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      Paulo Henrique Arantes

      Jornalista há quase quatro décadas, é autor do livro "Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil". Editor da newsletter "Noticiário Comentado" (paulohenriquearantes.substack.com)

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      Steve Bannon sopra maldades no ouvido de Donald Trump

      Guru americano paira sobre governos e governantes pouco afeitos à democracia

      Steve Bannon (Foto: Steven Hirsch/Pool via REUTERS)

      A partir de sua chegada à Presidência da República, Jair Bolsonaro capturou para perto de sua persona pouco aprazível grupos extremistas de direita mundo afora, muito pela atuação de seu filho Eduardo e a despeito do primitivismo argumentativo deste. A elite brasileira fixa-se no topo social via exploração de costumes, regras morais hipócritas e disseminação despudorada de mentiras. Com Bolsonaro, Eduardo e Olavo de Carvalho, essa elite preconceituosa e egoísta agregou-se à cadeia global de extrema direita, cujo guru é americano.

      Depois de um século importando geladeiras e comida processada dos Estados Unidos, passamos a importar uma forma criminosa de fazer política, calcada na destruição de consensos globais e de avanços civilizadores. E num sofisticado processo de criação e disseminação de fake news.

      Steve Bannon, o guru americano, paira sobre governos e governantes pouco afeitos à democracia. A imprensa agora noticia que ele é homem por trás das sanções de Donald Trump ao Brasil, o sujeito a soprar-lhe maldades nos ouvidos, a lhe descrever fragilidades brasileiras. Não há surpresa.

      A proximidade dos Bolsonaros com o estrategista americano sempre foi exibida pela família como um troféu. Em outubro de 2021, Bannon disse publicamente que a eleição presidencial brasileira de 2022 seria “a segunda mais importante do mundo”, fundamental para o reerguimento do bloco global de extrema direita. Como se sabe, eles perderam e tentaram um golpe para permanecer no poder.

      O caso Cambridge Analytica-Facebook, durante a primeira campanha eleitoral de Donald Trump, teve Bannon no meio da turbulência. Naquela época já abundavam noticias de que o estrategista da extrema-direita queria aportar no Brasil.

      Não há sinais que o método Steve Bannon desaparecerá tão cedo. Não se vai acordar em 2030 e ver que o pesadelo acabou. No caso brasileiro, o método Bannon ancora-se em órgãos de imprensa de direita, os quais respaldam teses descoladas da realidade, nas redes sociais, operadas por megaempresas suscetíveis a qualquer coisa por dinheiro, e em crenças arraigadas na própria família brasileira. Importante salientar que não se trata de um simples movimento conservador, mas uma ação coordenada de dilapidação das conquistas civilizadoras, que agora conta com o apoio da maior força bélica do planeta.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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