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Lula: "Eu quero paz, desenvolvimento e crescimento econômico"

Presidente reforça compromisso com crescimento do país, fortalecimento de políticas sociais e combate ao crime organizado

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou o compromisso de seu governo com o crescimento econômico, a justiça social e o fortalecimento da democracia em entrevista concedida ao Jornal da Band na quinta-feira (11). 

Logo no início da entrevista, Lula destacou que prefere olhar para a economia sob a ótica da população mais vulnerável. “Eu nunca fui de discutir macroeconomia, eu discuto microeconomia. Eu quero saber se o dinheiro está chegando lá embaixo. Porque quando o dinheiro chega lá embaixo, as pessoas vão comprar o que comer, o que vestir, o que usar dentro de casa”, afirmou.

Justiça tributária e programas sociais

Entre as medidas mencionadas, Lula citou a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, que tramita no Congresso Nacional. O presidente reforçou que a iniciativa busca corrigir desigualdades. “É fazer justiça tributária. É um reconhecimento de que as pessoas pobres não podem pagar o Imposto de Renda que os ricos não pagam nesse país”, disse.

Outro programa destacado foi o Gás do Povo, que prevê a gratuidade do botijão para quase 17 milhões de famílias. Segundo Lula, a medida corrige uma distorção: “Um botijão de 13 quilos sai da Petrobras a R$ 37 e chega ao consumidor, na maioria dos estados, a R$ 140. Nós vamos fazer com que as pessoas mais pobres recebam de graça”.

O presidente também lembrou a retomada do Luz do Povo, que garante isenção total na conta de energia para quem consome até 80 kW e desconto parcial para famílias com consumo de até 120 kW.

Emprego, salário mínimo e desigualdade

Ao longo da entrevista, Lula ressaltou que as políticas sociais e a valorização do salário mínimo foram decisivas para a queda no desemprego e na desigualdade. Ele destacou que o Brasil alcançou resultados inéditos.

“Se tem uma coisa que eu sei é fazer com que o país cresça, gere emprego, aumente o salário mínimo e faça benefício para as pessoas que mais precisam. Meu lema é o seguinte: muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza. Pouco dinheiro na mão de todos significa distribuição de riqueza. E é isso que eu quero”, declarou.

Investimentos e reindustrialização

O presidente ainda celebrou a retomada da indústria brasileira por meio do programa Nova Indústria Brasil, que soma R$ 642 bilhões em créditos. Segundo ele, após décadas de estagnação, o setor voltou a crescer. “Fazia décadas que a indústria não crescia. Cresceu 3,4%”, afirmou.

Relações internacionais e postura diplomática

Lula reforçou sua visão de uma política externa baseada na negociação e na ampliação de mercados. “Eu quero paz e amor, paz e desenvolvimento, paz e crescimento econômico, paz e harmonia. É por isso que o Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país”, afirmou.

Ele ressaltou que conta com o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) para conduzir as negociações com os Estados Unidos, a China e os países vizinhos. “Eu não quero briga nem com a Bolívia, nem com o Uruguai, e muito menos com os Estados Unidos e com a China. Estou me comportando com cuidado e sutileza democrática”, disse.

Segurança pública e combate ao crime organizado

Outro ponto de destaque foi a proposta de emenda constitucional (PEC da Segurança Pública) em tramitação no Congresso, que define o papel da União na atuação conjunta com estados contra a criminalidade.

Lula também anunciou a criação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, em Manaus, que reunirá representantes estaduais, federais e de países amazônicos para combater o crime organizado nas fronteiras.

“Daqui para frente é o seguinte: não tem mole para o crime organizado”, reforçou o presidente.

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