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Presidente do Panamá diz aos EUA que parem com "mentiras e falsidades" sobre o canal

José Raúl Mulino acusou os EUA de espalharem "mentiras" após afirmarem que seus navios poderiam passar pelo canal sem pagar

José Raúl Mulino (Foto: Aris Martinez/Reuters)
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Reuters - O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos estavam espalhando "mentiras e falsidades" depois que o Departamento de Estado afirmou que as embarcações do governo dos EUA poderiam passar pelo Canal do Panamá sem pagar.

Os comentários provavelmente exacerbarão as tensões entre os dois países, marcando um retrocesso depois que os EUA citaram o progresso da cooperação militar e confrontaram alegada suposta influência chinesa sobre o canal.

O Panamá tem estado na mira da Casa Branca desde que o presidente Donald Trump afirmou que a hidrovia havia sido efetivamente tomada pela China e prometeu que os EUA estavam "tomando-a de volta".

Falando a jornalistas, Mulino expressou sua "rejeição absoluta" ao fato de as relações entre os dois países serem "baseadas em mentiras e falsidades".

O Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Autoridade do Canal do Panamá emitiu um comunicado na noite de quarta-feira, negando a alegação do Departamento de Estado dos EUA de que o governo do Panamá havia concordado em não cobrar mais taxas de travessia para embarcações do governo dos EUA, em uma medida que economizaria milhões de dólares por ano aos EUA.

Trump acusou o país centro-americano de cobrar taxas excessivas para usar sua passagem comercial, uma das mais movimentadas do mundo.

"Por que eles estão fazendo uma importante declaração institucional da entidade que governa a política externa dos EUA, sob o comando do presidente dos EUA, com base em uma falsidade?" Perguntou Mulino, chamando a afirmação de "simples e claramente intolerável".

Mulino disse que pediu a seu embaixador em Washington que tomasse "medidas firmes" para negar a alegação do governo Trump.

No início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com Mulino no Panamá durante uma viagem pela América Central. Após a visita, Rubio saudou a decisão do Panamá de não renovar a participação na Iniciativa Cinturão e Rota da China, um vasto plano de infraestrutura global liderado por Pequim, chamando a medida de "um grande passo à frente" para os laços bilaterais.

Mulino disse nesta quinta-feira que o Panamá havia apresentado formalmente um documento para sair da Iniciativa Cinturão e Rota, mas negou que a decisão tivesse sido tomada a pedido dos EUA, acrescentando que ele estava reservando um tempo para avaliar o relacionamento do Panamá com a China e o que era melhor para o país.

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