e terceirização de atividades-fim nas Fábricas de Fertilizantes (Fafens) da Bahia e de Sergipe e na PBio

A entidade também destacou que a recomposição de efetivos e a convocação de aprovados em concursos são pautas urgentes. “A Fup também tem reiterado que a recomposição dos efetivos e a convocação dos cadastros de reserva de concursos públicos são temas urgentes da pauta, diretamente ligados à saúde e segurança no trabalho e à transição energética justa e participativa”, registrou

Outro ponto aprovado foi a quitação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2019, referente aos três primeiros meses do ano, período ainda coberto pelo ACT da época. Sobre o acerto, a federação afirmou: “O acordo, construído em mesa de negociação pela Fup, garantiu valor igual para todos os trabalhadores do Sistema Petrobras, marcando uma conquista de solidariedade e unidade da categoria, após mais de cinco anos de cobrança das entidades sindicais”

A FUP pressiona para que, na reunião de terça-feira (11), a empresa apresente respostas concretas sobre o PDV e sobre as jornadas de profissionais de saúde, temas que se somam às reivindicações estruturais da campanha e ao calendário de mobilização aprovado nesta segunda-feira (10).

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