Ministros do STF pedem a Lula “nome forte” para vaga de Barroso
O presidente não revelou sua escolha
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na noite de terça-feira (14), quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar no Palácio da Alvorada. A informação foi publicada pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. O encontro ocorreu dias após o anúncio da aposentadoria de Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, prevista para as próximas semanas.
Lula não revelou aos presentes quem será indicado para a vaga, tampouco se já tomou uma decisão definitiva. Limitou-se a afirmar que está “definindo” o nome e tranquilizou os magistrados: “Será uma boa escolha. Vocês vão gostar”, disse, de acordo com relatos do encontro.
O encontro no Alvorada
Estiveram presentes os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Também participaram o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Apesar das expectativas, Lula preferiu não sinalizar se a escolha já está feita, preservando o mistério até a indicação oficial ao Senado, responsável por aprovar o futuro integrante da Corte.
Pressão por um nome robusto
Durante a conversa, os magistrados expressaram preocupação com a conjuntura nacional e ressaltaram que a indicação de um candidato considerado “fraco” poderia prejudicar a autoridade institucional do Supremo. Embora não tenham declarado abertamente, ficou implícito que a preferência do grupo recai sobre o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso.
Pacheco conta ainda com o apoio de Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Contudo, nos bastidores, ganha força o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, apoiado pelo PT e por ministros próximos a Lula. O presidente também demonstra simpatia pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Disputa política pela vaga
A decisão de Lula se transformou em um tabuleiro político. Enquanto setores do STF articulam por Pacheco, com respaldo no Senado, aliados do governo defendem Messias como favorito natural da base lulista. A escolha final terá impacto direto não apenas no equilíbrio interno da Corte, mas também na relação do Planalto com o Legislativo.
