Empregados da Caixa protestam contra reajuste nas mensalidades e defendem melhorias no Saúde Caixa

247 - Empregados da Caixa Econômica Federal realizaram nesta terça-feira (17) o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. A mobilização ocorreu em unidades do banco em todo o país, incluindo capitais e cidades do interior, com participação de trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. 

O ato foi convocado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), com apoio de centrais sindicais e entidades representativas.

A principal reivindicação é a manutenção do reajuste zero nas mensalidades do plano de saúde e a melhoria em seu atendimento e cobertura. As entidades criticam a política de custeio imposta pela direção do banco, com teto de 6,5% e cobrança por faixa etária, o que, segundo os organizadores, compromete a sustentabilidade do modelo solidário do plano.

Carta aberta cobra compromisso da direção do banco

Durante as atividades, foi lida em diversas unidades a carta aberta intitulada “Quem cuida do Brasil merece ser cuidado”. O texto destaca o papel dos empregados da Caixa na execução de políticas públicas e defende que o plano de saúde, previsto no Acordo Coletivo de Trabalho desde 2004, seja mantido como direito dos trabalhadores. A carta lembra a atuação dos empregados durante a pandemia e afirma que a manutenção de um plano com custos acessíveis é responsabilidade da empresa.

Ato em Brasília teve participação de dirigentes sindicais

Na agência da 515 Sul, em Brasília, estiveram presentes dirigentes da Fenae e do Sindicato dos Bancários de Brasília. O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, declarou: “Neste Dia Nacional de Luta, é fundamental a participação dos empregados da Caixa de todo o país na defesa do Saúde Caixa. O nosso plano de saúde está sendo atacado e precisamos garantir saúde digna para todos, preservando nossos direitos. Não podemos permitir a destruição de uma conquista histórica”.

Também participaram do ato a diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, e o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo de Souza. Segundo Rachel, “a mobilização nacional dos empregados foca na defesa do Saúde Caixa, já que o plano está sendo muito ameaçado, tendo a reivindicação do reajuste zero como principal questão a ser conquistada”. Para Eduardo Araújo, “as manifestações nas unidades e as conversas com os colegas sobre a situação do plano de saúde têm o propósito de reivindicar reajuste zero nas mensalidades, em contraposição ao modelo que a direção da Caixa tenta impor, com teto de 6,5% e cobrança por faixa etária”.

Na agência de Taguatinga Centro, também no Distrito Federal, houve leitura da carta aberta e diálogo com os empregados. O ato contou com a presença de Antonio Abdan Teixeira Silva, secretário de Finanças do Sindicato dos Bancários de Brasília e integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

Atos em diversos estados

Houve mobilizações em unidades da Caixa em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e outros estados. As ações incluíram distribuição de material informativo, como a cartilha “Queremos Saúde, Caixa!”, que explica o funcionamento do plano, os impactos do teto de 6,5% e os riscos à sua manutenção.

Em algumas agências, a abertura foi retardada como forma de protesto, e manifestações nas redes sociais acompanharam a mobilização presencial.