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Amcham Brasil alerta para riscos de retaliações comerciais contra os Estados Unidos

Entidade defende intensificação do diálogo para evitar prejuízos à economia e à imagem do Brasil no cenário internacional

Contêineres no Porto de Santos (SP) 03/04/2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - A Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio) divulgou nesta sexta-feira (29), em São Paulo, uma nota sobre o início do processo previsto na Lei de Reciprocidade Econômica em relação aos Estados Unidos. O comunicado, reproduzido pela própria entidade, enfatiza que as soluções para divergências comerciais devem ser buscadas pela via do diálogo e da negociação, evitando medidas de retaliação que possam acentuar tensões bilaterais.

Segundo pesquisa realizada pela Amcham Brasil, 86% das empresas consultadas avaliam que medidas de reciprocidade agravariam o conflito e reduziriam as chances de uma solução negociada, além de gerar maior incerteza para os negócios. As companhias manifestaram preocupações com a possibilidade de danos à imagem do Brasil como destino de investimentos, aumento da insegurança jurídica, riscos para cadeias produtivas que dependem de insumos e tecnologias norte-americanas e perda de competitividade internacional.

Na próxima semana, uma delegação da Amcham Brasil estará em Washington para participar da audiência pública relacionada à investigação aberta nos termos da Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos. Além da audiência, estão previstos compromissos com representantes do setor público norte-americano.

A entidade afirma que continuará a apoiar os esforços do governo brasileiro no sentido de intensificar os canais de diálogo com as autoridades em Washington. Em sua nota, reforça ainda a disposição em colaborar para alcançar um “desfecho equilibrado e mutuamente benéfico”, capaz de garantir previsibilidade às relações comerciais entre os dois países.

Com esse posicionamento, a Câmara Americana de Comércio ressalta a importância estratégica da parceria bilateral e alerta que iniciativas unilaterais podem comprometer a estabilidade econômica e prejudicar a inserção internacional do Brasil.

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