No embalo da onda vermelha
O importante é manter a pegada
1) Depois da tornozeleira, da proibição de usar redes sociais, de manter contato com seu filho Eduardo e das restrições à sua movimentação, entre outras medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, Bolsonaro será condenado e preso em dois ou três meses. Disso ninguém duvida.
2) O projeto de anistia beneficiando os golpistas de 8 de janeiro de 2023 não será votado pelo Congresso Nacional.
3) É difícil imaginar que a direita e a extrema-direita terão juízo suficiente para marchar com a mesma candidatura em 2026.
4) As manifestações de rua dos fascistas, que outrora atraíam muita gente, estão cada vez mais esvaziadas.
Vento a favor do governo Lula e do campo democrático-popular:
1) Campanha pela taxação dos super-ricos e por uma tributação socialmente mais justa vira o jogo nas redes sociais e acua o Congresso conservador e reacionário.
2) Governo recorre ao Supremo, e vence, contra a derrubada pelo Congresso do decreto do IOF.
3) Lula assume a liderança da resistência da nação aos ataques à nossa soberania feitos por Donald Trump.
4) Em sintonia com o sentimento amplamente majoritário entre os brasileiros, o presidente Lula veta o projeto que aumentou o número de deputados federais.
5) Em cadeia nacional de rádio e TV, Lula faz um discurso de estadista. Fugindo do formalismo solene comum a esse tipo de pronunciamento e usando palavras fortes e certeiras, Lula denunciou o tarifaço de 50% como uma "chantagem" de Trump e acusou os políticos que o apoiam de "traidores da pátria".
6) Colhendo os frutos da mudança da conjuntura, o projeto do governo de maior impacto popular — o que isenta de pagamento de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil — avança na Câmara dos Deputados, sendo aprovado na Comissão Especial. Também foi aprovada, na Comissão de Constituição e Justiça, a admissibilidade da PEC da Segurança Pública, de autoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os deputados do Centrão e da extrema-direita reagiram no melhor estilo Eduardo Cunha, apelando para pautas irresponsáveis, como o desvio de R$ 30 bilhões do Fundo Soberano do Pré-Sal para salvar ruralistas caloteiros e a destruição do sistema de preservação ambiental do país. Nenhuma surpresa — e vêm mais golpes abaixo da linha da cintura por aí.
O importante é manter a pegada, seguindo firme em defesa da nação e da taxação BBB (Bancos, Bets e Bilionários).
Surgiu, enfim, a oportunidade de impor uma dura derrota aos inimigos da democracia e do povo brasileiro.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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