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Lula exalta legado de Clara Charf: “mulher extraordinária”

O presidente lamentou a morte da militante de esquerda, que foi uma das fundadoras do PT

Clara Charf (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou homenagem à ativista e militante de esquerda Clara Charf, que faleceu nesta segunda-feira (3), aos 100 anos. Viúva de Carlos Marighella, símbolo da resistência contra a ditadura militar, Clara foi lembrada por Lula como “uma mulher extraordinária” e “companheira de muitas caminhadas”.

Lula descreveu Clara como “corajosa, generosa, combativa e de grande maturidade política”, ressaltando sua trajetória marcada pela luta em defesa da democracia e pelos direitos sociais.

“Clara Charf nos deixou hoje, aos 100 anos de idade. Com seu falecimento, o Brasil perde uma mulher extraordinária. E eu perco uma companheira de muitas caminhadas”, escreveu o presidente.

O petista destacou ainda que a militante atravessou um século de vida “com uma flexibilidade bonita de quem sabia compreender o novo sem abandonar seus princípios, de quem olhava o mundo com lucidez e coração aberto”.

“Convivi com a Clara por mais de 40 anos. Aprendi muito com ela sobre política, solidariedade, resistência e humanidade. E hoje me despeço dela com carinho, respeito e gratidão a essa grande brasileira que tanto fez pelo nosso país e por todos nós que tivemos a sorte de tê-la por perto”, completou.

Uma vida dedicada à militância

Nascida em 1924, Clara iniciou sua trajetória política aos 21 anos, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Após o assassinato de Carlos Marighella, em 1969, durante a ditadura militar, foi obrigada ao exílio e viveu por uma década em Cuba.

Seu retorno ao Brasil ocorreu em 1979, momento de efervescência política e reconstrução democrática. Ao regressar, ela se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) e teve papel ativo na organização da nova sigla, ajudando a estruturar uma das principais forças políticas do país.

 

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