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Venezuela consegue libertação de 252 cidadãos detidos em campo de concentração de El Salvador

Vitória diplomática da Venezuela contou com intermediação do ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero

Cidadãos venezuelanos retornam ao país após terem sido sequestrados pelos EUA e levados a prisão de segurança máxima de El Salvador (Foto: Telesur)

247 - O governo da República Bolivariana da Venezuela anunciou nesta sexta-feira (18) a libertação de 252 venezuelanos que estavam presos no Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), em El Salvador. A informação foi divulgada pela Telesur e confirmada em comunicado da presidência. O resgate humanitário dos migrantes foi possível após meses de negociações diplomáticas entre Caracas e Washington, com mediação do ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.

As autoridades venezuelanas classificaram a operação como um “triunfo diplomático” sobre os Estados Unidos e denunciaram que os detidos eram vítimas de “sequestro” e “desaparecimento forçado”. Ainda de acordo com o governo, os migrantes foram submetidos a “graves violações de direitos humanos” nas instalações do CECOT, construído sob a gestão do presidente salvadorenho Nayib Bukele e conhecido internacionalmente por suas condições extremas de encarceramento.

A repatriação ocorreu no contexto de uma troca de prisioneiros que envolveu a libertação de cidadãos norte-americanos processados na Venezuela. 

O presidente Nicolás Maduro autorizou pessoalmente a operação, que foi descrita como parte de uma estratégia humanitária de alto custo político e diplomático. "Pagamos um alto preço pela liberdade dos nossos compatriotas", afirmou o texto oficial.

Em paralelo ao acordo internacional, o sistema de justiça venezuelano também concedeu medidas alternativas à prisão para um grupo de cidadãos detidos por "crimes comuns e crimes contra a ordem constitucional", muitos deles presos.

A operação de repatriação, concluída nesta sexta-feira, reforça as posições do governo Maduro, que exerce uma diplomacia ativa e soberana, aliada à firmeza diante do imperialismo.

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