Alckmin diz que empenho do Brasil nesta semana é resolver questão do tarifaço dos EUA
Até agora, no entanto, não há sinais de que o governo norte-americano possa adiar a implementação da taxa de 50%
(Reuters) - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira que o governo brasileiro mantém o empenho essa semana para tentar resolver a questão do tarifaço norte-americano, previsto para entrar em vigor na sexta-feira.
"Todo o empenho agora nessa semana é para a gente buscar resolver o problema, nós estamos permanentemente no diálogo, nós estamos dialogando neste momento pelos canais institucionais e pela reserva", disse Alckmin.
Até agora, no entanto, não há sinais de algum movimento de que o governo norte-americano possa adiar a implementação da tarifa de 50% em toda a exportação brasileira para o país. Alckmin também não deu detalhes da negociação.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o governo trabalha com a certeza de que a taxação deve ser confirmada em 50%, porque não há tempo hábil para mudanças e, principalmente, pelas condições colocadas pelo presidente dos EUA na carta -- um dos pontos foi o fim do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir as medidas de contingência que o governo estuda para tentar minimizar o impacto das tarifas para os exportadores brasileiros.
De acordo com uma fonte palaciana, a discussão não foi definitiva, mas sobre possibilidades que devem ser apresentadas ao presidente ao longo da semana. "Não deve vir um pacote pronto, mas alternativas para o presidente decidir", disse a fonte.
A expectativa é que, em se confirmando as tarifas norte-americanas, algumas medidas sejam já apresentadas na sexta, mas não tudo -- vai depender do que vier do lado norte-americano.
A intenção, ainda, é continuar tentando negociar mesmo depois de 1º de agosto, mas apenas na parte comercial.
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