Magnitsky de cool is roll. Vai chupar uma jabuticaba, Trump!
Alexandre de Moraes deve receber todo o apoio necessário da sociedade organizada contra esse arroubo autoritário dos EUA, defende Ricardo Nêggo Tom
Estima-se que o tarifaço imposto por Donald Trump a parceiros comerciais dos EUA já tenha rendido US$ 100 bilhões (R$ 545 bilhões) desde abril, quando as tarifas foram anunciadas, e possa render US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão) até o final do ano, conforme previsão do Tesouro Americano. O presidente norte-americano já celebrou os números durante uma reunião de gabinete ocorrida no último dia 08, na qual ele também teria sinalizado possíveis ameaças aos países integrantes dos BRICS. Entre elas, taxas e impostos adicionais sobre produtos exportados para os EUA.
Quando Trump declarou que “qualquer país que se alinhe com as políticas antiamericanas do Brics terá de pagar uma tarifa adicional de 10% e não haverá exceções a essa política”, ele não só estava ameaçando outras economias, mas também exercitando o poder imperialista estadunidense para se favorecer em negociações comerciais. Além de algo incomum nas relações internacionais, a estratégia utilizada por Trump se assemelha a de um mafioso que conduz a economia do seu país como se estivesse administrando uma “boca de fumo”. O que faz com que a geopolítica ganhe contornos de guerra entre facções criminosas na luta por territórios. No caso de Trump, ele está de olhos nas terras raras de outros países.
O Brasil tem a 2ª maior reserva de terras raras do planeta, só perdendo para a China, que domina o mercado global de refino dos minerais. Algo que incomoda os EUA, e faz com que Trump busque por fontes alternativas e mire o subsolo brasileiro como opção. O país possui uma riqueza estratégica com capacidade de impulsionar a transição energética e a indústria de alta tecnologia, fazendo os olhos de Trump crescer. Se estivéssemos sob o governo de Jair Bolsonaro neste momento, tudo já teria sido entregue ao Tio Sam, com direito a “i love you” e continência à bandeira norte-americana. Porém, no meio do caminho há um presidente que defende a soberania do seu país e que não se rende aos interesses do imperialismo. E Lula já deixou claro para Trump que o que ele quer está mole, digo, está bruto, e caso venha a ser explorado, será feito primeiramente pelo Brasil.
Nesse ínterim de interesses comerciais e geológicos, surge como interlúdio a tentativa desesperada do bolsonarismo em anistiar os criminosos golpistas do 08/01, sobretudo, o chefe da quadrilha, e de excluir as big-techs norte americanas de qualquer ilicitude cometida em solo brasileiro. Afinal, são elas os principais instrumentos da guerra híbrida que o imperialismo introduziu no país, para manipular politicamente a população através da propagação de fake News, e da entronização de figuras políticas ligadas aos interesses da extrema-direita mundial como salvadores da pátria. Uma canalhice metódica abraçada com muito amor e carinho pelo bolsonarismo, como forma de exercer o poder a qualquer custo. Mas no meio do caminho há um ministro do STF que não está disposto a permitir que tais big-techs continuem espalhando sua nefasta influência no país, e nem que as figuras instrumentalizadas por elas exerçam suas liberdades para cometer crimes como a tentativa de golpe do 08/01.
Era preciso derrubar essa barreira chamada Alexandre de Moraes, que se coloca como um obstáculo à naturalização da mentira, da violência e de golpes contra o estado democrático de direito na nossa sociedade. Ele é o principal alvo a ser abatido, ainda que o seu processo de destruição cause prejuízos aos interesses do país. Trump não se importa com Bolsonaro, e muito menos com seu filho Eduardo, que está nos EUA agindo como uma “little bitch” do Governo estadunidense, acreditando que possui grande relevância no cenário político internacional. Eduardo Bolsonaro é apenas um traidor, um Judas Iscariotes que vende a pátria que jurou amar, em troca do perdão pelos crimes cometidos por seu pai e quadrilha ilimitada. Um conspirador lesa-pátria que em tempos de guerra seria condenado ao paredão pelo crime de alta traição. Um sabujo do imperialismo à procura de um osso com sabor de impunidade.
A ofensiva dos EUA contra Alexandre de Moraes deve ser rechaçada pelo povo e pelas instituições brasileiras. Todo apoio deve ser dado à ele neste momento, porque as sanções que lhe foram impostas através da Lei Magnitsky são abusivas, autoritárias e criminosas, e visam atingir todo o país por meio da imposição do poder econômico daqueles que se julgam os donos do mundo. Os posicionamentos de Lula têm sido assertivos, firmes, e, acima de tudo, diplomáticos, no sentido de defender a nossa soberania e colocar Trump em seu devido lugar: o de presidente dos EUA. Não o de imperador do mundo, como o próprio Lula já o definiu. Não serão aceitas chantagens e ameaças cujo objetivo seja abrir o jogo de cartas políticas ao gosto da extrema-direita. Para isso, é importante que o povo se manifeste em apoio a Moraes, e em defesa da própria sobrevivência, que pode ser tarifada de maneira irreversível com o retorno da extrema-direita ao poder.
Moraes não deve estar nem um pouco preocupado com as sanções impostas, e muito menos com o insano mugir do gado que lhe pede a cabeça. Ele não vai cair, como preconizou Eduardo Bolsonaro, e nem deixará de colocar na cadeia o seu pai e toda a horda quadrilheira que tentou golpear a democracia brasileira, porque estará apenas fazendo o seu trabalho como ministro da suprema corte de justiça do país. O bolsonarismo vai se afogando no próprio vômito, acreditando que está saboreando uma vingança com sabor de vinho novo. Quando Trump soltar a mão do deputado traidor, e de seu papai golpista e covarde, haverá muito choro e ranger de dentes por toda a América. A família Bolsonaro, assim como todos os bolsonaristas que estão encorpando essa campanha de tentativa de destruição do próprio país, terão que enfiar suas cabeças ocas debaixo da terra. Não das raras, mas daquela onde o gato enterra o que eles verbalizam como ideologia. Magnitsky de cool is roll. Somos todos Moraes!
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