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Lula celebra saída de 26,5 milhões da fome: "Minha obsessão"

IBGE confirma que Brasil voltou ao menor índice de insegurança alimentar grave desde 2013; Lula destaca impacto do Bolsa Família e agricultura familiar

Lula (Foto: Agência Brasil )

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou nesta sexta-feira (10), em São Paulo (SP), os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do IBGE, que apontam a redução da fome e da insegurança alimentar grave no Brasil a patamares semelhantes aos de 2013. Segundo o levantamento, a proporção de lares com insegurança alimentar grave caiu de 4,1% para 3,2% entre 2023 e 2024, resultado que representa 2 milhões de pessoas a menos passando fome em apenas um ano.

 “Estamos vencendo a maior de todas as injustiças: a fome. O IBGE divulgou hoje que voltamos ao menor índice de lares com insegurança alimentar grave no Brasil, empatando com aquele registrado em 2013. Nos últimos dois anos, conseguimos as mesmas vitórias que levamos dez anos para conquistar nos meus dois primeiros mandatos e no mandato da presidenta Dilma Rousseff”, afirmou Lula.

A pesquisa mostra ainda que a parcela de domicílios em segurança alimentar — ou seja, com acesso pleno e contínuo à alimentação — subiu de 72,4% para 75,8% no mesmo período. Isso significa que 8,8 milhões de pessoas passaram a viver em lares com alimentação garantida.

Fome cai 12 pontos percentuais desde 2022

Segundo comparação feita com dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), o Brasil tinha 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave em 2022, o equivalente a 15,5% dos domicílios. Hoje, esse número caiu para 3,2%.

 “Livramos 26,5 milhões de pessoas do mal da fome. É isso que vemos quando comparamos os dados divulgados hoje pelo IBGE com o estudo feito em 2022 pela Rede Penssan”, destacou o presidente.
“Minha obsessão é que ninguém mais passe fome no país. E não sossegarei enquanto não atingir esse objetivo.”

Plano Brasil Sem Fome e políticas sociais

Lula atribuiu o resultado ao Plano Brasil Sem Fome, lançado em 2023, que reúne 80 ações e mais de 100 metas para ampliar a renda, garantir acesso a alimentos saudáveis e reduzir a desigualdade.

 “Continuarei cobrando que o Plano Brasil Sem Fome e as ações a ele ligadas continuem funcionando a todo vapor. Seguirei defendendo e melhorando o Bolsa Família, a compra e a doação de alimentos pelo governo e o investimento na alimentação escolar e na agricultura familiar”, afirmou o presidente.

A estratégia envolve a integração de programas sociais, políticas de segurança alimentar e incentivos à produção local.

 “Não pouparei esforços para que o trabalhador tenha mais renda e a desigualdade seja menor. Para que tenhamos mais empregos e mais salários. Para que todos os brasileiros e brasileiras possam fazer as três refeições do dia”, completou.

Brasil fora do Mapa da Fome

Os novos dados reforçam a saída oficial do Brasil do Mapa da Fome da ONU, anunciada em julho, quando a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) confirmou que o índice de prevalência de subalimentação caiu para menos de 2,5% da população.

 “A gente tinha acabado com a fome em 2014. Voltei em 2023 e havia 33 milhões de pessoas dentro do Mapa da Fome. Agora, acabamos outra vez em dois anos e meio”, disse Lula.

Discurso na FAO e nova aliança global

Na próxima segunda-feira (13), Lula participa da abertura do Fórum Mundial da Alimentação 2025, em Roma, evento que celebra os 80 anos da FAO. O presidente fará um discurso sobre a erradicação da fome no Brasil e lançará oficialmente o Mecanismo de Apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta liderada pelo Brasil durante a presidência do G20.

A Aliança, que reúne quase 200 membros e 103 países, terá sede na FAO e escritórios em Brasília, Adis Abeba, Bangkok e Washington. A iniciativa busca acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1 e 2) — erradicação da pobreza e fome zero — e fortalecer a cooperação internacional em políticas sociais e alimentares.

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