“É um criminoso que comete crime de lesa-pátria”, diz Luiz Marinho sobre Eduardo Bolsonaro

247 - A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, deflagrada pela decisão de Donald Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, provocou reações duras no governo Lula. Em declaração publicada nas redes sociais, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticouo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a quem atribuiu responsabilidade por apoiar ações que prejudicam o país no exterior.

"A imprensa brasileira precisa dizer com todas as letras: Eduardo Bolsonaro não é um deputado exilado — é o filho de um condenado que está nos EUA atacando a soberania nacional, as empresas, o agronegócio e os empregos brasileiros. É um criminoso que comete crime de lesa-pátria", afirmou o ministro.

A tarifa anunciada por Trump atinge em cheio setores estratégicos como o aço e o alumínio, já afetados anteriormente por barreiras comerciais.

O ex-presidente dos EUA justificou a medida com alegações infundadas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo Lula, acusando-os de promover censura contra redes sociais e de perseguir adversários políticos. Trump chegou a classificar o julgamento de Jair Bolsonaro como uma “vergonha internacional” e ordenou a abertura de uma investigação comercial com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 — um instrumento usado para apurar práticas desleais no comércio internacional.

Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e defendeu a legitimidade do sistema judiciário brasileiro.

Eduardo Bolsonaro teria atuado diretamente para influenciar a decisão do governo Trump de impor tarifas ao Brasil. Ele está atualmente nos Estados Unidos, onde atua publicamente contra o ministro Alexandre de Moraes e o governo Lula. A ofensiva de Trump, com possível apoio do deputado, é vista por setores do governo e por juristas como uma retaliação política que atinge diretamente os interesses econômicos brasileiros.