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      Brasil ultrapassa 400 novos mercados internacionais desde 2023

      Expansão do agronegócio brasileiro inclui carnes, frutas e produtos de reciclagem animal em diversas regiões do mundo

      Pedaços de carne em açougue no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes / Reuters)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O Brasil alcançou nesta semana a marca de 403 novos mercados internacionais abertos para produtos agropecuários desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

      O marco foi atingido após a conclusão de negociações com São Vicente e Granadinas, país da Comunidade do Caribe (Caricom), que autorizou a importação de carne bovina, produtos cárneos e miúdos bovinos brasileiros. De acordo com dados oficiais, somente em 2024 o Brasil exportou mais de US$ 288 milhões em produtos agropecuários para países do bloco caribenho.

      Mercados estratégicos e produtos em destaque

      Entre as aberturas mais expressivas estão tanto produtos tradicionais quanto itens de nicho, que reforçam a diversificação da pauta exportadora. O sorgo brasileiro conquistou o mercado chinês em 2024, com potencial de US$ 35,6 milhões, e o gergelim também seguiu para a China, com projeção de US$ 142,6 milhões. A carne bovina, por sua vez, se destacou em acordos com Vietnã e México, estimados em US$ 183 milhões e US$ 214 milhões, respectivamente.

      Outros destaques incluem a carne suína, que conquistou mercados como México e República Dominicana, gerando juntos mais de US$ 130 milhões em exportações em 2024. Produtos de nicho também ganham espaço, como a farinha de aves exportada para a Indonésia e o abacate Hass brasileiro, que chegou ao Japão em 2024 com estimativa inicial de US$ 570 mil.

      Crescimento das exportações e diversificação

      Segundo o Mapa, o agronegócio brasileiro registrou US$ 82,8 bilhões em exportações no primeiro semestre de 2025, valor semelhante ao do mesmo período de 2024. O dado mostra estabilidade, mas com avanço significativo em setores menos tradicionais, que cresceram 21% no acumulado do ano.

      Mais de 80 mercados já foram abertos para proteínas animais, outros 30 para o setor de reciclagem animal e mais de 20 para frutas brasileiras, evidenciando o esforço de diversificação.

      Diplomacia agropecuária e articulação técnica

      O resultado é fruto da atuação conjunta entre adidos agrícolas, equipes técnicas do Mapa, outros ministérios, agências governamentais e o setor produtivo. Hoje, o Brasil conta com 40 adidos agrícolas em 38 países, número que cresceu 38% em 2024.

      O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, destacou a relevância desse trabalho: “Esses acessos são resultado de uma construção que alia negociação e parte técnica. Um trabalho muitas vezes silencioso e contínuo. Quero destacar o papel dos adidos agrícolas que abrem caminhos e, ao abri-los, reduzem riscos e ampliam a previsibilidade para quem produz no Brasil e compete globalmente. Não se trata apenas de onde podemos vender hoje, mas de onde poderemos vender também amanhã”.

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