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Alvo de operação da PF, deputado Júnior Mano nega envolvimento em suposto esquema de desvio de emendas

Em nota, a assessoria do parlamentar afirma que Júnior Mano não tem participação em licitações nem ordenação de despesas em prefeituras

Alvo de operação da PF, deputado Júnior Mano nega envolvimento em suposto esquema de desvio de emendas (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) negou qualquer envolvimento com fraudes em licitações ou contratos administrativos após ser alvo, nesta terça-feira (8), de uma operação da Polícia Federal  (PF)autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apura a atuação de uma suposta organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de esquemas com verbas parlamentares e processos licitatórios.

Em nota divulgada à imprensa, a assessoria do parlamentar afirmou que ele não exerce funções administrativas em prefeituras e que não participa de comissões de licitação nem tem qualquer atribuição relacionada à ordenação de despesas. “Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”, diz o texto, de acordo com o Metrópoles.

A assessoria também destacou que Júnior Mano “reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”, além de expressar “confiança nas instituições”, com menção específica ao Poder Judiciário e à Polícia Judiciária Federal. Ao final da nota, o deputado afirma ter “plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta.”

A operação Underhand cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, incluindo a residência oficial do parlamentar em Brasília, um imóvel em Fortaleza e seu gabinete na Câmara dos Deputados. As ordens judiciais também foram executadas nos municípios cearenses de Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio.

De acordo com a Polícia Federal, “o núcleo investigado é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo.”

A apuração chegou ao STF após a PF identificar indícios de que o deputado estaria “diretamente envolvido no desvio de emendas parlamentares, utilizadas para alimentar o esquema de (compra de votos) e consolidar sua base de apoio político.” Ainda segundo a corporação, as verbas desviadas teriam sido destinadas a prefeituras específicas.

O nome de Júnior Mano apareceu na investigação após uma denúncia feita pela prefeita de Canindé durante a campanha de 2022. Ela apontou supostos crimes eleitorais atribuídos ao deputado e a um aliado, que atualmente ocupa o cargo de prefeito em Choró, também no Ceará. 

Conforme a denúncia, Júnior Mano repassava emendas ao prefeito, que ficaria responsável por “lavar” os recursos. As suspeitas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral, segundo informou a Polícia Federal.

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