Vazamento de petróleo no Equador provoca emergência ambiental e afeta milhares de pessoas
Rompimento de oleoduto contamina rio Esmeraldas, levando autoridades a decretarem emergência e população a racionar água
247 - Um vazamento de petróleo ocorrido na província de Esmeraldas, noroeste do Equador, levou as autoridades a declararem emergência ambiental e a orientarem os moradores a racionarem o consumo de água potável. O incidente, atribuído a um deslizamento de terra que rompeu um oleoduto, contaminou o rio Esmeraldas, afetando diretamente milhares de habitantes na região.
De acordo com informações da agência AFP, o vazamento ocorreu na localidade de Cube, onde a água do rio apresentou mudança de cor, alarmando os residentes. Moradores da área, como o agricultor Fernando Gandara, relataram que "a lama formada pelo petróleo penetrou em todas as encostas". Em resposta, a comunidade tentou conter o avanço do óleo construindo diques improvisados.
O Comitê de Operações de Emergência da capital provincial, também chamada Esmeraldas, declarou emergência ambiental devido às preocupações com a qualidade da água. Vilko Villacís, prefeito da cidade com mais de 200 mil habitantes, destacou que o vazamento causou "danos sem precedentes". A prefeitura suspendeu a captação de água do rio para o sistema de abastecimento e pediu à população que economizasse água.
Na cidade de Quinindé, aproximadamente 15 mil pessoas foram afetadas pela poluição dos rios resultante do "pior" vazamento de petróleo dos últimos anos na região costeira, conforme informou o prefeito Ronald Moreno nesta segunda-feira (17).
A estatal Petroecuador informou que está atuando para conter a emergência no oleoduto, parte do Sistema de Oleoduto Transequatoriano (SOTE), que transporta petróleo bruto da Amazônia. A empresa ainda não estimou o volume de petróleo derramado. Em 2024, o Equador produziu cerca de 475 mil barris de petróleo por dia, exportando 72% desse total. O SOTE é o oleoduto mais utilizado no país, com capacidade para transportar 360 mil barris diários ao longo de 500 quilômetros, desde a Amazônia até a costa do Pacífico.
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