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      Conservadorismo recua no Brasil em 2025, aponta Ipec

      Índice caiu para 0,652, puxado por mulheres, idosos e população de baixa renda. Apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo registrou maior queda

      (Foto: Arquivo/ABr)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O conservadorismo no Brasil teve leve retração em 2025, segundo o Índice de Conservadorismo Brasileiro, divulgado pelo Ipec em parceria com o instituto Ipsos. O levantamento revelou que o índice caiu de 0,665 em 2023 para 0,652 neste ano, em uma escala de 0 a 1. A pesquisa abordou temas considerados polêmicos, como legalização do aborto, pena de morte, casamento homoafetivo, redução da maioridade penal e prisão perpétua para crimes hediondos, informa o Metrópoles.

      Apesar do recuo, o conservadorismo ainda permanece acima dos níveis mais baixos registrados em 2021 (0,639) e 2022 (0,637). De acordo com os dados de 2025, 49% da população brasileira se enquadra na faixa de “alto” grau de conservadorismo, 44% no grupo “médio” e apenas 8% no grupo de “baixo” grau.

      Grupos que puxaram a queda - A redução foi impulsionada principalmente por mulheres, pessoas com 60 anos ou mais, indivíduos com menor escolaridade, famílias com renda reduzida e moradores das regiões Norte e Centro-Oeste. A tendência progressista desses segmentos contrasta com o avanço do conservadorismo em outros setores.

      Avanço entre homens e elite - Homens, pessoas com ensino superior e brasileiros com renda familiar acima de cinco salários mínimos apresentaram aumento no conservadorismo. O índice entre os homens subiu para 0,681, superando a média nacional. Também se destacou o crescimento entre moradores de capitais, tradicionalmente mais progressistas.

      Apoio a pautas polêmicas - A pesquisa trouxe um panorama atualizado da opinião pública brasileira sobre temas sensíveis. Veja os principais resultados:

      • Prisão perpétua para crimes hediondos: 72% são favoráveis
      • Redução da maioridade penal: 65% apoiam
      • Pena de morte: 43% defendem, enquanto 49% se posicionam contra
      • Casamento entre pessoas do mesmo sexo: 36% são favoráveis
      • Legalização do aborto: apenas 16% apoiam, enquanto 75% rejeitam

      O recuo mais expressivo foi no apoio ao casamento homoafetivo, que caiu de 44% para 36% em apenas um ano, interrompendo a estabilidade dos anos anteriores. Já a pena de morte, que em 2023 tinha maior aprovação, passou a ser rejeitada por quase metade dos brasileiros.

      A legalização do aborto permanece com baixa adesão, mantendo-se no mesmo patamar dos últimos anos. A oposição ao tema continua dominante, mesmo entre os grupos que demonstraram maior tendência à redução do conservadorismo geral.

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