Líder do PT, Lindbergh dispara: taxa de juros é indecente e inaceitável
Copom aumentou a Selic para 15% ao ano
247 – A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar novamente a taxa Selic, desta vez para 15% ao ano, gerou reação no meio político. Para o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), a taxa básica de juros está “indecente” e o aumento não pode ser tratado como algo "normal".
“Não dá pra aceitar como normal o novo aumento da Selic pelo Banco Central. A taxa de 15% é indecente, proibitiva e desestimula investimentos produtivos. É a transformação do Brasil no paraíso dos rentistas: quem vive de juros ganha, quem trabalha perde”, escreveu em publicação na rede social X, nesta quarta-feira (18).
Farias também questionou o impacto da política de juros nas contas públicas. Segundo ele, o crescimento da dívida não é causado por programas sociais, mas sim pelo pagamento de juros.
“Falam muito de ajuste fiscal e da dívida pública. Mas o crescimento da dívida não vem dos programas sociais com saúde ou educação — vem do pagamento de juros. Em 2024, o déficit nominal foi de R$ 988 bilhões. Sabe quanto foi de gasto primário (políticas públicas de saúde, educação, previdência etc.)? R$ 18 bilhões. Os outros R$ 970 bilhões foram para juros da dívida”, continuou.
O deputado ainda cobrou coerência do Banco Central ao lidar com a questão fiscal. Ele também criticou a estrutura tributária, que, segundo ele, protege os super ricos e penaliza os mais pobres.
“O Banco Central não pode ignorar o impacto fiscal de sua política monetária. Se dizem que a dívida preocupa tanto, por que a política de juros não considera o custo que ela própria impõe às contas públicas? Vejam o tamanho do problema: o sistema tributário é absolutamente desigual, os super ricos não querem pagar impostos, ganham muito dinheiro com as aplicações com juros altos e insistem em cortar programas sociais de saúde e educação, bem como desvincular o salário mínimo da previdência”, completou.
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