247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Cláudio Mendes dos Santos, por envolvimento direto nos atos golpistas que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A decisão foi unânime entre os ministros da Primeira Turma da Corte, embora ainda haja divergência sobre a pena a ser aplicada.
Santos é apontado como uma das principais lideranças do acampamento bolsonarista instalado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. No local, ele fez sucessivos discursos pedindo uma intervenção militar para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e convocando apoiadores a financiar o movimento por meio de doações via PIX. Vídeos reunidos pela investigação mostram o major utilizando microfone e palco para propagar mensagens contra a ordem democrática.
Discursos inflamados e tentativa de fuga
Durante mais de dois meses, o oficial da PMDF permaneceu no acampamento, onde se apresentava como "major Cláudio Santa Cruz" e se orgulhava de seu passado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Segundo apuração da Polícia Federal, ele foi peça-chave na organização e na incitação dos atos que partiram do QG rumo à Praça dos Três Poderes, naquele 8 de janeiro.
Após a tentativa frustrada de golpe, Santos chegou a fugir. Em uma mensagem de WhatsApp enviada na ocasião, celebrou a própria evasão: “Ainda não ‘tô’ preso”. No entanto, acabou detido pela PF no dia 23 de março de 2023, na nona fase da Operação Lesa Pátria, em Riacho Fundo (DF). Ele era o único alvo de mandado de prisão naquela etapa.
<h3>Acusações e julgamento</h3>
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Cláudio dos Santos por diversos crimes: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado com emprego de violência e substância inflamável contra patrimônio da União, além de deterioração de bens tombados.
Na denúncia, a PGR afirmou que o réu atuou como “instigador e autor intelectual dos crimes planejados pela associação criminosa que, insatisfeita com o resultado das eleições presidenciais de 2022 e almejando a abolição do Estado Democrático de Direito e a deposição do governo legitimamente constituído, invadiu as sedes dos Três Poderes da República”.
A própria corregedoria da PMDF apontou que o major exercia atividade “extra corporis” no acampamento, atuando como locutor em carro de som, onde “repassava informações aos presentes e também solicitava doação de dinheiro para manutenção do acampamento”.
<h3>Votos divergentes quanto à pena</h3>
O julgamento teve início no final de junho e foi concluído na terça-feira (5/8), após o recesso do STF. Embora a condenação tenha sido unânime entre os ministros da Primeira Turma, houve discordância em relação à pena. O relator, ministro Alexandre de Moraes, propôs 17 anos de prisão. O ministro Flávio Dino acompanhou o voto. Cristiano Zanin sugeriu pena de 15 anos, e Luiz Fux, 11 anos. A ministra Cármen Lúcia não votou. A pena definitiva será estabelecida com a proclamação oficial do resultado.
<h3>Negativas parciais na defesa</h3>
Em sua defesa, Cláudio dos Santos alegou que não frequentava o acampamento desde dezembro de 2022 e negou ter estado em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Contudo, não refutou os discursos que proferiu no local. Negou também ter financiado o movimento e afirmou que suas declarações públicas tinham o objetivo de evitar confrontos com as forças de segurança. Disse ainda que defendia manifestações pacíficas nas imediações do Palácio do Planalto, sem qualquer invasão.

Luis Mauro Filho

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Brasil

STF condena major da reserva da PMDF por papel nos ataques golpistas de 8 de janeiro

247 – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, entre os dias 8 e 18 de agosto, a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), acusada de omissão durante os ataques golpistas de 8 de janeiro. O julgamento ocorrerá em plenário virtual, conforme agenda definida pelo ministro Cristiano Zanin, que preside a Turma. O caso tem relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os militares são acusados de omissão, em conjunto com outros crimes, entre eles a abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. O órgão também pede a perda das funções ocupadas pelos réus.
Serão julgados: coronel Fábio Augusto Vieira, coronel Klepter Rosa Gonçalves, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, major Flávio Silveira de Alencar e tenente Rafael Pereira Martins.

Bianca Penteado

Estátua da Justiça no prédio do STF em Brasília

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STF marca julgamento de cúpula da PMDF por omissão no 8 de Janeiro

247 - O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) informou que a ameaça de bomba registrada em frente à sua sede foi controlada pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) com a apreensão do suspeito de portar o explosivo, disse a pasta em nota nesta quinta-feira (22).&nbsp;
As equipes de segurança ainda estão no local para investigar o possível artefato, de acordo com o documento. A pasta detalhou que as motivações do indivíduo ainda não foram esclarecidas e o caso segue sob investigação.&nbsp;
Mais cedo, um homem carregou um pacote suspeito e se recusou a deixar o local. Ele estava acompanhado da família, uma mulher e duas crianças. Testemunhas afirmam que o homem teria acionado "uma bombinha", parecida com as de festas juninas, o que chamou a atenção das pessoas no local e a suspeita para o pacote que carrega. A Polícia Militar do Distrito Federal informa não ter presenciado nenhuma explosão.

Leonardo Sobreira

Brasília (DF), 22/05/2025 - Homem com pacote suspeito ameaça explodir bomba no prédio do MDS

Brasília

Ameaça de bomba no MDS é controlada

247 - Um homem foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) nesta terça-feira (1) depois de simular uma enfermidade para conseguir acesso à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho II e agredir sua companheira, que estava internada na unidade. As informações são do portal <a href="https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/marido-finge-ser-paciente-entra-em-upa-e-bate-em-mulher-internada">Metrópoles.</a>
De acordo com as investigações, o agressor alegou precisar de atendimento para tratar ferimentos e, após preencher a ficha médica, dirigiu-se diretamente ao leito onde a vítima estava hospitalizada. Pouco tempo depois, funcionários da unidade ouviram gritos e, ao chegarem ao local, flagraram o homem apertando com força o braço da mulher. Os seguranças intervieram rapidamente, impedindo que as agressões continuassem.
Acionada, a PMDF encontrou o suspeito visivelmente embriagado. Diante da abordagem policial, ele se tornou ainda mais agressivo e chegou a fazer ameaças, afirmando que “já havia matado pessoas”. Os agentes precisaram algemá-lo para contê-lo antes de conduzi-lo à 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II), onde foi autuado por violência doméstica.
A autoridade policial estipulou fiança no valor de R$ 3 mil, mas o homem alegou não ter recursos para pagá-la e permaneceu preso. O caso segue sob investigação para que sejam tomadas as medidas cabíveis contra o agressor.

Laís Gouveia

Homem finge doença para entrar em UPA e espancar companheira internada

247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório com as alegações finais do inquérito que investiga os atentados de 8 de janeiro de 2023, pedindo a condenação de oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por suposta omissão. A PGR afirma que integrantes da cúpula da corporação à época estavam cientes de um plano para impedir a permanência de Luiz Inácio Lula da Silva no poder, logo após sua posse. As informações são do <a href="https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2025/02/7062125-para-pgr-cupula-da-pmdf-tramou-para-destituir-o-presidente-lula.html">Correio Braziliense</a>.
O documento, que se encontra no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, aponta que os réus compartilharam informações falsas sobre fraudes nas urnas e estavam cientes das ameaças de ataques contra pontos críticos da capital federal, como a Esplanada dos Ministérios e o Setor de Combustíveis e Inflamáveis. A acusação de omissão é fundamentada no fato de que os oficiais da PMDF não tomaram providências suficientes para evitar os ataques ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao STF, que resultaram em graves danos, incluindo vidraças quebradas, obras de arte vandalizadas e estruturas elétricas e hidráulicas destruídas.
"Como indicado na denúncia, nos dias que antecederam o segundo turno da eleição presidencial de 2022, teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e vulnerabilidade das urnas eletrônicas passaram a ser difundidas massivamente em redes sociais e aplicativos de comunicação instantânea, gerando clima social de polarização político-ideológica e de desconfiança nas instituições republicanas", diz um trecho do relatório, de acordo com a reportagem.&nbsp;
“Os denunciados, integrantes de cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, às vésperas das eleições de 2022 e especialmente depois do pleito, aderiram à difusão de informações falsas, trocaram arquivos com conteúdo inverídico sobre fraudes eleitorais e trataram sobre possíveis meios ilegais para impedir a permanência do presidente legitimamente eleito, conforme comprovam extensamente os relatórios que instruem a denúncia”, completa a PGR.&nbsp;
A acusação ainda aponta que a PMDF soube, no dia anterior aos ataques, da presença de 5,5 mil pessoas preparadas para o confronto em Brasília e que carros disfarçados da corporação circularam pela cidade entre os dias 4 e 7 de janeiro, registrando possíveis preparativos para a invasão de órgãos públicos. Para a Procuradoria, a omissão dos oficiais favoreceu a realização dos atos antidemocráticos.
A PGR pede a condenação dos réus, incluindo o ex-comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira, o ex-subcomandante Klepter Rosa Gonçalves, o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto e outros oficiais de alta patente. Eles são acusados de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos qualificados e violação de deveres previstos na Lei Orgânica da PMDF.
Em resposta, a defesa de um dos réus, o coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, contestou a acusação, alegando que a PGR ignorou documentos da Polícia Federal que indicam responsabilidades da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), além de não considerar a hierarquia e a disciplina da corporação. A defesa também argumenta que o réu não está envolvido no alinhamento ideológico mencionado no relatório da PGR. Até o momento, os outros réus ou suas defesas não se manifestaram.

Paulo Emilio

PGR pede condenação de oficiais da PMDF por omissão nos atentados golpistas de 8 de janeiro

247 - O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Mikhail Rocha e Menezes, de 46 anos, foi internado na ala psiquiátrica do Hospital de Base na noite desta quinta-feira (16/1), após protagonizar uma série de ataques que deixou três mulheres baleadas. As informações foram obtidas pelo Metrópoles, que também divulgou imagens do delegado sendo levado algemado para o centro médico.
As vítimas incluem a esposa de Mikhail, Andréa Rodrigues Machado e Menezes, 40 anos; a funcionária da família, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45; e a supervisora de enfermagem do Hospital Brasília, Priscilla Pessôa Rodrigues, 45. Os ataques ocorreram em um intervalo de cerca de uma hora, na região do Lago Sul. O delegado foi preso em flagrante por uma equipe do Batalhão de Policiamento de Choque (Patamo), com apoio do Grupo Tático Motociclístico (GTM) 25, ambos da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
<h3>Linha do tempo dos ataques</h3>
De acordo com a apuração, o episódio começou por volta das 9h10, quando Mikhail disparou contra Andréa e Oscelina na residência da família, localizada no Residencial Santa Mônica, no Setor Habitacional Tororó. Em seguida, ele saiu de carro com o filho de 7 anos em um Volkswagen Polo preto. O destino foi o Pronto-Socorro do Hospital Brasília, onde exigiu atendimento para a criança, que estaria vomitando. Durante o pedido de ajuda, Mikhail atirou contra a supervisora de enfermagem Priscilla Pessôa Rodrigues.
Logo após o disparo no hospital, o delegado fugiu do local, mas foi rastreado pela PMDF através da placa do veículo. Ele foi interceptado na QL 23 do Lago Sul, próximo à subida para o Jardim Botânico, por volta das 10h. No momento da abordagem, o delegado estava acompanhado do filho e não resistiu à prisão.
<h3>Estado mental do delegado</h3>
Fontes ligadas à coluna Na Mira relataram que Mikhail apresentava sinais de intenso distúrbio mental ao chegar ao Instituto de Medicina Legal (IML) para exame de corpo de delito. “Ele estava ‘em outro mundo’, falava de forma desconexa e parecia não ter noção dos crimes que havia cometido”, afirmou uma fonte.
<h3>Prisão e internação</h3>
Detido em flagrante, Mikhail Rocha foi levado inicialmente à Corregedoria da PCDF para prestar depoimento. Posteriormente, diante de seu estado mental, foi transferido para a ala psiquiátrica do Hospital de Base, onde permanece sob observação. As motivações para o surto ainda estão sob investigação.

Redação Brasil 247

Delegado preso no DF por atirar em esposa, empregada e enfermeira está em ala psiquiátrica

Por Felipe Pontes, repórter da Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, que era comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente. A decisão foi assinada nesta segunda-feira (13).&nbsp;
Naime estava preso desde 7 de fevereiro do ano passado, sob suspeita de não ter cumprido seus deveres funcionais durante os atos golpistas. Em fevereiro deste ano, ele se tornou réu no caso, junto com outros seis integrantes da antiga cúpula da PMDF.&nbsp;
Para Moraes, Naime não representa mais risco à apuração do caso, uma vez que passou recentemente para a reserva da PMDF, não tendo mais ingerência em assuntos da corporação. É o mesmo entendimento que levou à soltura de outros quatro coronéis.&nbsp;
Audiência - Mesmo solto, Naime não poderá comparecer a uma cerimônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em que seu filho receberá a carteira de advogado, porque o evento coincide com uma audiência de instrução já marcada, decidiu Moraes.&nbsp;
O coronel deverá, ainda, usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair do Distrito Federal. Outras medidas cautelares são o comparecimento semanal em juízo, o recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, a proibição de usar redes sociais e a suspensão de eventuais autorizações para o porte de armas.&nbsp;
Acusação - Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Naime cometeu os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres funcionais, todos pela via da omissão.&nbsp;
Pela peça de acusação, ele teria conspirado desde o ano anterior, junto com os demais denunciados, em favor de um levante popular pró-Bolsonaro e, no 8 de janeiro de 2023, deixou deliberadamente que os crimes fossem cometidos pelos vândalos.&nbsp;
A PGR disse haver “uma profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da PMDF denunciados, que se mostraram adeptos de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.&nbsp;
A defesa de Naime nega as acusações e alega que a PGR não conseguiu delinear as condutas supostamente criminosas do coronel.&nbsp;

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