Moraes isolou o vírus Bolsonaro

Bolsonaro e seus apoiadores devem ter calculado que o apoio nas ruas serviria de escudo para suas provocações ao STF. Mais uma vez, erraram no alvo. 

Cinco anos depois de contestar o mandamento de “ficar em casa” durante a pandemia, ele inicia hoje uma longa temporada em que não poderá sair, nem se comunicar com sua bolha. 

A prisão domiciliar (e não preventiva) deve servir de aviso aos que ainda o apoiam em manifestações públicas, como aconteceu ontem. Esse apoio é uma clara obstrução e coação da Justiça, pois joga a opinião pública contra as decisões soberanas da mais alta corte do país e um dos pilares da democracia. 

Os que organizam comícios espúrios como o de ontem devem se tocar que estão participando da continuidade da tentativa de golpe, portanto sujeitos a punições severas, como o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, prefeito Ricardo Nunes, deputados Nikolas Ferreira e Sóstenes Cavalcanti, senador Flávio Bolsonaro e até a ex-primeira dama, que se apresenta como presidenciável. 

Essa candidatura não pode ser aceita pelo TSE. É evidente o desvio de finalidade e tentativa de burlar as restrições impostas ao marido.

Se eles continuarem em sua agenda criminosa terão de ser também isolados da sociedade, tal como o vírus Bolsonaro foi isolado para não contaminar a democracia brasileira.