Lula e Claudia Sheinbaum aprofundam relações comerciais entre Brasil e México
Veja algumas estatísticas sobre o comércio entre os dois países
247 - O presidente Lula telefonou nesta quarta-feira (23), para a presidenta do México, Claudia Sheinbaum. Lula recordou o encontro que mantiveram durante a Cúpula do G7, no Canadá, e agradeceu a presença do chanceler mexicano na Cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro.
Durante o evento, o presidente ressaltou a importância de aprofundar as relações econômicas e comerciais entre os dois países, principalmente diante do atual momento de incertezas.
Os dois presidentes concordaram com as datas de 27 e 28 de agosto para visita do vice-presidente Geraldo Alckmin ao México, acompanhado de delegação empresarial e de outros ministros brasileiros.
Como resultado da visita, Lula propôs o início de negociações para ampliar o acordo comercial Brasil-México, que favoreça a expansão do fluxo comercial entre os dois países.
A presidenta Claudia e o presidente Lula destacaram os setores da indústria farmacêutica, agropecuária, de etanol, biodiesel, aeroespacial, bem como de inovação e educação como áreas estratégicas na relação bilateral.
Comércio
O México ocupa atualmente a sexta posição entre os principais parceiros comerciais do Brasil e figura como o quinto maior comprador de produtos brasileiros. Em 2023, o intercâmbio comercial entre os dois países movimentou US$ 14,1 bilhões.
Com uma população próxima de 130 milhões de pessoas, o México possui a segunda maior economia da América Latina, ficando atrás apenas do Brasil. No mesmo ano, o país registrou um avanço de 3,2% no PIB, marcando o segundo ano consecutivo com crescimento acima de 3%.
Nos últimos anos, os laços comerciais entre as duas nações se intensificaram. Entre 2019 e 2023, as vendas brasileiras para o mercado mexicano aumentaram 74%, mesmo com o impacto da pandemia, saltando de US$ 4,8 bilhões para US$ 8,5 bilhões.
Apesar dessa expansão, o México ainda representa uma fatia modesta das exportações totais brasileiras — apenas 2,5%, proporção semelhante à do Chile, que recebe 2,3% das vendas externas do Brasil.
Os produtos mexicanos correspondem a 2,3% do total das importações brasileiras. Em 2023, o Brasil comprou US$ 5,5 bilhões em bens do México, o que representa um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior.
BRICS
O grupo representa cerca de 39% do Produto Interno Bruto mundial com base na paridade do poder de compra (PPP), considerando os valores correntes. No que se refere ao comércio exterior, os países-membros foram responsáveis por 24% das transações comerciais globais. De acordo com o portal oficial do BRICS, os integrantes do bloco reúnem aproximadamente 48,5% da população mundial e ocupam 36% da área terrestre do planeta.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) destacou que o grupo detém expressiva relevância em recursos energéticos e minerais: abriga cerca de 72% das reservas conhecidas de minerais de terras raras, responde por 43,6% da produção global de petróleo, por 36% da extração de gás natural e por impressionantes 78,2% da geração mundial de carvão mineral.
Brasil
O Brasil assumiu a presidência do BRICS em janeiro de 2025. A gestão é rotativa de tem duração de um ano. A pesidência brasileira tem como lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”.
O Planalto informou que, na gestão do Brics, o Brasil prioriza dois eixos principais: Cooperação do Sul Global e Parcerias BRICS para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental. Essas duas propostas foram divididas em seis prioridades:
- Cooperação em Saúde Global
- Comércio, Investimentos e Finanças
- Mudança do Clima
- Governança da Inteligência Artificial
- Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança
- Desenvolvimento Institucional do BRICS
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