Bolsonaro procura desesperadamente a Prisão?
Ex-presidente busca a prisão imediata, um cálculo político arriscado e radical de enfrentamento ao STF, para polarizar o país e tornar-se um mártir político
Na sexta-feira, 18 de julho de 2025, uma decisão do Ministro-relator, Alexandre de Moraes, impôs medidas cautelares em face do Réu Jair Bolsonaro, por conta das ações conjuntas dele e dos seus filhos para tumultuar o processo e descredibilizar a justiça brasileira junto ao governo dos Estados Unidos da América do Presidente Donald Trump, uma espécie de Coringa em plena Gotham City, que irresponsavelmente retaliou o Brasil (para atingir o BRICS) e usa a condição de Réu do seu amigo Bolsonaro como uma desculpa esdrúxula para a sanção econômica.
As medidas impostas pelo Ministro Alexandre de Moraes foram ratificadas pela maioria da Primeira turma do STF. São medidas severas e todas previstas pela legislação brasileira, cabíveis e adequadas ao Réu, são anteriores e evitam a sua Prisão Preventiva (a mais extrema medida, não imposta, ainda que cabível). A medida mais dura é o uso da tornozeleira eletrônica que o próprio Bolsonaro diz ser a “suprema humilhação”, com ela a restrição de redes sociais, o seu recolhimento à residência entre 19 e 6 da manhã.
Acontece que a reação do clã Bolsonaro é, como se esperava, de completo desespero e exigindo que o governo dos EUA, no limite, faça uma intervenção (militar?) no Brasil. Num dos vídeos, o Deputado (licenciado??) Eduardo Bolsonaro insinua que se os EUA impuserem medidas de “terra arrasada (ao Brasil), eu me sentirei vingado dessa ditadura de toga”. Uma frase dita por um parlamentar brasileiro que está há 4 meses morando nos EUA e conspirando contra sua pátria, é uma das maiores traições públicas de que se tem notícia.
O pai, Jair Bolsonaro, com sua tornozeleira eletrônica, hoje, 21.07, partiu para a tática de romper com as medidas cautelares, entre elas, uso indireto de redes sociais e fazer palanque política. Inclusive, hoje posou para foto mostrando o adereço típico dos bandidos, e, aos berros, disse que não matou ninguém, que não roubou os cofres públicos e é vítima de uma perseguição pessoal e vingativa por parte do Ministro Alexandre de Moraes. Na sexta, ao se apresentar para colocar a tornozeleira, aproveitou jornalistas e esculhambou além do Ministro, o Presidente Lula, como se ele fosse também responsável.
O que se depreende desse comportamento tresloucado é uma tentativa de radicalizar a sociedade, uma espécie de tudo ou nada.
De uma lado, nos EUA, o (ex) Deputado Eduardo Bolsonaro se nega a renunciar ao mandato, mesmo passado os 120 dias de licença, e berra nas redes sociais que em 2026 “Não haverá eleições no Brasil”, porque ele não poderá ser candidato, nem seu pai (já inelegível há 2 anos). Nessa mesma toada, o governador de São Paulo, o Capitão Tarcísio de Freitas repete a cantilena golpista de que não haverá eleições livres no Brasil, uma afronta golpista de um cidadão que “ganhou” literalmente um mandato em São Paulo, sem conhecer o nome de 3 ruas de nenhuma cidade do Estado.
Por seu turno, Bolsonaro busca a prisão imediata, um cálculo político arriscado e radical de enfrentamento ao STF, polarizar o país, tornar-se um mártir político dessa extrema-direita desvairada. Uma tentativa de criar um movimento de tumulto nacional contra sua prisão. As manifestações convocadas nesse domingo foram fracassadas, Michele e Damares, reuniram menos de 300 pessoas em Brasília, nos estados nenhum ação digna de nota.
As notícias dão conta que Silas Malafaia está preparando um “ato gigante, com surpresas” (vai aparecer nu?) para defender Bolsonaro. A tática de forçar sua prisão imediatamente é talvez a última cartada, algumas apostas de que os EUA fariam uma “extração” do aliado, que seria uma espécie de humilhação ao Brasil, uma fuga estilo Hollywood, o que provavelmente apenas piora a situação do clã Bolsonaro.
Por fim, dentro dessa mesma tática, olhando para 2026, há uma tendência de deslegitimar o pleito, estilo o que a extrema-direita faz na Venezuela e criar uma confusão internacional contra o Brasil de que não é um país com Democracia e nem Estado de Direito.
É preciso responder institucionalmente esses ataques e ameaças, garantir a vida e a integridade dos ministros do STF - os 8, especialmente os que os EUA suspenderam os vistos, pois se tornaram alvos dos Departamento de Estado, leia-se CIA - além do próprio Presidente Lula, o vice, Geraldo Alckmin e as principais autoridades do Brasil.
O Brasil é um país Soberano e a sua defesa é de todos e todas, sem nenhum medo ou receio.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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