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Venezuela aumenta presença militar na fronteira com a Colômbia em meio a tensões com os EUA

Movimento é uma resposta aos avanços das forças dos Estados Unidos no Caribe, incluindo operações com navios de guerra

Soldados participam de um exercício liderado pelas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas para treinar cidadãos no manuseio de armas em Yagua, Venezuela, em 20 de setembro de 2025 (Foto: REUTERS/Juan Carlos Hernandez)

247 - A Venezuela intensificou a sua presença militar em diversos estados fronteiriços com a Colômbia nesta quinta-feira (16), como parte de um exercício estratégico em resposta à crescente mobilização militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe. A operação dos EUA, que teve início em agosto deste ano, consiste em uma série de missões de "antidrogas" que incluem a presença de sete navios de guerra nas proximidades da costa venezuelana, fato que gerou grande apreensão em Caracas.

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, acusa o regime de Nicolás Maduro de manter estreitos vínculos com o narcotráfico e, na última quarta-feira (15), autorizou operações da CIA contra alvos no território venezuelano. Para o governo de Maduro, a movimentação militar americana é uma clara "ameaça" à soberania do país e um indicativo de uma possível tentativa de "mudança de regime", o que justificaria, segundo autoridades venezuelanas, os exercícios militares em solo nacional.

Em resposta, Nicolás Maduro ordenou a mobilização de milhares de militares para os exercícios, que estão sendo realizados de forma abrangente nas regiões fronteiriças. "Estamos preparados para defender nossa soberania e responder com força a qualquer tentativa de interferência estrangeira", afirmou o presidente em uma declaração pública. A crescente tensão entre os dois países, especialmente no contexto da operação antidrogas dos Estados Unidos, tem se intensificado nas últimas semanas, com ambos os lados reafirmando suas posições em relação à segurança e aos direitos territoriais.

Enquanto isso, o cenário no Mar do Caribe continua sendo um ponto de confronto estratégico, com os Estados Unidos mantendo suas operações no mar e a Venezuela reforçando suas defesas em terra. A resposta de Maduro, que inclui manobras militares e o envio de mais tropas para a linha de frente, reflete a determinação do governo venezuelano em enfrentar o que considera uma tentativa de cerco militar e político.

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