247 - Lideranças indígenas de diferentes regiões do país terão uma audiência com a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, nesta quinta-feira (5), em Brasília, para discutir pautas de interesse das comunidades que vivem em áreas de fronteira, onde há constante convivência entre indígenas e militares brasileiros.
O encontro foi solicitado por representantes indígenas de Roraima, Mato Grosso, Amazonas, Maranhão, Rondônia, Pará e Santa Catarina, e será realizado às 14h no gabinete da Presidência do STM.
A audiência tem como objetivo estabelecer canais de diálogo e entendimento sobre a presença das Forças Armadas em territórios próximos às fronteiras e seu impacto nas comunidades tradicionais, em especial na segurança, no respeito às culturas locais e na cooperação institucional.
Entre os participantes estão nomes como Arnaldo Parecis (MT), Kanato Yalipity (MT), Socorro Maia (PA), Gilmar Cinta Larga (RO), Raimundo Guajajara (MA), Betinho Mura (AM) e o advogado Ubiratan Maia (SC/RR). Também participam o ex-advogado-geral da União Luís Inácio Adams, além de Marcílio Rosa, Juan Scali, Rafael Gonçalves e Adriana Oliveira.
A ministra Maria Elizabeth Rocha, primeira mulher a presidir o STM em mais de dois séculos de história da Corte, tem defendido o fortalecimento de pontes entre o Judiciário Militar e os diversos segmentos da sociedade civil, com ênfase em direitos humanos e inclusão social.

Guilherme Paladino

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Brasil

Indígenas pedirão diálogo com militares em audiência com presidente do STM

247 - O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou que a Corte adote providências para acompanhar todos os processos em curso — ou que venham a ser instaurados — que possam resultar na exclusão de militares envolvidos na tentativa de golpe de Estado dos quadros das Forças Armadas.
Segundo a coluna do jornalista <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/05/mp-pede-que-tcu-acompanhe-acoes-que-podem-expulsar-militares-golpistas-das-forcas-armadas.ghtml">Lauro Jardim</a>, de O Globo, o pedido, apresentado pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, tem como alvo direto os 22 militares que integram o grupo de 31 réus denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por planejar a ruptura democrática durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), então presidente da República. Todos esses militares são remunerados com recursos públicos.
Na representação encaminhada ao TCU, o Ministério Público destaca que esses agentes públicos “se organizaram para atentar contra todos os valores democráticos e patrióticos que teriam, por missão, que defender”. O texto acrescenta, ainda, que eles buscaram “aplicar um golpe de Estado e promover a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, para instituir uma ditadura comandada por Jair Bolsonaro”, além de atentarem contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Furtado argumenta que não é “razoável e legítimo” que tais militares permaneçam nas Forças Armadas enquanto respondem por crimes gravíssimos. “Não se mostra razoável e legítimo que esses militares continuem a fazer parte das Forças Armadas e que o Estado continue a dispender valiosos recursos públicos com o pagamento de régias remunerações a esses indivíduos agora réus por graves crimes”, afirma o subprocurador.
O documento encaminhado ao TCU também enfatiza que “a se permitir essa situação, na prática, o Estado está mantendo, em seus quadros de pessoal, agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado, para instaurar uma ditadura. Para além do aspecto econômico, o cerne da questão envolve a moralidade pública.”
Ainda de acordo com a reportagem, a representação também faz referência à entrevista concedida pela ministra Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), à jornalista Carolina Brígido. Na ocasião, a ministra declarou considerar provável que os envolvidos na tentativa de golpe sejam expulsos das Forças Armadas. Segundo ela, há possibilidade de perda de patentes ao fim das investigações, mesmo que não haja condenação criminal.

Paulo Emilio

MP quer que TCU monitore processos que podem levar à expulsão de militares golpistas

247 – O Superior Tribunal Militar (STM) realizará uma cerimônia na próxima quarta-feira (26) para conceder a Ordem do Mérito Judiciário Militar a diversas autoridades, incluindo integrantes do governo Lula e lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT).
O evento ocorrerá no Clube do Exército, em Brasília, e será conduzido pela nova presidente do STM, ministra Maria Elizabeth Rocha. Entre os homenageados estão o presidente do PT, senador Humberto Costa (PE), o ex-presidente da sigla deputado Rui Falcão (SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino e três ministros do governo Lula.
De acordo com o STM, a honraria é destinada a personalidades que tenham contribuído para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito e que prestaram "relevantes serviços à Justiça Militar da União e ao Brasil".

Bianca Penteado

Maria Elizabeth Rocha toma posse na presidência do STM - 12/03/2025

STM faz homenagem a presidentes do PT e a integrantes do governo Lula

247 - A ministra Maria Elizabeth Rocha, única mulher a integrar o Superior Tribunal Militar (STM), fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que ele leve em consideração a diversidade de gênero ao escolher o próximo nome a compor a Corte. A vaga será aberta em abril, com a aposentadoria compulsória do atual vice-presidente, ministro José Coêlho Ferreira, que completará 75 anos.
“Eu estou aqui pedindo, clamando ao presidente, que indique uma mulher, para que eu tenha uma companheira ao meu lado que possa, junto comigo, defender as questões de gênero”, declarou Maria Elizabeth ao CNN Entrevistas, exibido pela <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/nova-presidente-do-stm-apela-a-lula-peco-que-indique-uma-mulher/">CNN Brasil</a>.
A ministra, que assumirá a presidência do STM em 12 de março para o biênio 2025-2027, destacou as dificuldades de ser a única representante feminina na Corte. “Muitas vezes, por eu ser a única na Corte, minha voz é pouco ouvida. Mas eu não me rendo à homogeneidade, eu sou a voz da diferença e quero ser heterogênea”, afirmou.
“Procuro falar pelas minorias que ainda não têm voz dentro dos espaços de poder. Ter uma mulher no STM seria uma grande vitória, principalmente depois que eu assumir a presidência. Eu adoraria empossar uma mulher”, ressaltou a ministra.
Maria Elizabeth fez história ao ser a primeira mulher a integrar o STM e a presidir a Corte, em um mandato-tampão entre 2014 e 2015, rompendo uma tradição de 200 anos com composição exclusivamente masculina.&nbsp;

'Peço que Lula indique uma mulher', diz pede nova presidente do STM

247 - Eleita presidente do Superior Tribunal Militar (STM), com posse prevista para 12 de março, a ministra Maria Elizabeth Rocha disse que as Forças Armadas “foram usadas” por Jair Bolsonaro (PL) e que isso comprometeu a credibilidade da instituição. Ela afirmou, ainda, que Bolsonaro, ao assumir a Presidência da República, não tinha uma base parlamentar de apoio que pudesse indicar para os cargos de alto escalão.
“Por ter vindo da caserna, as pessoas de sua confiança eram os militares – para além daquele velho pensamento de que os militares seriam os moderadores do Estado, quando a lógica deveria ser inversa: o poder civil é que deve comandar o militar”, disse Maria Elizabeth ao programa CNN Entrevistas, exibido pela <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/forcas-armadas-foram-usadas-por-bolsonaro-diz-nova-presidente-do-stm/">CNN Brasil</a>.&nbsp;
Ela ponderou que, embora Bolsonaro tenha “se valido” das Forças Armadas, alguns militares de fato “se beneficiaram, e muito” do protagonismo que ganharam durante o seu governo. “A Marinha, o Exército e a Aeronáutica acabaram sendo extremamente prejudicados e tiveram a sua credibilidade solapada por causa de um chefe de Estado que se perdeu na condução do governo”, afirmou.&nbsp;
Em relação aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ela entende que algumas penas foram “muito elevadas” – mas que, ainda assim, “ainda é muito precipitado” se falar em anistia. “O Congresso Nacional pode fazê-lo, o presidente pode até indultar, se quiser. Mas me parece estranho essa discussão da anistia já agora, sendo que nem houve a conclusão de todos os julgamentos”, afirmou.

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