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"A cocaína é ilegal porque é produzida na América Latina", critica Petro (vídeo)

Presidente da Colômbia ainda sugeriu que a legalização da substância desmantelaria o narcotráfico global

Presidente colombiano Gustavo Petro em Cali - 20/10/2024 (Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez)
Guilherme Levorato avatar
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247 - Durante um conselho de ministros transmitido ao vivo pela televisão colombiana na última terça-feira (4), o presidente Gustavo Petro fez declarações polêmicas sobre a política antidrogas e questionou a ilegalidade da cocaína. Segundo o Infobae, Petro afirmou que "a cocaína não é mais prejudicial que o uísque" e sugeriu que sua proibição está mais relacionada a fatores geopolíticos do que ao impacto na saúde pública.  

O presidente colombiano argumentou que substâncias como o fentanil, droga sintética responsável por uma crise de saúde pública nos Estados Unidos, não enfrentam as mesmas restrições da cocaína. "A cocaína é ilegal porque é produzida na América Latina, não porque seja mais prejudicial que o uísque. Isso os cientistas analisam", declarou Petro, ressaltando que a política antidrogas global favorece interesses de determinadas potências econômicas.  

A fala gerou reações imediatas dentro e fora da Colômbia. Enquanto defensores da legalização das drogas apoiaram o posicionamento do presidente, críticos afirmaram que a comparação entre a cocaína e o uísque é inadequada e pode prejudicar a imagem do país no cenário internacional.   

Além da comparação com o uísque, Petro reforçou sua visão de que a legalização da cocaína poderia ser um caminho para desmontar o narcotráfico global. "O negócio se desmantelaria facilmente se a cocaína fosse legalizada no mundo. Seria vendida como os vinhos", afirmou. Para o presidente colombiano, a proibição apenas fortalece organizações criminosas e perpetua a violência associada ao tráfico. Ele sugeriu que os recursos gerados pela regulamentação poderiam ser investidos em campanhas de prevenção para reduzir o consumo entre os jovens.  

O chefe de Estado também apontou que a Colômbia tem obtido avanços na redução do consumo de álcool e tabaco, e que políticas semelhantes poderiam ser aplicadas a outras substâncias.  

As declarações de Petro geraram desconforto entre membros do governo e reacenderam tensões dentro do próprio gabinete ministerial. Segundo relatos da transmissão ao vivo, ministros expressaram divergências em relação ao posicionamento do presidente, o que resultou em momentos de tensão na reunião.  

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