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Lula expulsa servidor da CGU flagrado agredindo mulher e criança

“Não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças”, disse o presidente

Brasília (DF) - 10/12/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a abertura imediata de um processo interno para responsabilização e expulsão de um servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) flagrado agredindo uma mulher e uma criança em Brasília. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (25), após a circulação de imagens que mostram o episódio de violência ocorrido no início do mês.

.As imagens mostram o auditor David Cosac Junior, de 49 anos, atacando a mulher e o filho dela na garagem de um prédio em Águas Claras, no Distrito Federal. Em publicação feita na rede social X, Lula classificou o episódio como inadmissível e afirmou ter determinado providências imediatas. 

“A agressão covarde de um servidor da Controladoria-Geral da União contra uma mulher e uma criança, divulgada em vídeo pela imprensa, é inadmissível e precisa de uma resposta firme do Poder Público, considerando tratar-se de um servidor federal. Por isso, determinei ao ministro Vinícius de Carvalho, controlador-geral da União, a imediata abertura de processo interno para responsabilização e expulsão do serviço público do agressor”, declarou.

O presidente reforçou que a conduta de agentes públicos deve ser irrepreensível dentro e fora do ambiente de trabalho. “Não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças, estejam eles onde estiverem, ocupem as posições que ocuparem. Um servidor público deve ser um exemplo de conduta dentro e fora do local de trabalho. O combate ao feminicídio e a toda forma de violência contra as mulheres é um compromisso e uma prioridade do meu governo”, afirmou Lula.

Segundo a apuração do Metrópoles, David Cosac Junior recebe salário mensal de cerca de R$ 25 mil como auditor da CGU. Apesar das imagens e da repercussão do caso, ele permanece em liberdade.

A Controladoria-Geral da União também se manifestou oficialmente. Em nota, o ministro Vinícius Carvalho repudiou o ocorrido e destacou que o órgão adotará todas as medidas cabíveis. “Quero ser claro ao dizer que violência contra mulheres e contra crianças é crime. Não se trata de desentendimento, conflito privado ou questão pessoal. Estamos falando de agressão, de violação à lei e de afronta à dignidade humana […] A CGU vai acompanhar o caso e adotar todas as providências cabíveis dentro das próprias atribuições, com rigor, responsabilidade e respeito ao devido processo legal”, afirmou o ministro.

 

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