247 – O Irã reagiu com veemência aos ataques militares dos Estados Unidos contra seu complexo nuclear subterrâneo de Fordow, próximo à cidade sagrada de Qom. Segundo reportagem da agência Reuters, publicada nesta segunda-feira (23), Teerã considerou que a agressão norte-americana amplia o escopo de alvos militares legítimos para suas forças armadas. Em pronunciamento em vídeo, o porta-voz do quartel-general central das forças armadas iranianas, Ebrahim Zolfaqari, fez um alerta contundente ao presidente dos Estados Unidos: “Senhor Trump, o jogador, você pode começar esta guerra, mas nós seremos os que a terminarão”, declarou, em inglês.
A escalada militar entre Washington e Teerã teve como novo estopim o bombardeio norte-americano a três instalações nucleares iranianas, entre elas o complexo de Fordow, alvo de 75 munições guiadas de precisão, incluindo bombas anti-bunker e mais de duas dezenas de mísseis Tomahawk, conforme detalhou o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA.
Imagens de satélite divulgadas após os ataques indicam severos danos à infraestrutura subterrânea da usina e às centrífugas de enriquecimento de urânio. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que ainda não é possível avaliar o impacto nos níveis subterrâneos e que, até o momento, não foram detectados aumentos de radiação fora da área atingida. O diretor-geral da agência, Rafael Grossi, declarou à CNN que aguarda mais informações para uma análise definitiva.
Em sua rede social Truth Social, Donald Trump — que está em seu segundo mandato na presidência dos Estados Unidos desde 2025 — comemorou os efeitos da ofensiva: “Danos monumentais foram causados a todos os locais nucleares do Irã. O maior dano ocorreu bem abaixo do nível do solo. Acerto perfeito!!!”. Em declarações anteriores, Trump havia sugerido que o Irã deveria desistir de qualquer retaliação e afirmou que ataques futuros seriam “muito maiores e muito mais fáceis”.
Teerã, por sua vez, rebateu a ameaça com ações e advertências. Uma série de mísseis foi disparada contra Israel, ferindo dezenas de pessoas e destruindo prédios em Tel Aviv, embora o Irã ainda não tenha colocado em prática suas duas principais opções de retaliação: atacar diretamente bases militares norte-americanas na região ou bloquear o Estreito de Hormuz — rota por onde passa 20% do petróleo comercializado globalmente.
Caso opte por estrangular o estreito, o impacto pode ser devastador para a economia mundial, com uma disparada nos preços do petróleo e um possível confronto direto com a Quinta Frota da Marinha dos EUA, estacionada no Bahrein.
A possibilidade de um confronto mais amplo no Oriente Médio, envolvendo diretamente as potências nucleares, acendeu o alerta internacional. O presidente iraniano Ebrahim Raisi enviou seu ministro das Relações Exteriores a Moscou para consultar o presidente Vladimir Putin. Ao mesmo tempo, os preços do petróleo já começaram a reagir: o barril do Brent subiu para US$ 78,12 e o do West Texas Intermediate foi a US$ 74,87, os maiores valores desde janeiro.
Embora Teerã negue que seu programa nuclear tenha fins militares, a ofensiva de Washington reacende temores de uma guerra prolongada e de consequências imprevisíveis. Trump, por sua vez, chegou a sugerir que os ataques poderiam resultar na queda do regime iraniano, uma insinuação que apenas agrava o cenário de confronto.
Enquanto o mundo observa apreensivo, a troca de mísseis entre Irã e Israel e as ameaças cruzadas entre Teerã e Washington configuram o momento mais tenso da geopolítica internacional desde o início do novo mandato de Trump. A advertência iraniana, ao chamar o presidente dos EUA de “jogador”, deixa claro que a retórica belicosa pode sair do campo da provocação para o da ação concreta a qualquer momento.

Redação Brasil 247

Iranianos protestam contra a agressão dos Estados Unidos e de Israel

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Mundo

Irã responde a Trump com ameaça direta: “Você pode começar esta guerra, mas nós a terminaremos”

247 – Em <a href="https://www.estadao.com.br/opiniao/a-aposta-de-trump/">editorial</a> publicado nesta segunda-feira, 23, sob o título A aposta de Trump, o jornal O Estado de S. Paulo escancara sua adesão à retórica belicista dos Estados Unidos e de Israel, ao legitimar, sem reservas, a recente agressão militar ao Irã, assim como <a href="https://www.brasil247.com/midia/globo-defende-agressao-de-trump-e-netanyahu-ao-ira">fez o jornal O Globo</a>. O texto endossa a operação Martelo da Meia-Noite, ordenada pelo presidente americano Donald Trump — reeleito para um segundo mandato em 2025 —, e apresenta como “cirúrgico” o bombardeio de três instalações nucleares subterrâneas iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan.
A narrativa do editorial abdica de qualquer espírito crítico e assume como plausível a justificativa de que se tratou de um ato “preventivo e decisivo”, destinado a “desarmar Teerã e forçá-la a negociar”. Ao naturalizar a agressão, o jornal adere à lógica da força, omitindo o fato de que os ataques violam normas do direito internacional e colocam o mundo à beira de um novo conflito devastador no Oriente Médio. Ignora-se o precedente perigoso de bombardear instalações nucleares de um país soberano, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU.
Ao repetir que Trump “não quer envolver os EUA numa nova guerra”, o Estado de S. Paulo assume, com impressionante complacência, a tese propagandística do “ataque para evitar a guerra” — fórmula típica de intervenções imperialistas que historicamente resultaram em tragédias humanas, como no Iraque e na Líbia. Mais uma vez, o jornal desconsidera o custo humano e geopolítico da operação, preferindo descrever o gesto como uma jogada tática engenhosa, digna de elogio.
O Irã, na leitura do editorial, é o único responsável pela escalada e teria agora três caminhos: conter-se, escalar ou se esconder. Nenhuma linha é dedicada ao contexto de prolongadas provocações militares, assassinatos seletivos e sanções econômicas lideradas pelos EUA e Israel. Tampouco há qualquer menção ao direito do Irã à soberania nacional e à autodeterminação — princípios que, em outras circunstâncias, o próprio jornal se apressa a defender.
A omissão de críticas ao papel de Israel é igualmente reveladora. O editorial passa ao largo do fato de que os ataques dos últimos meses, realizados por Tel Aviv com apoio logístico e diplomático dos EUA, intensificaram o colapso regional. A campanha militar israelense contra grupos aliados do Irã na Síria, no Líbano e no Iêmen, somada à queda do regime de Bashar al-Assad, serve como pano de fundo para um movimento de cerco ao regime iraniano. Nada disso é analisado pelo Estado de S. Paulo.
Na conclusão, o editorial cita a frase de Trump — “O Irã, o valentão do Oriente Médio, deve agora fazer a paz” — como se fosse uma advertência legítima, e não uma ameaça explícita. Ao qualificar a operação como “militarmente eficaz”, o jornal não apenas chancela a violência, mas a transforma em argumento diplomático, colaborando para a normalização da guerra como ferramenta legítima de negociação.
Com isso, O Estado de S. Paulo mais uma vez revela sua disposição em ecoar interesses estratégicos de Washington e Tel Aviv, sem preocupação com a paz internacional ou com o papel que o jornalismo deveria cumprir: o de questionar o poder, e não o de servi-lo. O editorial desta segunda-feira 23 é, portanto, não uma análise ponderada da crise, mas um panfleto que legitima a guerra.

Mídia

Estado de S. Paulo também legitima agressão de Trump e Netanyahu ao Irã

247 – Em uma edição especial do programa Judging Freedom, transmitido neste domingo (22), o juiz Andrew Napolitano e o ex-oficial de inteligência dos fuzileiros navais e ex-inspetor da ONU, Scott Ritter, classificaram como criminosa a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ordenar ataques militares contra o Irã. A análise foi ao ar no canal do YouTube do juiz, que abriu o episódio com uma contundente declaração: “O que o presidente dos Estados Unidos fez foi profundamente inconstitucional, absolutamente ilegal, um crime de guerra e um motivo para impeachment.”
A entrevista denuncia o bombardeio conduzido por forças americanas — com apoio direto de Israel — a três instalações nucleares iranianas. Ritter, que tem larga experiência em avaliação de danos militares e combate à proliferação nuclear, declarou: “Foi um ato de agressão ilegal, um crime de guerra. É o pior tipo de crime, porque dele decorrem todos os outros.”
<h3>Ataques foram ensaiados e não atingiram objetivos militares</h3>
Ritter revelou que os alvos atacados — Isfahan, Natanz e Fordow — estavam todos evacuados. “Os locais estavam vazios. Tudo o que foi bombardeado já havia sido removido pelos iranianos há dias. Foi uma operação ensaiada com Israel desde os tempos do governo Biden, realizada apenas por razões políticas”, disse.
O ex-oficial explicou que os bombardeiros B-2 utilizaram armas de penetração profunda GBU-57, mas sem qualquer eficácia: “Foi jogada uma bomba de 14 toneladas em Natanz, mas tudo de valor já havia sido retirado. O ataque não comprometeu em nada o programa nuclear do Irã.”
Em Fordow, considerado o principal alvo da operação, o resultado foi igualmente inócuo. “Foram seis B-2 bombardeando o local, e o máximo que conseguiram foi danificar uma entrada. O Irã tem outras saídas e já havia removido todo o material sensível.”
<h3>“Atos de teatro político” e risco para tropas americanas</h3>
Ritter e Napolitano acusaram Trump de transformar o Exército dos EUA em ferramenta de propaganda. “Não havia qualquer ameaça iminente. Foi uma encenação. Isso não é liderança, é desespero político”, afirmou Ritter. Napolitano acrescentou que Trump ignorou tanto a Constituição quanto a Resolução de Poderes de Guerra, que exige notificação prévia ao Congresso: “Ele matou pessoas e destruiu propriedades sem justa causa.”
Os analistas alertaram ainda para o risco de retaliação contra soldados americanos na região. “Temos milhares de militares em bases espalhadas por Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Iraque, Síria e Turquia. Agora todos estão sob ameaça real”, afirmou Ritter, lembrando que o Irã já demonstrou capacidade de retaliar com precisão, como após o assassinato do general Qassem Soleimani em 2020.
<h3>Comunidade internacional pode isolar os EUA</h3>
Na parte final do programa, Ritter sugeriu que Rússia, China, Índia e Paquistão buscarão conter a escalada do conflito e isolar diplomaticamente os Estados Unidos. “O mundo está assistindo a um ato de agressão ilegal contra um país que é signatário da Carta da ONU. O que Trump fez viola frontalmente o direito internacional e mina o sistema de não proliferação nuclear.”
Segundo ele, a retaliação iraniana tende a continuar, mas dentro do marco legal internacional: “O Irã está agindo com racionalidade, atacando apenas alvos militares e buscando apoio diplomático em Moscou e Pequim. Não vejo o Irã reagindo de forma precipitada, o que só daria munição para mais agressões dos EUA.”
<h3>“Iron Dome é uma farsa”, diz Ritter</h3>
Ritter também abordou os danos causados por ataques iranianos a Israel e criticou a eficácia do sistema de defesa Iron Dome: “Israel já está indefeso. A retórica de que só ficará vulnerável quando os mísseis acabarem é falsa. O sistema já falhou. Os ataques iranianos são precisos e estão minando a funcionalidade do Estado israelense.”
O programa, que chegou a reunir mais de 62 mil espectadores simultâneos, terminou com um apelo de Napolitano: “Escrevam e liguem para seus representantes no Congresso. Lembrem a eles que só o Congresso pode declarar guerra. É hora de agir.” Assista:
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Trump cometeu crime de guerra, dizem Scott Ritter e Andrew Napolitano

247 – Em <a href="https://oglobo.globo.com/opiniao/editorial/coluna/2025/06/ataque-americano-redefine-futuro-do-oriente-medio.ghtml">editorial</a> publicado nesta segunda-feira, 23 de junho, o jornal O Globo defendeu de forma explícita a agressão militar comandada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra instalações nucleares do Irã — uma ação unilateral que fere o direito internacional e aumenta o risco de uma guerra de grandes proporções no Oriente Médio. O texto, intitulado “Ataque americano redefine futuro do Oriente Médio”, chega a comemorar os bombardeios, sugerindo que o mundo estaria “mais seguro” após a destruição de parte do programa nuclear iraniano.
Ao ecoar a retórica da extrema-direita norte-americana e de Israel, o editorial assume uma postura que abandona qualquer noção de diplomacia ou equilíbrio jornalístico. Afirmar que o ataque “obliterou completamente” o programa nuclear iraniano, citando as palavras de Trump como verdade incontestável, é adotar sem filtros a versão de Washington para uma operação que, na prática, coloca em risco dezenas de milhares de vidas e pode comprometer a estabilidade global.
O Globo chega a qualificar como “correta” a decisão de Trump de bombardear a usina de Fordow — encravada numa montanha — e outras instalações subterrâneas, como Natanz e Isfahan, ignorando por completo o fato de que tais alvos são, segundo o próprio Irã, voltados à produção de energia com fins civis. A tese de que os ataques aumentam a segurança global não só carece de evidências, como omite o fato de que o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), ao contrário de Israel, que jamais reconheceu oficialmente possuir artefatos nucleares, embora os tenha.O jornal também reproduz a narrativa de que o Irã está “enfraquecido” militarmente, citando o enfraquecimento do Hamas, do Hezbollah e do governo sírio — agrupando de forma genérica e simplista uma série de atores distintos e complexos da geopolítica regional. Pior: em vez de buscar uma análise ponderada sobre os riscos da escalada militar, o Globo sugere que o Irã deveria “aceitar a derrota e negociar um cessar-fogo”, como se se tratasse de um conflito simétrico entre dois exércitos regulares, e não de uma operação de agressão comandada por uma potência nuclear global em aliança com outra força nuclear não declarada.
A tentativa de justificar o uso de armas inéditas para atingir estruturas subterrâneas no Irã e a aposta de que a resposta iraniana será limitada — como se os 40 mil soldados americanos espalhados por bases no Golfo não fossem potenciais alvos — ignora o histórico de desestabilização provocado por intervenções unilaterais, como as invasões do Iraque e do Afeganistão, cujas cicatrizes ainda sangram.
Ao endossar as ações de Trump e Netanyahu, o Globo não apenas se alinha aos setores mais belicistas da política internacional, como também negligencia o papel fundamental da imprensa de promover o diálogo, a paz e o respeito às normas internacionais. A legitimação da violência como forma de contenção só contribui para aprofundar a instabilidade, com consequências imprevisíveis para a região e para o mundo.

Donald Trump (à esq.) e Benjamin Netanyahu

Globo defende agressão de Trump e Netanyahu ao Irã

247 – O Irã não pretende interromper seu programa nuclear, incluindo o enriquecimento de urânio, mesmo após os recentes ataques militares realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no país. A declaração foi feita neste domingo (23) pelo vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Majid Takht Ravanchi, em entrevista à emissora pública alemã ARD. A informação foi publicada pela agência estatal iraniana Tasnim News.
Durante sua participação no programa Bericht aus Berlin, Ravanchi afirmou que as atividades nucleares do Irã seguem sendo conduzidas de maneira pacífica e em conformidade com os compromissos assumidos no Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). “Somos membros sinceros do Tratado de Não Proliferação Nuclear”, disse. “Ninguém pode nos dizer o que devemos ou não fazer enquanto permanecermos dentro da estrutura do TNP”, acrescentou o diplomata iraniano.
A entrevista ocorreu em meio à escalada de tensões no Oriente Médio, após o que o governo iraniano classificou como uma “guerra de agressão” lançada por Israel no dia 13 de junho. Segundo Teerã, além dos bombardeios israelenses contra alvos militares e nucleares iranianos, os Estados Unidos também participaram das ações, realizando ataques a três instalações nucleares localizadas em Natanz, Fordow e Isfahan, no último domingo.
Ravanchi optou por não comentar os danos sofridos por essas instalações em razão da ofensiva norte-americana. No entanto, autoridades iranianas destacaram que o país “reserva-se o direito de recorrer às suas próprias opções de resposta” diante das agressões externas.
As declarações do vice-chanceler reforçam a postura firme de Teerã quanto à soberania de seu programa nuclear, ao mesmo tempo em que revelam o agravamento do conflito geopolítico envolvendo o Irã, Israel e os Estados Unidos. A crise pode ter repercussões ainda mais graves nos esforços internacionais de não proliferação, além de ameaçar a estabilidade regional.
O ataque norte-americano ocorreu poucos meses após a posse do presidente Donald Trump para seu segundo mandato nos Estados Unidos, o que marca uma nova fase de endurecimento nas relações entre Washington e Teerã. A comunidade internacional, especialmente os signatários do TNP e as potências nucleares, observa com preocupação o desdobramento desses episódios.

Irã avisa que não irá suspender programa nuclear e de enriquecimento de urânio

Agência Brasil - O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse neste domingo (22) que o país não está em guerra contra o Irã, mas sim contra o programa nuclear iraniano. "Acho que o presidente {Donald Trump} tomou medidas decisivas para destruir esse programa ontem à noite", afirmou Vance em entrevista à emissora de TV americana, ABC.&nbsp;
Trump detalhou na noite deste sábado (21) os ataques contra três instalações nucleares iranianas. Em pronunciamento à nação, ele afirmou que o objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irã e deter a suposta ameaça nuclear.&nbsp;
"Sabemos que atrasamos substancialmente o programa nuclear iraniano ontem à noite. Sejam anos ou mais, sabemos que levará muito tempo até que o Irã consiga construir uma arma nuclear, se quiser. Mas, na verdade, acho que isso levanta a questão mais importante, sobre a qual o presidente falou ontem à noite. Queremos que o Irã desista de seu programa de armas nucleares pacificamente, mas não há como os Estados Unidos permitirem que o Irã tenha uma arma nuclear", disse o vice-presidente.
Ainda de acordo com Vance, o Irã terá que escolher se vai seguir o caminho da guerra contínua, do financiamento do terrorismo, da busca por uma arma nuclear, ou se vai trabalhar com os Estados Unidos para abandonar as armas nucleares permanentemente.
"Se eles estiverem dispostos a escolher o caminho inteligente, certamente encontrarão um parceiro disposto nos Estados Unidos para desmantelar esse programa de armas nucleares. Mas se eles decidirem que vão atacar nossas tropas, se decidirem... Se eles continuarem tentando construir uma arma nuclear, responderemos a isso com força esmagadora", acrescentou.
Segundo Vance, uma das poucas questões em que Rússia, China e Estados Unidos concordam amplamente é que não querem ver uma corrida armamentista nuclear no Oriente Médio. "Deixarei o presidente {russo, Vladimir} Putin falar sobre a posição oficial russa sobre isso. Mas estou muito confiante de que, tanto para a Rússia quanto para a China e, mais importante, é claro, para nós, não queremos que o Irã tenha uma arma nuclear. E acredito que esse objetivo continuará a animar a política americana pelos próximos anos."
<h3>Contexto</h3>
Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.
O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário.&nbsp;
No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.&nbsp;
Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump. &nbsp;
Apesar de Israel não aceitar que o Irã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.

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