Lula reafirma a aliados que não cederá a pressões nas indicações ao STF
Presidente decidiu manter escolha de Jorge Messias para o Supremo e diz que não repetirá erros de nomeações anteriores
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a interlocutores que não pretende se submeter a pressões políticas ou jurídicas em futuras indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, o chefe do Executivo tem conversado sobre o tema com aliados desde o último fim de semana, reforçando que, em escolhas anteriores, acatou sugestões externas e hoje se arrepende dessas decisões.
Lula relembrou episódios envolvendo antigos indicados ao Supremo, como os ministros José Dias Toffoli e Joaquim Barbosa. No caso de Toffoli, o presidente se ressentiu de uma decisão tardia que o impediu de comparecer ao velório do irmão enquanto estava preso em Curitiba (PR). Já em relação a Barbosa, Lula recordou o julgamento do mensalão, conduzido por ele, que resultou na condenação de integrantes da cúpula do PT e em críticas públicas ao próprio presidente.
A experiência, segundo pessoas próximas, teria sido determinante para que o petista reforçasse sua disposição de agir com total autonomia na atual escolha. Lula definiu o advogado-geral da União, Jorge Messias, como seu indicado para a vaga aberta com a saída de Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF. O anúncio oficial, no entanto, deve ocorrer apenas após sua viagem à Malásia, programada para a próxima semana.
Fontes do governo afirmam que Lula está decidido e não pretende recuar da escolha. Além disso, o presidente tem articulado para que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) concorra ao governo de Minas Gerais em 2026. Pacheco, por sua vez, ainda avalia o cenário e exige como contrapartida uma ampla aliança política que envolva partidos da esquerda e do centro no segundo maior colégio eleitoral do país.


