<p><b>247 - </b>O pacote de crédito de R$ 30 bilhões para exportadores prejudicados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos será detalhado na próxima semana e trará novidades nas condições de financiamento. A informação foi publicada pelo <i>Valor Econômico</i> e confirmada pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.</p>
<p>Segundo ele, o governo prepara medidas adicionais que vão além do valor já anunciado. “Vai ter uma reunião do Conselho Monetário Nacional para estabelecer taxa de juros, prazos, e vamos ter surpresas importantes inclusive em relação a esses valores. O presidente [Lula] vai anunciar na semana que vem”, afirmou após participar de uma aula magna na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).</p>
<h3>Linha de crédito com recursos do FGE</h3>
<p>A Medida Provisória publicada no último dia 13 prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, com recursos do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), administrado pelo BNDES, para atender empresas diretamente atingidas pelo tarifaço do governo de Donald Trump. A condição imposta pelo governo brasileiro é a manutenção dos empregos nas companhias beneficiadas.</p>
<p>Mercadante destacou que a operação está estruturada para garantir agilidade no socorro ao setor: “O BNDES está pronto, engatilhado e mobilizado para poder atender às empresas e dar resposta mais rápida e eficiente”, afirmou.</p>
<h3>Experiência em operações emergenciais</h3>
<p>O dirigente lembrou ainda que o banco já operou linhas emergenciais recentemente, como no caso das enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. Para ele, essa experiência será fundamental na aplicação do novo programa. “Vamos, a partir dessa experiência, buscar fazer de forma mais eficiente, segura e consistente, para que essas empresas possam superar essa adversidade”, explicou.</p>

Luis Mauro Filho

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Economia

Crédito para exportadores afetados por tarifaço terá “surpresas” sobre valores, diz Mercadante

<p><b>247 - </b>Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada neste sábado (16), revela que parte da população responsabiliza o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil.&nbsp;</p>
<p>Segundo os dados, 35% dos entrevistados apontam Lula como o principal culpado pela taxa de até 50% aplicada pelo governo do presidente norte-americano Donald Trump. Em seguida, aparecem Jair Bolsonaro, responsabilizado por 22% dos consultados, e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), indicado por 17%. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi citado por 15%. Já 3% não atribuem culpa a ninguém, 1% culpam todos e 7% não souberam responder.</p>
<h3>Justificativas de Washington</h3>
<p>A decisão dos EUA de elevar tarifas a produtos brasileiros foi explicada pela Casa Branca como resultado de uma “relação comercial desequilibrada”. Contudo, o contexto político também pesa: o governo Trump vem conduzindo uma ofensiva contra Bolsonaro, que responde na Justiça brasileira por suposta participação em tentativa de golpe de Estado em 2022.</p>
<p>Alexandre de Moraes, relator das ações no STF, também entrou na mira de Washington. O magistrado foi incluído em sanções aplicadas com base na Lei Magnitsky, mecanismo usado por Washington para punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos ou atuar contra interesses dos EUA.</p>
<p>O levantamento ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios entre os dias 11 e 12 de agosto, com margem de erro de dois pontos percentuais.</p>

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Crédito para exportadores afetados por tarifaço terá “surpresas” sobre valores, diz Mercadante

Datafolha: 35% culpam Lula pelo tarifaço de Trump

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