Haddad: Fundo Tropical das Florestas deve chegar à meta de US$ 10 bilhões em 2025
De acordo com o Ministério da Fazenda, está sendo implementado um formato inédito de financiamento climático
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (6), em Belém (PA), que também que o Fundo Tropical das Florestas (TFFF) deve alcançar a meta de US$ 10 bilhões até o fim do ano.
Segundo o titular da pasta, os compromissos já anunciados superam 50% do valor previsto para o primeiro ano. Durante coletiva de imprensa, Haddad esclareceu que o dinheiro não envolve doações, mas aportes de capital de investidores, com retorno financeiro e ambiental.
“Não há doação, e sim um aporte de capital de investidores que serão remunerados por uma taxa básica. A diferença de juros — o spread — vai servir justamente de lastro para financiar o pagamento de serviços ambientais”.
Veja o que é o TFFF
O Ministério da Fazenda pontuou que o Fundo Tropical das Florestas (TFFF) propõe um formato inédito de financiamento climático: países que mantêm suas florestas tropicais conservadas receberão compensações financeiras por meio de um fundo de investimento global. O mecanismo transforma a preservação ambiental em uma alternativa economicamente vantajosa, estimulando o desenvolvimento social e econômico aliado à sustentabilidade.
Diferentemente dos modelos tradicionais, o TFFF prevê a captação de R$ 125 bilhões no mercado financeiro, com taxas de juros reduzidas, classificando-se como um ativo de baixo risco. Esses recursos serão direcionados a projetos com maior rentabilidade, gerando um lucro conhecido como spread.
A diferença obtida será distribuída entre os países com florestas tropicais, de forma proporcional à extensão preservada, enquanto os valores investidos serão devolvidos aos financiadores com ganho financeiro.
O sistema busca assegurar o desenvolvimento sustentável das comunidades locais e a estabilidade econômica dos países detentores de florestas, ao mesmo tempo em que oferece retorno para os investidores. Assim, o modelo reconhece e remunera os serviços ambientais prestados pelos ecossistemas tropicais.
A estrutura proposta garante que os investidores recuperem o capital aplicado, com rentabilidade compatível às taxas médias de mercado, contribuindo simultaneamente para a proteção das florestas e a redução das emissões de carbono.


