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Boric na ONU: "Quero ver Netanyahu julgado, não morto"

Em seu último discurso na Assembleia, governante chileno defendeu justiça internacional para punir o genocídio em Gaza e foi aplaudido por líderes mundiais

Gabriel Boric em discurso na Assembleia Geral da ONU (Foto: Reprodução/Captura de tela)

247 - O presidente do Chile, Gabriel Boric, fez nesta terça-feira (23) um discurso contundente na 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Em sua última participação no cargo, o chileno gerou reações do plenário ao pedir que a dor causada pelo conflito em Gaza não seja transformada em ódio, mas em busca de justiça internacional.

“Um dos problemas que enfrentamos como humanidade é que muitas vezes a dor gera ódio. Mas devemos enfrentar e combater com toda nossa força o ódio. Transformar a ânsia de odiar em desejo de justiça. Não fazer nenhuma concessão à violência”, declarou Boric, recebendo aplausos de diversos chefes de Estado.

Em seguida, o presidente citou nominalmente o primeiro-ministro de Israel:

“Não quero ver Netanyahu destruído por um míssil com sua família; quero vê-lo julgado em um tribunal internacional, ao lado dos responsáveis pelo genocídio contra o povo palestino.”

O discurso ocorre em meio à crescente pressão global por responsabilização do governo israelense, acusado de limpeza étnica e crimes de guerra na Faixa de Gaza, onde mais de 65 mil palestinos foram mortos em quase dois anos de ofensiva.

Boric, que deixa o poder em março de 2026, tem sido uma das vozes mais firmes da América Latina em defesa da Palestina e da aplicação do direito internacional contra crimes cometidos por Israel. 

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