Império mostra sua face: tarifa de 50% contra o Brasil

Ao taxar produtos brasileiros com uma alíquota-monstro de 50%, o império norte-americano exibe a verdadeira face do liberalismo cantado em prosa e verso pela banda de música conservadora que dominou o debate econômico das últimas décadas como trilha sonora dos tempos atuais.

"Não vou ligar para o Trump para negociar nada, porque ele não quer", reagiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim que a medida foi anunciada, demonstrando lucidez necessária sobre a gravidade da mudança nas relações entre os dois países.

Diante da permanente boa vontade das autoridades brasileiras em suas tratativas com Washington, era razoável imaginar que, em vez de um ataque pelas costas, o país fosse mantido a par de uma gravíssima mudança em curso nos bastidores da 1ª potência mundial.

Ao optar pelo segredo absoluto, a Casa Branca tomou uma decisão que, nas condições atuais de temperatura e pressão, não passa de um vergonhoso ataque pelas costas, que irá submeter a economia brasileira a transtornos e imprevistos impensáveis até a véspera. Primeiro alvo de Washington, prevê-se que, nos próximos dias, as economias do Japão, Coreia do Sul e União Europeia serão atingidas por medidas semelhantes.

Diante de uma mudança de tamanha envergadura, que terá um imenso impacto inegável sobre o conjunto da economia do país, apenas ingênuos e mal-intencionados podem imaginar que não é necessário fazer um balanço das relações com o império e traçar novas perspectivas, quando o interesse do Brasil e dos brasileiros deve ser colocado em primeiro lugar.

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