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Cuba comemora saída de 'lista do terrorismo' e cobra fim do bloqueio imposto pelos EUA

Chancelaria cubana descreve bloqueio como medida de guerra econômica com alto custo humano

Bandeiras de Cuba e dos EUA (Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini)
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247 - O Ministério das Relações Exteriores de Cuba reagiu nesta terça-feira (14) à decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de remover a nação insular de sua lista de Estados 'patrocinadores do terrorismo'. 

Um alto funcionário da Casa Branca disse que Biden notificará o Congresso sobre sua decisão de retirar Cuba da designação, informou a agência Sputnik

A chancelaria cubana classificou a decisão como um avanço na direção certa e reforçou a importância do fim do bloqueio econômico, o qual qualifica como uma medida de guerra. 

"Apesar de seu caráter limitado, trata-se de uma decisão na direção correta e em consonância com a persistente e firme reivindicação do governo e do povo de Cuba, assim como com o amplo, enfático e reiterado apelo de diversos governos, especialmente da América Latina e do Caribe, de cubanos residentes no exterior, de organizações políticas, religiosas e sociais, e de inúmeras figuras políticas dos Estados Unidos e de outros países. O governo de Cuba agradece a todos pela contribuição e sensibilidade", disse a pasta em comunicado.

Havana destacou os altos custos do bloqueio à população cubana. "A guerra econômica permanece e continua sendo o principal obstáculo ao desenvolvimento e à recuperação da economia cubana, causando um alto custo humano para a população e servindo como um estímulo à emigração", acrescentou. 

Nesse sentido, o chanceler cubano, Bruno Rodriguez, foi às redes sociais agradecer a países solidários e reforçar o chamado pelo fim do embargo.

"Agradecemos aos governos, às organizações multilaterais e regionais, às organizações religiosas e da sociedade civil, à solidariedade e aos cubanos residentes no estrangeiro e pedimos-lhes que continuem a acompanhar o povo de Cuba na sua justa causa até que o bloqueio seja definitivamente levantado", escreveu na plataforma X. 

Cuba foi incluído pela primeira vez na lista de patrocinadores estatais do terrorismo pelo Departamento de Estado em 1982, durante a presidência de Ronald Reagan. Os EUA removeram Cuba dessa lista durante o governo Obama, em 2015, como parte dos esforços para normalizar as relações com Havana. No entanto, a ilha foi reinserida na lista durante a administração de Donald Trump, quando os EUA acusaram Cuba de abrigar fugitivos americanos e rebeldes colombianos.

Os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Cuba na década de 1960 e impuseram um embargo comercial à ilha.

O ex-presidente Barack Obama tomou medidas para normalizar as relações bilaterais com Cuba, mas essa política foi revertida por seu sucessor, Donald Trump, que impôs 243 sanções econômicas adicionais a Havana, endureceu as regulamentações de viagem e recolocou a ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo.

O presidente cessante, Joe Biden, prometeu restaurar a política de Obama em relação a Cuba, mas, em vez disso, ampliou as restrições contra o país. (Com informações da Sputnik).

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