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Segurança pública: Lula defende "estrangular o financiamento" do crime organizado

Na Cúpula Celac-UE, presidente afirmou que “não existe solução mágica para acabar com a criminalidade”

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Durante a IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), realizada neste domingo (9), em Santa Marta, Colômbia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o combate ao crime transnacional exige cooperação internacional e políticas coordenadas entre os países da região. O evento reuniu líderes das duas regiões para discutir integração, paz e desenvolvimento sustentável.

"Não existe solução mágica"

Ao tratar da segurança pública, Lula destacou que o enfrentamento à criminalidade deve ser conduzido dentro dos marcos legais e com respeito ao direito internacional. “Não existe solução mágica para acabar com a criminalidade. É preciso reprimir o crime organizado e suas lideranças, estrangulando seu financiamento e rastreando e eliminando o tráfico de armas”, declarou o presidente.

Lula enfatizou que a segurança é um dever do Estado e um direito humano fundamental, defendendo que nenhum país pode enfrentar o crime transnacional isoladamente. Segundo ele, apenas com ações integradas será possível conter o avanço das organizações criminosas que atuam em escala global.

Cooperação regional e resultados concretos

O presidente apresentou iniciativas brasileiras que já produzem resultados positivos na área de segurança. Ele citou a renovação do Comando Tripartite da Tríplice Fronteira, que envolve Brasil, Argentina e Paraguai, e o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, localizado em Manaus, que reúne nove países sul-americanos.

“Ações coordenadas, intercâmbio de informações e operações conjuntas são essenciais. Essas são plataformas permanentes de cooperação para combater crimes financeiros e o tráfico de drogas, de armas e de pessoas”, afirmou.

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