Família de Thiago Ávila reage a ataque de Israel ao ativista: "tentativa de descredibilizar"
Ativista brasiliense integra a Coalizão Flotilha da Liberdade, que leva ajuda humanitária aos plaestinos em Gaza
247 A família do ativista brasiliense Thiago Ávila reagiu às declarações do Ministério das Relações Exteriores de Israel, que o acusou de ser “fã do Hezbollah”. Para os parentes, a fala representa uma tentativa de descredibilizar sua atuação em missões de caráter humanitário.
“Acredito que essa fala é mais uma na linha deles de descredibilizar os participantes distorcendo a realidade absolutamente. Mas a verdade é que eles não têm nada contra nenhum deles. São pessoas lindas e puras”, afirmou a irmã do ativista, Luana Ávila, segundo a coluna Grande Angular, do Metrópoles.
Missão internacional rumo a Gaza
Thiago Ávila, de 38 anos, integra a Coalizão Flotilha da Liberdade, que reúne ativistas de diversos países. O grupo, que também conta com a presença da sueca Greta Thunberg, segue viagem rumo à Faixa de Gaza para entregar suprimentos humanitários. Durante a travessia, as embarcações já foram atacadas por drones, mas permanecem em curso, segundo informações compartilhadas pelos próprios ativistas.
Israel alega provocação
Na publicação oficial, o governo de Israel afirmou que os ativistas rejeitaram “todas as propostas de compromisso, inclusive as do Papa”. O texto também acrescenta: “Não se trata de ajuda, eles não se importam com os civis. É tudo uma questão de provocação. O resto de nós tenta convergir para a proposta do presidente Trump de acabar com o conflito”.
Histórico de atuação de Thiago Ávila
Com trajetória iniciada em 2005, Thiago Ávila já esteve envolvido em diferentes iniciativas de solidariedade internacional. Neste ano, visitou o Líbano, onde documentou os efeitos de ataques israelenses, e esteve em Teerã, capital do Irã, para participar de uma conferência e prestar condolências pela morte do então presidente Ebrahim Raisi.
O ativista também compareceu ao velório do líder do Hezbollah, Seyyed Hassan Nasrallah, em um gesto de solidariedade política. Em 2024, já havia tentado levar ajuda a Gaza em outra flotilha, mas a missão foi interrompida antes de chegar ao território.