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EUA anunciam novo ataque contra suposto 'navio do tráfico' próximo à costa da Venezuela (vídeo)

Segundo o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, quatro supostos traficantes foram mortos no ataque

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, discursa para oficiais militares em Quantico, no estado da Virginia - 30/09/2025 (Foto: Andrew Harnik/Pool via REUTERS)

247 - O secretário de Guerra do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Pete Hegseth, anunciou nesta sexta-feira (3) um novo ataque contra uma embarcação no mar do Caribe, em área próxima à costa da Venezuela. As informações são do g1.

“No início desta manhã, sob ordens do Presidente Trump, realizei um ataque letal e cinético contra uma embarcação narcotraficante afiliada a organizações terroristas. (...) Quatro narcoterroristas homens a bordo da embarcação foram mortos no ataque, e nenhuma força americana foi ferida na operação”, escreveu Hegseth nas redes sociais. O secretário acrescentou que o navio transportava “quantidades substanciais de narcóticos” com destino aos Estados Unidos.

Documento confidencial enviado ao Congresso

De acordo com o The New York Times e a agência Associated Press, a Casa Branca enviou nesta semana um documento confidencial ao Congresso americano no qual descreve os ataques como parte de um “conflito contínuo e ativo” contra o narcotráfico.

O texto retoma os argumentos já utilizados para justificar operações militares na região, mas amplia as alegações ao afirmar que os ataques fazem parte de uma estratégia de guerra em andamento.

Histórico de operações na região caribenha

Em setembro, as Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram três ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe. Pelo menos duas dessas ações miraram barcos que teriam partido da Venezuela.

O primeiro ataque ocorreu em 2 de setembro contra uma lancha supostamente ligada à facção criminosa Tren de Aragua, classificada pelos EUA como organização terrorista estrangeira. A operação resultou na morte de 11 pessoas.

Questionamentos legais e resistência política

Apesar da ofensiva, o Pentágono ainda não apresentou ao Congresso a lista das organizações que considera terroristas, o que gerou descontentamento entre parlamentares. Alguns senadores apontaram que a Casa Branca busca estabelecer um novo marco legal para sustentar operações sem autorização legislativa.

Parlamentares de ambos os partidos defenderam que o Congresso exerça seu papel por meio da Lei dos Poderes de Guerra, que impede ações militares sem aval legislativo.

Justificativas da Casa Branca

O governo Trump sustenta que os ataques são legítimos por se tratarem de autodefesa contra cartéis envolvidos no narcotráfico internacional. Além disso, ressalta o impacto da crise de drogas nos EUA, onde cerca de 100 mil pessoas morrem por overdose todos os anos.

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