247 - Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16), o Ministério das Relações Exteriores da China se pronunciou sobre a especulação de que Pequim estaria avaliando suspender as sanções impostas em 2021 a parlamentares britânicos. A declaração foi feita pelo porta-voz Guo Jiankun e repercute reportagem publicada no domingo (15) pelo jornal britânico The Guardian, que interpretou o suposto debate interno chinês como “mais um sinal de reaproximação entre Londres e Pequim”.
Segundo o Guardian, autoridades chinesas estariam cogitando reverter punições aplicadas a legisladores do <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Reino+Unido">Reino Unido</a>, que haviam sido acusados por Pequim de espalhar “mentiras e desinformações” sobre alegadas violações de direitos humanos na região autônoma de Xinjiang. Em resposta à matéria, Guo foi taxativo ao recordar a origem do impasse diplomático: “Esta questão surgiu a partir das sanções injustificadas impostas pelo Reino Unido contra indivíduos e entidades chinesas, e as contramedidas da China foram necessárias e justificadas”.
Ao ser questionado sobre a eventual discussão do tema durante um encontro bilateral realizado em Londres na semana anterior, o porta-voz afirmou não ter conhecimento de detalhes: “Não estou ciente dos pormenores sobre esse assunto”, declarou.
Guo também defendeu a importância da equidade e da reciprocidade nas relações entre os dois países. “A igualdade, o benefício mútuo e o esforço conjunto são a base para o desenvolvimento das relações bilaterais e o princípio para resolver qualquer divergência”, frisou.
A imprensa ocidental, ao relatar o episódio, preferiu destacar a suposta disposição chinesa em aliviar tensões, evitando contextualizar que as medidas iniciais partiram do governo britânico, em consonância com a estratégia dos Estados Unidos de isolar diplomaticamente a China por meio de acusações recorrentes envolvendo Xinjiang — região que Pequim considera alvo de manipulação geopolítica.
As sanções chinesas de 2021 incluíram o congelamento de bens e a proibição de entrada no país de parlamentares conservadores e integrantes de comissões legislativas do Reino Unido, adotadas como resposta direta a restrições similares impostas por Londres contra autoridades chinesas. Desde então, os dois governos têm mantido um relacionamento cauteloso, mas sem interromper os canais diplomáticos.

Luis Mauro Filho

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiankun

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Mundo

China rejeita revisão de sanções a parlamentares britânicos acusados de difamar Pequim sobre Xinjiang

CMG – Uma conferência para celebrar o 70º aniversário do Fundação do Corpo de Produção e Construção de Xinjiang foi realizada no Centro de Exposições de Xinjiang nesta segunda-feira (7).&nbsp;
O Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), o Conselho de Estado da China e a Comissão Militar Central enviaram mensagens de congratulações. &nbsp;
He Lifeng, membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh, vice-primeiro-ministro e chefe da delegação central para a comemoração, participou da conferência e fez um discurso.&nbsp;
Uma apresentação artística de comemoração também foi feita em Urumqi, capital da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, na noite desse domingo (6).&nbsp;
A apresentação mostrou realizações notáveis feitas pelo Corpo de Produção e Construção de Xinjiang nas últimas sete décadas, especialmente seu progresso em aprofundar a reforma, promover o desenvolvimento de alta qualidade e buscar a modernização desde o 18º Congresso Nacional do PCCh, em 2012.
tradução: Shi Liang
revisão: Patrícia Comunello

China

Conferência celebra 70 anos do Corpo de Produção e Construção de Xinjiang

Xinhua – Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), enfatizou o cultivo de quadros mais leais, íntegros, responsáveis e de alto calibre para a Região Autônoma Uigur de Xinjiang.
Xi Jinping, também presidente chinês e presidente da Comissão Militar Central, fez as observações em uma instrução recente, que foi lida em um simpósio realizado neste sábado para marcar o 70º aniversário de um programa de treinamento para quadros étnicos em Xinjiang sob a Escola do Partido do Comitê Central do PCCh.
Ele apontou que o programa de treinamento desempenhou um papel importante para reforçar as fileiras de funcionários, impulsionar o desenvolvimento econômico e social e promover a estabilidade social e a segurança de longo prazo em Xinjiang nos últimos 70 anos.
Enfatizando a necessidade de implementar plena e fielmente a política do Partido para a governança de Xinjiang, Xi Jinping pediu esforços para promover um forte senso de comunidade para a nação chinesa durante todo o processo do programa de treinamento.
É importante fortalecer a pesquisa sobre as teorias básicas e questões-chave dos assuntos étnicos e melhorar a qualidade e a eficácia do programa de treinamento, disse Xi Jinping.
A instrução de Xi Jinping foi lida por Chen Xi, presidente da Escola do Partido do Comitê Central do PCCh e da Academia Nacional de Governança, em um simpósio realizado no sábado para marcar o 70º aniversário do programa de treinamento.

Xi Jinping salienta cultivo de mais quadros de alto calibre para Xinjiang

CMG – Foi lançada recentemente a segunda edição do relatório “Vítimas e Sobreviventes do Terrorismo em Xinjiang da China”, pela Universidade Jinan.
O documento mostra os detalhes do ataque terrorista ocorrido no dia 15 de junho de 2014 na cidade de Hotan, em Xinjiang, com relatos de sobreviventes e testemunhas.
Às 17h45 daquele dia, três terroristas invadiram uma sala de xadrez e atacaram inocentes com facas. As forças de patrulha chegaram ao local em menos de dois minutos e contiveram rapidamente os extremistas, mas dois acabaram morrendo por causa dos graves ferimentos.
O dono da sala de xadrez, Luo Huarong, lembra que eles queriam matar toda a gente lá dentro, porque um dos agressores ficou na saída para matar quem tentasse fugir.
“Não vou perdoar eles nunca, e nem compreendo o motivo deles realizarem atividades terroristas numa sociedade tão feliz”, completou Luo.
Um sobrevivente uigur relata que os terroristas deixaram uma cicatriz em seu pescoço. Além disso, sua memória e visão também foram afetadas, e ele vive com sequelas até hoje.
Entre 1990 e 2016, ocorreram mais de mil ataques terroristas em Xinjiang, causando a morte de muitas pessoas e grande perda econômica.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart

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