Cuba rejeita pressões dos EUA contra a região
Washington busca “nos enfraquecer com discursos de ódio e ações desestabilizadoras", alertou o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel
247 - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, denunciou hoje as pretensões do governo dos Estados Unidos de dividir, por meio de pressões e bloqueios, as nações da região. A reportagem é da agência Prensa Latina.
Em mensagem publicada na rede social X, o chefe de Estado afirmou que Washington busca “nos enfraquecer com discursos de ódio e ações desestabilizadoras, mas nossa história está marcada pela resistência e pela vitória dos povos unidos”.
O mandatário já havia feito declaração semelhante na véspera, ao participar da XIII Cúpula Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP).
Em seu discurso, Díaz-Canel classificou como inaceitável a ameaça de agressão e de violação da soberania de países da América Latina e do Caribe por parte dos Estados Unidos, advertindo que tais ações comprometem a paz e a cooperação na região.
“Denunciamos com a mesma firmeza o estímulo e o financiamento a planos terroristas contra a Venezuela, assim como a acusação mentirosa lançada pelo governo dos Estados Unidos contra o presidente Nicolás Maduro”, afirmou.
Ele convocou à defesa da paz e da coexistência pacífica entre os Estados membros como um direito irrenunciável e a partir de posições realistas.
“As ameaças que hoje recaem sobre a Venezuela têm origem na mesma filosofia de espólio que transformou uma pequena faixa de terra no inferno deste mundo. Basta de impunidade sionista. Basta de cumplicidade imperial”, destacou.
O presidente cubano disse sentir orgulho do papel do ALBA-TCP, que segue na vanguarda das denúncias contra as permanentes investidas imperiais e se projeta como voz firme diante dos desígnios dos Estados Unidos.
“Esta Aliança é nosso primeiro escudo contra os perigos que ameaçam a paz”, frisou.
Díaz-Canel também considerou necessário mobilizar a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para denunciar “a nova tentativa colonizadora” e reiterou a importância de convocar uma reunião extraordinária de chanceleres do bloco.