Justiça italiana pode levar até seis meses para decidir sobre extradição de Carla Zambelli, diz embaixador
Renato Mosca afirma que extradição é provável, mas processo está suspenso por férias na Europa; deputada foi localizada em Roma
247 - O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, manifestou confiança na extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma após ter seu nome incluído na lista de foragidos da Interpol desde junho. Segundo o diplomata, o processo judicial que poderá devolvê-la ao Brasil pode se arrastar por até seis meses, em razão do recesso de verão europeu.
“Estou bastante convencido que a Justiça acolherá o pedido de extradição. Mas não há como saber quando isso vai acontecer. A decisão pode levar até seis meses. Mas tudo só volta a funcionar a partir de setembro”, declarou Mosca ao jornal O Globo, mencionando a suspensão dos trabalhos judiciais na Itália durante o verão.
De acordo com o colunista Bernardo Mello Franco, o embaixador relatou que a embaixada brasileira em Roma recebeu uma denúncia contendo o endereço onde Zambelli estaria morando. A informação foi prontamente encaminhada às autoridades italianas. No entanto, o deputado italiano Angelo Bonelli usou as redes sociais para afirmar que foi ele o responsável por fornecer o paradeiro da deputada.
“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli em publicação.
Justiça italiana avaliará prisão nas próximas 48 horas
A prisão da parlamentar foi possível por meio da “difusão vermelha” da Interpol, um alerta internacional que facilita a captura de indivíduos procurados por crimes graves. Segundo o embaixador Renato Mosca, a detenção ocorreu “dentro do previsto”.
Após a captura, a Justiça italiana terá 48 horas para decidir se Zambelli continuará presa. As alternativas são a conversão da prisão em domiciliar ou a imposição de monitoramento eletrônico com o uso de tornozeleira.
Condenação no Brasil e fuga para a Itália
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de dez anos de prisão. Ela responde por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos, em um episódio ocorrido em 2023. Desde então, passou a ser considerada foragida da Justiça brasileira.
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