<p><b>247 – </b>O jornalista <b>Pepe Escobar</b> publicou no YouTube o vídeo <i>“Direto de Kashgar, exclusivo: o boom econômico do Oeste da China”</i> (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=ERWUr-g7gWk" target="_new">assista aqui</a>), no qual descreve a transformação econômica e geopolítica da região de Xinjiang. Gravado em Kashgar, cidade histórica da Rota da Seda, o registro coincidiu com o <b>Dia Nacional da China</b>, em 1º de outubro, e mostra como o oeste do país se consolidou como um dos polos de crescimento mais dinâmicos.</p>
<p>Segundo Escobar, Kashgar é hoje um <b>entroncamento fundamental das Novas Rotas da Seda</b>, especialmente pelo <b>Corredor Econômico China-Paquistão</b>, um dos projetos mais estratégicos da iniciativa Belt and Road. “Cashgar é esse nó fundamental das antigas rotas da seda”, destacou o jornalista, lembrando que dali parte a ligação terrestre até o porto de Gwadar, no Paquistão, conectando a China ao mar da Arábia.</p>
<h2>A importância estratégica de Kashgar</h2>
<p>Escobar explica que Kashgar, que há 25 anos era uma pequena cidade com pouco mais de 200 mil habitantes, transformou-se em um centro urbano com mais de <b>4 milhões de pessoas</b>. Hoje, a cidade combina preservação histórica com intensa modernização, abrigando novas torres empresariais, hotéis e um comércio movimentado, especialmente durante a chamada <b>“semana dourada”</b>, quando milhões de turistas chineses viajam pelo país.</p>
<p>A <b>rodovia Caracórum</b>, que liga a China ao Paquistão, é citada como um exemplo de obra de importância estratégica e de beleza única: “uma das paisagens mais deslumbrantes do planeta inteiro”, disse Escobar, apesar do tráfego intenso de caminhões e ônibus.</p>
<h2>Boom econômico em Xinjiang</h2>
<p>O jornalista destacou que Xinjiang cresce a taxas acima da média nacional. Enquanto a economia chinesa avança em torno de <b>5% ao ano</b>, a província tem registrado expansão de <b>8% a 8,5%</b>. Essa evolução se reflete na instalação de novos parques industriais, no aumento do comércio transfronteiriço e em investimentos em setores como energia solar, veículos elétricos e tecnologia da informação.</p>
<p>Um exemplo citado é a indústria do <b>jade</b>, que vai da mineração ao acabamento de peças sofisticadas. “Eles pegaram trabalhadores locais, mandaram para centros de tratamento de jade no Japão e na Alemanha. Eles voltaram e agora são uma referência praticamente mundial”, explicou.</p>
<h2>O contraste com o Ocidente</h2>
<p>Em sua análise geopolítica, Escobar ressalta o <b>abismo entre o dinamismo chinês e a crise do Ocidente</b>. Ele observa que a classe média chinesa viaja em massa por Xinjiang, usufruindo de infraestrutura moderna, hotéis de qualidade a preços acessíveis e segurança eficiente, enquanto Europa e Estados Unidos mergulham em políticas de medo e militarização.</p>
<p>“O Ocidente está afundando num estado de suicídio avançado”, afirmou, contrapondo a “psicose de guerra da OTAN” ao foco chinês em prosperidade, educação e bem-estar social.</p>
<h2>Além dos estereótipos sobre Xinjiang</h2>
<p>Outro ponto enfatizado é a vivência em Xinjiang ao lado de uigures locais, o que permitiu a Escobar conhecer a realidade longe dos clichês difundidos pela mídia ocidental. Ele destaca a preservação arquitetônica em Kashgar, onde o governo oferece subsídios para que proprietários mantenham suas casas históricas.</p>
<p>“Você sendo proprietário de uma das casas antigas na cidade antiga, você não só podia manter a sua casa, como o governo deu um subsídio para você renovar e manter a casa”, relatou.</p>
<p>A análise de Pepe Escobar mostra Xinjiang como um <b>laboratório do futuro da China</b>: integração regional, crescimento acelerado, turismo de massa e investimentos tecnológicos. Mais do que relatar paisagens e tradições milenares, o jornalista chama atenção para o contraste entre o otimismo chinês e o declínio estratégico do Ocidente.</p>
<p>“É a classe média chinesa inteira, próspera e abastada, descobrindo o oeste da China”, resume Escobar. Assista:</p>
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Redação Brasil 247

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Sul Global

Pepe Escobar detalha o desenvolvimento do Xinjiang e das rotas da seda

<p><b>247 –</b> O analista geopolítico Pepe Escobar divulgou seu novo Pepe Café diretamente do Xinjiang, no vídeo <b>“Xinjiang exclusivo: na Rota da Seda no Oeste da China”</b> (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=PZq_KJ8piuc" target="_new">assista aqui</a>). O material traz um relato em primeira pessoa sobre a viagem realizada pelo deserto de Taclamacã, na região de Xinjiang, destacando tanto o valor histórico da antiga Rota da Seda quanto as implicações geopolíticas e econômicas das novas rotas da conectividade chinesa.</p>
<p>Logo no início, Escobar define a experiência como “a viagem de todas as viagens”, ao cruzar de norte a sul o Taclamacã, um dos desertos mais inóspitos do planeta. “Você pode entrar, mas não consegue sair”, lembrou ele sobre o significado da palavra em uigur.</p>
<h2>Do cânion de Aksu à travessia do deserto</h2>
<p>O jornalista descreve o ponto de partida: a cidade-oásis de Kucha, próxima a Aksu, local historicamente central na Rota da Seda. Ele explica que a travessia pelo Taclamacã hoje é possível graças às modernas autoestradas construídas pela China, protegidas por um sistema engenhoso de irrigação e plantio de vegetação nas laterais para conter o avanço das dunas.</p>
<blockquote>&nbsp;“Essa estrada tem mais ou menos 450 km através do deserto, com um sistema absolutamente extraordinário para impedir o avanço da areia”, destacou Escobar.</blockquote>
<p>Além da paisagem desértica, a viagem incluiu visitas a sítios arqueológicos e culturais como as grutas budistas de Turfan e Dunhuang, bem como conversas com estudiosos chineses sobre a herança milenar da região.</p>
<h2>A importância geopolítica de Xinjiang</h2>
<p>Pepe Escobar contextualiza a jornada dentro de um cenário maior: o papel estratégico de Xinjiang como elo entre a China e a Ásia Central, especialmente após a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai. Segundo ele, o momento é simbólico, pois coincide com os 70 anos da integração da região à República Popular da China.</p>
<blockquote>&nbsp;“Essa é uma viagem fundamental que está entrecruzada com os 70 anos de Xinjiang como parte integrante da República Popular da China”, afirmou.</blockquote>
<p>Ele também ressaltou o peso econômico da região, mencionando a produção de algodão e as sanções impostas pelos Estados Unidos e Europa, que impactam diretamente as exportações locais. Apesar das restrições, os produtos seguem abastecendo países do Sul Global.</p>
<h2>As novas rotas da seda e a conectividade</h2>
<p>Outro ponto central do documentário é a conexão entre as antigas e as novas rotas da seda. Escobar sublinha que o comércio atual, realizado por trens de carga de Urumqi até a Europa, repete em essência a lógica de intercâmbio da época das dinastias Han e Tang.</p>
<blockquote>&nbsp;“O documentário vai falar dos corredores de conectividade, das novas rotas da seda, da qualidade das estradas, dos trens, dos hotéis. Tudo é eficiente, moderno, e funciona”, destacou.</blockquote>
<p>Ele afirma ainda que não há diferença no tratamento entre estrangeiros e chineses nos controles de viagem, classificando a atmosfera local como tranquila e distante de qualquer visão “opressiva” divulgada no Ocidente.</p>
<h2>Um mergulho cultural e histórico</h2>
<p>O documentário também explora aspectos culturais da região, incluindo a forte presença da tradição uigur na arquitetura, na culinária e na vida cotidiana. Para Escobar, a experiência oferece uma rara oportunidade de observar Xinjiang “por dentro”, em contraste com a imagem fragmentada transmitida fora da China.</p>
<blockquote>&nbsp;“É mostrar a China real por dentro, que o Ocidente praticamente não conhece. E vocês, no Brasil, poderão ter uma ideia com as imagens, as palavras e as conversas que vamos apresentar”, concluiu o jornalista.</blockquote>
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/PZq_KJ8piuc?si=26TXP6Nb6RGbZ-1q" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

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On the road: Pepe Escobar faz a travessia pelo deserto de Taclamacã num encontro entre história e geopolítica

<p><b>247 – </b>O jornalista e analista Pepe Escobar analisou a transformação da China no seu programa <b>Pepe Café</b>, transmitido em seu canal no YouTube (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=EesZCdolFAg" target="_new">assista aqui</a>). Em relato feito diretamente do corredor de Gansu, no oeste chinês, Escobar destacou como o país conseguiu cumprir suas metas de desenvolvimento em ritmo “de trem-bala do século 21”, combinando expansão tecnológica, industrial e energética com preservação cultural e integração regional.</p>
<p>Segundo ele, o projeto <b>Made in China 2025</b>, lançado há dez anos, já superou grande parte dos objetivos traçados pelo governo chinês. “Eles já estão no topo em oito, falta apenas mais dois, onde estão chegando ao topo”, afirmou. Escobar lembrou que essa estratégia está diretamente conectada às <b>Novas Rotas da Seda</b>, iniciativa de integração lançada em 2013 pelo presidente Xi Jinping, que ampliou a conexão entre o leste e o oeste do país e fortaleceu a ligação com a Ásia Central.</p>
<h2>Desenvolvimento e modernização no oeste chinês</h2>
<p>Ao viajar por cidades como Dunhuang e Lanzhou, Escobar descreveu uma China profundamente eletrificada, com <b>vastas áreas de painéis solares e turbinas eólicas</b> que abastecem um parque industrial em expansão. Ele também relatou a modernização da infraestrutura ferroviária, com trens de alta velocidade cruzando desertos, montanhas e regiões industriais.</p>
<p>“O que você sente na prática e em movimento é o poder da China em desenvolvimento e como esses últimos 10 anos desde o <i>Made in China 2025</i> foram cumpridos e já estão sendo ultrapassados”, observou.</p>
<h2>A conexão entre passado e presente</h2>
<p>Ao retraçar as antigas rotas da Seda, Escobar ressaltou o peso histórico e cultural da região, como as cavernas Mogao, em Dunhuang, que preservam arte budista desde o século VI. Para ele, essa viagem permite compreender como a China combina tradição milenar com modernização acelerada, consolidando-se como potência global em diferentes setores.</p>
<p>“É muito impressionante ver isso no microcosmo, não só no macrocosmo, nas grandes cúpulas e discursos, mas no dia a dia, pulando de uma cidadezinha a outra pelo trem de alta velocidade”, afirmou o analista. Assista:</p>
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/EesZCdolFAg?si=_Lxtobldz7UKmnie" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

Ideias

China se desenvolve em ritmo de trem-bala do século 21, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>O jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar publicou no seu Pepe Café uma análise direta de Vladivostok sobre os resultados do Fórum Econômico do Extremo Oriente e da Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), realizada em Tianjin. Segundo ele, os encontros consolidaram a ascensão da Eurásia como centro do sistema internacional e marcaram o nascimento do chamado “século euroasiático” (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=nBWEBJTXflI" target="_new">assista aqui</a>).</p>
<p>Escobar destacou que “não brinquem com o dragão. Esse é o arcabouço do novo mundo. Vamos fazer mais business entre nós todos”, resumindo a centralidade da China na redefinição da ordem internacional. Para o analista, a semana foi “absolutamente extraordinária”, com eventos que aceleraram a integração regional e fortaleceram o papel da Rússia, da China e do Sul Global.</p>
<h2>A centralidade da China e a parceria com a Rússia</h2>
<p>A cúpula da OCX em Tianjin teve como mestre de cerimônias o presidente Xi Jinping e contou com a presença de Vladimir Putin. Escobar enfatizou o peso desse encontro, realizado no Zhongnanhai, a residência oficial da liderança chinesa: “são ocasiões lá em cima, é no topo do topo do topo da pirâmide”.</p>
<p>Na mesma semana, Pequim sediou uma parada militar que exibiu o avanço tecnológico e militar chinês. Escobar não deixou dúvidas sobre a mensagem enviada: “não brinquem com o dragão. E eles mostraram porquê”.</p>
<p>Já em Vladivostok, Putin foi o protagonista do fórum, onde apresentou a ideia de uma “Grande Parceria Euroasiática”, projeto que busca unificar corredores de desenvolvimento, cadeias de suprimento, energia, logística e infraestrutura em toda a região.</p>
<h2>O desenvolvimento da Sibéria e do Ártico</h2>
<p>A Rússia também apresentou seus planos para desenvolver a Sibéria e o Ártico, áreas estratégicas tanto em recursos naturais quanto em logística. Escobar comparou esse movimento ao processo chinês dos anos 1990 para integrar o oeste do país à Ásia Central.</p>
<p>Segundo ele, trata-se de “um processo em termos de importância histórica, de amplitude histórica, absolutamente extraordinário”, combinando inovação digital, investimentos verdes e construção de infraestrutura em regiões até então negligenciadas.</p>
<h2>Reconstrução do Dombás e investimentos chineses</h2>
<p>Durante o fórum, Escobar relatou acordos de investimento firmados entre empresas chinesas e lideranças de Donetsk. “Os chineses estão vindo para o Dombass porque eles querem investir na economia... estradas, ferrovias, logística, energia, minerais”, disse o analista.</p>
<p>Um dos exemplos citados foi a reconstrução do porto de Mariupol, que deverá retomar exportações já a partir do próximo ano, transformando a região em um novo polo econômico estratégico.</p>
<h2>O século euroasiático</h2>
<p>Para Escobar, o conjunto de encontros em Tianjin, Pequim e Vladivostok comprova que a Eurásia retoma seu papel histórico de centro da geopolítica global, revertendo séculos de hegemonia ocidental. Ele ressaltou que “a Eurásia como centro do mundo, como foi na história por 98% ou mais, está voltando”.</p>
<p>A proposta de governança global apresentada por Xi Jinping na OCX — baseada na igualdade entre Estados e no respeito aos princípios fundadores da ONU — foi apresentada como contraponto direto à chamada “ordem internacional baseada em regras”, promovida pelos Estados Unidos e seus aliados.</p>
<p>Em suas palavras finais, Pepe Escobar reforçou: “Esse é o século euroasiático nascendo. Ele já nasceu, estava engatinhando, e agora está andando a passos de corredor de fundo”. Para o analista, o Fórum Econômico de Vladivostok e a cúpula da OCX simbolizam a consolidação de um novo mundo, em que a China e a Rússia lideram a construção de uma ordem internacional multipolar. Assista:</p>
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"Não brinquem com o dragão. A China define a nova ordem internacional", diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>O jornalista Pepe Escobar, em entrevista ao programa <i>Judging Freedom</i>, apresentado pelo juiz Andrew Napolitano no YouTube, destacou os impactos geopolíticos do próximo encontro da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), que ocorrerá em Tianjin, na China, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro de 2025. Segundo Escobar, o evento reunirá líderes centrais do chamado “Sul Global” e evidenciará o fortalecimento dos Brics diante do confronto com o Ocidente.</p>
<p>“Todo mundo que importa na Eurásia estará lá, incluindo os quatro principais: Putin, Xi, Modi e o presidente do Irã. Todos na mesma mesa”, afirmou Escobar, ressaltando o caráter histórico do encontro.</p>
<h2>A reaproximação entre Índia e China</h2>
<p>Um dos pontos mais relevantes, segundo o analista, será a reunião bilateral entre o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da China, Xi Jinping. O encontro marca a primeira viagem de Modi à China em sete anos.</p>
<p>“Xi enviou uma carta a Modi. Ele respondeu, confirmou presença e aceitou conversar cara a cara. Isso é imenso em termos de unidade da OCX e dos Brics. Até poucos dias atrás, a percepção era de que não havia confiança entre Índia e China. Agora, eles estão reconstruindo a relação. É um reset ninja”, declarou Escobar.</p>
<h2>Trump fortaleceu os Brics ao tentar enfraquecê-los</h2>
<p>O analista também destacou que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao condenar e atacar os Brics, acabou fortalecendo o bloco. “Não há dúvida sobre isso. Os jogadores dos Brics estão espantados com a guinada dos acontecimentos”, observou Escobar.</p>
<p>Ele explicou que, paralelamente, o governo Trump enfrenta pressão de corporações de energia norte-americanas interessadas em retomar negócios na Rússia, após perdas bilionárias com as sanções. “As empresas querem voltar. Perderam mais de US$ 4 bilhões e agora pressionam Trump para abrir caminho. Mas os russos continuam firmes em suas linhas vermelhas”, disse.</p>
<h2>Guerra na Ucrânia segue sem avanços diplomáticos</h2>
<p>Escobar avaliou que a guerra na Ucrânia não sofreu alterações significativas após as negociações recentes entre Washington e Moscou. “Nada mudou. A operação militar especial vai continuar. Os russos não acreditam que os Estados Unidos entendam suas linhas vermelhas”, afirmou.</p>
<p>Ele acrescentou que a ideia de enviar uma força de “manutenção da paz” europeia para a Ucrânia é inaceitável para Moscou: “Isso é além de kafkiano. Seria outra linha vermelha absoluta”.</p>
<h2>O silêncio sobre Gaza e a cumplicidade do Ocidente</h2>
<p>Na entrevista, o jornalista criticou a postura de Trump diante do massacre em Gaza. “Ele normalizou o genocídio e a campanha de fome. Ao fazer isso, tornou o Ocidente coletivo cúmplice”, disse Escobar.</p>
<p>Segundo ele, a indiferença do presidente norte-americano frente a crimes de guerra — como o bombardeio de hospitais e o assassinato de jornalistas — revela a perda de credibilidade moral do Ocidente. “Os historiadores digitais olharão para este início de século e concluirão: o Ocidente se enterrou sozinho, liderado pelo presidente dos Estados Unidos”, afirmou.</p>
<p>O encontro da OCX e a presença de líderes como Vladimir Putin, Xi Jinping, Narendra Modi e Ebrahim Raisi, do Irã, mostram o avanço da integração eurasiática em áreas de segurança e economia. Para Escobar, esse movimento consolida uma nova correlação de forças internacionais, desafiando a hegemonia norte-americana e a estratégia de guerra permanente do Ocidente. Assista:</p>
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BRICS e Organização de Cooperação de Xangai desafiam hegemonia ocidental, avalia Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>A integração entre os <b>BRICS</b> e a <b>Organização de Cooperação de Xangai (OCX)</b> é um processo inevitável. A análise é do jornalista e analista geopolítico <b>Pepe Escobar</b>, em seu programa <i>Pepe Café</i>, transmitido em seu canal no YouTube <a href="https://www.youtube.com/watch?v=11J3J2md4yE&amp;utm_source=chatgpt.com" target="_new">assista aqui</a>. Segundo ele, os encontros desta semana em Tianjin e Vladivostok consolidam a parceria estratégica entre Rússia e China e apontam para a formação de uma nova ordem multipolar.</p>
<p>Escobar destacou que a cúpula da OCX, em Tianjin, e o Fórum Econômico do Leste, em Vladivostok, são espaços decisivos para a coordenação entre os dois blocos. <i>“Mais cedo ou mais tarde, BRICS e Organização de Cooperação de Xangai vão terminar se unindo. É o mesmo trem-bala deslizando pela mesma ferrovia”</i>, afirmou.</p>
<h2>Tianjin: aproximação entre China e Índia</h2>
<p>O analista enfatizou a importância da presença de Vladimir Putin, Xi Jinping, Narendra Modi e do presidente iraniano na cúpula de Tianjin. Para ele, o recente “reset” nas relações entre China e Índia fortalece não apenas os BRICS, mas também a OCX. <i>“Na mesa estarão juntos, conversando face a face, em nível de decisão suprema, Putin, Xi, Modi e o presidente iraniano. Isso é extraordinário”</i>, disse Escobar.</p>
<h2>Vladivostok: investimentos e desenvolvimento do Ártico</h2>
<p>No dia 3 de setembro começa em Vladivostok o Fórum Econômico do Leste, onde o presidente Putin deve anunciar novos investimentos estratégicos no Ártico e no Extremo Oriente russo. Escobar destacou que a parceria com a China é central para esse processo, especialmente na construção da <b>Rota da Seda do Ártico</b>, vista como alternativa ao Canal de Suez.</p>
<p>Segundo o analista, a estratégia russa espelha a campanha chinesa “Go West”, de 1999, que levou desenvolvimento das regiões costeiras para o interior do país.</p>
<h2>Pressões sobre os Estados Unidos</h2>
<p>Pepe Escobar também comentou a possibilidade de retomada dos investimentos da ExxonMobil na Sibéria, suspensos devido às sanções. A negociação cria pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interessado em explorar oportunidades no Ártico.</p>
<p>“Trump é um narciso preso em seu próprio labirinto”, avaliou o analista, lembrando que Putin estaria oferecendo ao líder norte-americano uma “boia salva-vidas” diante do impasse da guerra na Ucrânia e da busca desesperada por uma vitória política.</p>
<h2>Caminho multipolar</h2>
<p>Para Escobar, os acontecimentos em Tianjin e Vladivostok refletem a consolidação de um projeto maior de integração euroasiática e de fortalecimento do Sul Global. <i>“Os BRICS e o Sul Global estão no meio de todo esse novelo de nós entrelaçados que concerne a todos nós”</i>, disse.</p>
<p>Segundo ele, a cooperação crescente entre BRICS e OCX marca um passo essencial rumo a uma nova arquitetura multipolar capaz de enfrentar as pressões do chamado “Império do Caos”. Assista:</p>
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BRICS e Organização de Cooperação de Xangai vão terminar se unindo, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>O jornalista Pepe Escobar afirmou, em seu programa <b>Pepe Café</b>, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, representou o BRICS durante a reunião de 150 minutos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Alasca. Segundo Escobar, o encontro foi um divisor de águas no cenário geopolítico global e pode abrir caminho para um redesenho das relações estratégicas entre Moscou e Washington.</p>
<p>“Putin estava representando os BRICS no Alasca. Mudou o paradigma. Os russos vão continuar desmilitarizando a OTAN”, afirmou Escobar logo no início de sua análise. O jornalista destacou ainda que a Rússia levou ao encontro uma delegação de alto nível, considerada por ele como um verdadeiro “Dream Team”, incluindo o chanceler Sergei Lavrov, o ministro da Defesa, o ministro das Finanças e outros assessores próximos ao Kremlin.</p>
<h2>União Europeia tratada como “aluninhos” em Washington</h2>
<p>Escobar também analisou os desdobramentos após o encontro no Alasca, quando líderes da União Europeia foram recebidos por Trump na Casa Branca. Para ele, a cena revelou a subordinação política do bloco a Washington.</p>
<p>“O mestre circense do império do caos passando a reprimenda dizendo: ‘Cala a boca, vocês vão fazer o que eu vou mandar daqui pra frente’”, ironizou Escobar, descrevendo a postura dos líderes europeus como “sete anões voadores” que se comportaram como estudantes diante de um diretor.</p>
<h2>Linhas vermelhas da Rússia e o impasse ucraniano</h2>
<p>Embora os principais acordos entre Putin e Trump permaneçam secretos, Escobar destacou que ficou claro aos norte-americanos que não será possível chegar a uma solução para a guerra na Ucrânia sem respeitar as condições impostas pela Rússia.</p>
<p>“Trump finalmente percebeu que não vai haver nenhum tipo de evolução levando a uma possível resolução da tragédia ucraniana sem respeitar as linhas vermelhas russas”, disse Escobar. Entre essas condições, estão a neutralidade da Ucrânia e sua exclusão definitiva da OTAN.</p>
<p>Para o jornalista, a pressão contra qualquer avanço nesse sentido será enorme, partindo do chamado “deep state” norte-americano, de democratas e republicanos antagônicos a Trump, além do complexo industrial-militar.</p>
<h2>BRICS e o Sul Global ganham espaço</h2>
<p>Outro ponto ressaltado por Escobar foi o papel de Putin como interlocutor dos BRICS. Ele lembrou que, após o encontro, o presidente russo manteve conversas com outros líderes do bloco, incluindo o presidente Lula.</p>
<p>“Isso é extremamente importante, porque é como se ele tivesse conseguido uma pequena janela de respiração para os BRICS, já que Trump suspendeu sanções extras e tarifas contra países do grupo”, explicou.</p>
<h2>Guerra prolongada</h2>
<p>Apesar da relevância do encontro, Escobar afirmou que a guerra na Ucrânia está longe de acabar. Segundo ele, a Rússia seguirá enfraquecendo militarmente a OTAN.</p>
<p>“O processo de desmilitarização da Ucrânia e da OTAN vai continuar, porque os russos vão continuar desmilitarizando a OTAN no ritmo atual e talvez ainda mais acelerado”, concluiu. Assista:</p>
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Vladimir Putin e Donald Trump - 15 de agosto de 2025

Putin representou o BRICS no encontro com Trump no Alasca, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>O jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar publicou fez uma análise detalhada sobre o impacto da política de tarifas de Donald Trump e os efeitos do encontro histórico entre o presidente dos Estados Unidos e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizado no Alasca.</p>
<p>Segundo Escobar, as tarifas impostas por Trump contra a China e outros países acabaram gerando um efeito inesperado: <i>“Trump aproximou ainda mais os BRICS com seu tarifaço”</i>. O analista destacou que nunca antes os principais líderes do bloco — Rússia, China, Brasil, Índia e África do Sul — mantiveram tantos contatos diretos e frequentes, reforçando a integração econômica e política como resposta à pressão norte-americana.</p>
<h2>O encontro no Alasca</h2>
<p>O ponto alto da análise de Escobar foi a reunião entre Trump e Putin, descrita como surpreendentemente cordial. Logo na chegada, relatou o analista, Putin teria afirmado: <i>“Estou aqui para te ajudar”</i>, ao que Trump respondeu: <i>“Eu vou te ajudar”</i>.</p>
<p>Para Escobar, esse clima desmontou as previsões pessimistas feitas antes do encontro e abriu caminho para discussões de paz na Ucrânia. Trump chegou a publicar em sua rede social: <i>“Foi determinado por ambas as delegações que a melhor forma de encerrar a horrível guerra entre Rússia e Ucrânia é buscar diretamente um acordo de paz que encerre a guerra, e não apenas um cessar-fogo, que muitas vezes não se sustenta.”</i></p>
<p>Escobar destacou que, nessa frase, Trump desafiou frontalmente a narrativa da OTAN e de seus aliados em Kiev. O ex-presidente russo Dmitri Medvedev confirmou: <i>“O presidente da Rússia apresentou pessoalmente e em detalhes ao presidente dos Estados Unidos as nossas condições para encerrar o conflito na Ucrânia.”</i></p>
<h2>BRICS no centro da estratégia</h2>
<p>Pepe Escobar ressaltou que Putin chegou ao Alasca não apenas como líder russo, mas também como representante dos BRICS. Antes da reunião, o presidente russo manteve conversas com Xi Jinping, Lula e Narendra Modi, reforçando a ideia de que o encontro tinha implicações que ultrapassavam o conflito na Ucrânia e se projetavam sobre a arquitetura geopolítica global.</p>
<p>Segundo Escobar, <i>“após o Alasca, os que realmente escrevem o roteiro do grande jogo geopolítico são Xi e Putin juntos”</i>. Trump, por sua vez, teria prometido não impor novas sanções aos países do bloco pelo menos nas próximas semanas, gesto que foi visto como um sinal de distensão.</p>
<h2>Energia e negócios como pano de fundo</h2>
<p>Embora as negociações de paz tenham dominado as atenções, Escobar sublinhou que os interesses econômicos foram igualmente decisivos. No mesmo dia do encontro, Putin assinou um decreto que pode permitir o retorno da ExxonMobil à exploração de gás em Sakhalin, no extremo oriente russo. A empresa havia perdido bilhões de dólares ao deixar o projeto em 2022 por conta das sanções.</p>
<p>Para Escobar, essa decisão mostra que Trump busca principalmente abrir espaço para grandes companhias norte-americanas no setor de energia russo, conectando diplomacia a interesses empresariais estratégicos.</p>
<h2>Resistências e próximos passos</h2>
<p>Apesar da aproximação, Escobar alertou que Trump enfrentará forte resistência do establishment político e midiático dos Estados Unidos e da Europa. A imprensa ocidental já reagiu com hostilidade ao encontro, descrevendo-o como uma ameaça à estratégia da OTAN.</p>
<p>Ainda assim, os desdobramentos seguem em andamento. Putin convidou Trump para um segundo encontro em Moscou, e novos capítulos devem se desenrolar em breve, especialmente no Fórum Econômico de Vladivostok e na reunião da Organização de Cooperação de Xangai, que reunirá Putin, Xi Jinping e Narendra Modi.</p>
<p>Para Pepe Escobar, o encontro no Alasca não representou o fim imediato da guerra na Ucrânia, mas abriu uma possibilidade inédita de negociações diretas de paz e de redefinição estratégica das relações entre Estados Unidos e Rússia. Ao mesmo tempo, as tarifas impostas por Trump tiveram o efeito de fortalecer a união dos BRICS, acelerando o processo de integração econômica e política do bloco.</p>
<p><i>“Foi uma enorme surpresa; ninguém esperava esse grau de entendimento”</i>, resumiu Escobar. Assista:</p>
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Mundo

Trump aproximou ainda mais os BRICS com seu tarifaço, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>No programa <b>Pepe Café</b>, publicado em seu canal no YouTube, o analista geopolítico <b>Pepe Escobar</b> analisa em profundidade a cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, marcada para Anchorage, no Alasca. Embora a Ucrânia seja o tema mais visível, Escobar sustenta que o encontro tem objetivos muito mais amplos, envolvendo interesses estratégicos, econômicos e energéticos de longo alcance.</p>
<p>Segundo ele, a escolha do Alasca — feita por iniciativa de Moscou — é altamente simbólica e estratégica. A região concentra reservas expressivas de petróleo e gás, além de ser um ponto-chave para a <b>rota da seda do Ártico</b>, projeto liderado pela Rússia com participação da China, que pode redefinir rotas comerciais globais ao criar um corredor marítimo mais rápido e seguro.</p>
<h2>Trump, Putin e o cálculo estratégico</h2>
<p>Escobar descreve Trump como um negociador focado em ganhos econômicos imediatos, interessado sobretudo em abrir espaço para empresas americanas explorarem recursos no Ártico e retomarem negócios com a Rússia. O “deep state” — que inclui setores como CIA, Pentágono e complexo industrial-militar — teria outra prioridade: usar um eventual cessar-fogo na Ucrânia apenas como pausa para rearmar Kiev, transferindo o custo da guerra para os europeus.</p>
<p>Putin, por sua vez, enfrenta pressões internas de setores que defendem ações militares mais duras. Ainda assim, o Kremlin vê na reunião uma oportunidade para discutir com Washington temas como <b>reorganização de áreas de influência, revisão de acordos nucleares e limitação da expansão da OTAN</b>, mantendo o controle sobre projetos estratégicos como a exploração do Ártico.</p>
<h2>O fator Brics e a guerra das tarifas</h2>
<p>O analista enfatiza que o encontro também interessa diretamente ao <b>Brics</b>. Brasil e Índia estão entre os principais alvos das tarifas impostas por Trump. Moscou poderá tentar arrancar do presidente americano uma promessa implícita de não aplicar sanções secundárias contra países que importam petróleo russo — passo que fortaleceria a coesão do bloco.</p>
<p>Nos dias que antecederam a cúpula, líderes do Brics intensificaram contatos, numa estratégia coordenada para reagir à ofensiva tarifária dos EUA. Escobar ressalta que Putin representará na mesa não apenas os interesses da Rússia, mas também os do grupo como um todo.</p>
<h2>A questão da confiança</h2>
<p>Um dos maiores entraves, segundo Escobar, é a confiabilidade de qualquer acordo com os EUA. Ele lembra que Washington já rompeu compromissos importantes, como o acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015 e abandonado por Trump. Figuras como Dmitri Medvedev já afirmaram ser “praticamente impossível voltar a ter relações normais” com os americanos, dadas as últimas duas décadas de hostilidade.</p>
<h2>O Alasca como ponto de partida</h2>
<p>A cúpula de Anchorage pode marcar o início de um novo rearranjo geopolítico. Caso haja avanços, uma segunda reunião deverá ocorrer na Rússia, abrindo caminho para negociações mais amplas sobre segurança internacional. No entanto, forças poderosas — de think tanks a aliados europeus — trabalham para impedir qualquer aproximação entre Moscou e Washington.</p>
<p>Para Escobar, <b>o Alasca é apenas o começo</b>. O desfecho dependerá de como Putin e Trump vão equilibrar interesses estratégicos, econômicos e geopolíticos em um tabuleiro onde cada movimento pode alterar o equilíbrio de poder mundial. Assista:</p>
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Pepe Escobar explica o que está em jogo na cúpula do Alasca

<p><b>247 –</b> Em novo episódio de seu programa <i>Pepe Café</i>, publicado no YouTube, o jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar alertou para a escalada de hostilidades promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o bloco dos BRICS — com foco especial no Brasil. Segundo Escobar, que falou direto de seu refúgio na Bretanha, a “guerra total de Trump 2.0” visa desestabilizar os países emergentes que desafiam a hegemonia unipolar norte-americana. O vídeo completo pode ser assistido <a href="https://www.youtube.com/watch?v=d1U285UyUVo" target="_new">aqui</a>.</p>
<p>“O que está acontecendo é uma guerra direta de Trump contra o Brasil, como membro dos BRICS, e contra os BRICS como um todo”, afirmou Escobar. “Essa ofensiva parte especialmente de Trump e de dois ou três supremos idiotas do seu conselho, que ele escuta por 5, 10 segundos no máximo — o espectro de atenção do presidente dos Estados Unidos.”</p>
<h3>Brasil como alvo direto da agressividade norte-americana</h3>
<p>Escobar enfatiza que o presidente Lula tem sido atacado indiretamente como parte da estratégia de confronto contra o BRICS. “Trump não quer diálogo. O presidente Lula já declarou corretamente: ‘não vou ligar porque eles não querem conversar’”, lembrou o analista. Segundo ele, o gesto de desprezo da diplomacia norte-americana é deliberado: “O máximo que escapou do círculo de Trump foi: ‘se Lula quiser ligar para mim, eu atendo’. É a típica postura do macho macho man americano.”</p>
<p>Ainda segundo Escobar, os ataques visam minar a posição do Brasil dentro do BRICS e evitar a consolidação de políticas de integração econômica e geopolítica fora da órbita de Washington. “É uma guerra contra a soberania do Sul Global, e o Brasil está na linha de frente”, afirmou.</p>
<h3>União dos BRICS se intensifica com foco em Lula, Putin, Xi e Modi</h3>
<p>Diante desse cenário, o jornalista observa um fortalecimento acelerado das articulações entre os países do BRICS. “O presidente Lula vai conversar com Putin, Xi Jinping e Modi sobre essa situação e sobre a formulação de uma política conjunta para lidar com um condutor completamente fora de controle”, declarou.</p>
<p>Escobar apontou que as conversas entre os líderes do bloco se tornaram mais frequentes e estratégicas após a cúpula no Rio de Janeiro. “Essa união está se acelerando porque a demência do condutor do Império do caos está obrigando os BRICS a se coordenarem com muito mais intensidade.”</p>
<p>Além disso, ele destacou a inclusão ativa de novos parceiros estratégicos, como Irã e Indonésia, além dos já confirmados países-membros, para ampliar a resistência à ordem unipolar imposta pelos EUA. “Todos eles veem à sua frente uma ameaça comum, e estão reagindo de forma pragmática.”</p>
<h3>Mísseis e blefes: Trump provoca, Rússia responde</h3>
<p>Embora o foco do episódio tenha sido o papel do Brasil e dos BRICS, Escobar também fez um alerta sobre a escalada militar entre EUA e Rússia. Segundo ele, a decisão russa de abandonar as limitações do tratado INF (sobre mísseis de curto e médio alcance) é uma resposta à provocação norte-americana e inaugura a era do “Império dos Mísseis”.</p>
<p>Para Escobar, Trump tenta simular força diante do público interno, blefando com movimentações de submarinos nucleares e insultando líderes russos como Dmitri Medvedev — que respondeu com firmeza e advertiu que qualquer ataque nuclear terá retaliação automática e devastadora. “Medvedev foi claro: vocês nem vão sobreviver para ver o preço que vão pagar”, ressaltou.</p>
<h3>A demência no centro do poder</h3>
<p>O jornalista conclui sua análise afirmando que a atual conjuntura internacional é perigosa justamente porque os EUA estão sendo conduzidos por um líder desequilibrado. “Circula entre fontes sérias em Washington e Nova York que Trump está mal da cabeça. Ele não consegue se concentrar mais que 10 segundos. E é com essa mente instável que o mundo inteiro tem que lidar.”</p>
<p>Escobar vê o Brasil e os BRICS como elementos centrais na construção de uma nova ordem internacional, mais equilibrada, multilateral e imune à lógica do blefe e da guerra. “O que os BRICS estão construindo é um projeto alternativo de civilização. Por isso são atacados.”</p>
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Trump está acelerando a integração do BRICS, aponta Pepe Escobar

<p><b>247 –</b> O jornalista e analista geopolítico <b>Pepe Escobar</b> analisou em entrevista ao canal <b>Think Bricks</b>, no YouTube, os bastidores e os desdobramentos da cúpula do BRICS realizada no Rio de Janeiro. Ele afirmou que o encontro superou todas as expectativas e mostrou ao mundo que o bloco caminha de forma decidida para <b>reduzir a dependência do dólar</b>, provocando reação imediata do presidente dos Estados Unidos, <b>Donald Trump</b>, que em seu segundo mandato já percebe o BRICS como uma ameaça estratégica.</p>
<p>“<b>Contra todas as expectativas, foi um sucesso</b>”, disse Escobar, destacando que o evento demonstrou a força crescente do bloco no cenário geopolítico. Para o analista, a movimentação do BRICS na direção da <b>desdolarização</b> ocorre de forma prática, sem que o termo precise ser usado oficialmente. “<b>Eles estão fazendo o que precisam fazer</b>”, afirmou. “<b>São vários trens de alta velocidade correndo em trilhos paralelos rumo à estação da desdolarização, ainda que com outro nome</b>.”</p>
<p>Segundo ele, a percepção de risco por parte dos Estados Unidos ficou evidente na <b>reação imediata de Trump</b>, que impôs tarifas de 50% ao Brasil logo após a cúpula. “<b>Mesmo com atenção de menos de dois segundos, ele entendeu que o BRICS é agora uma ameaça séria</b>”, disse Escobar, reforçando que o avanço do bloco representa um desafio direto à hegemonia do dólar.</p>
<h3>Lula retoma protagonismo no cenário global</h3>
<p>Pepe Escobar também destacou o <b>protagonismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva</b>, que, segundo ele, <b>reencontrou-se como líder do Sul Global</b>. O momento mais simbólico foi o <b>BRICS Business Day</b>, quando Lula discursou diante de empresários de diversas regiões do mundo.</p>
<p>“<b>Foi um discurso de líder do Sul Global, atento ao ambiente, reescrevendo o texto a cada instante para reagir ao que acontecia na sala</b>”, disse Escobar. Ele relatou que o presidente brasileiro demonstrou sensibilidade para dialogar com o setor privado, homenageou o Conselho de Mulheres do BRICS e estabeleceu uma ponte direta com líderes de outros países em desenvolvimento.</p>
<p>Para o analista, a atuação de Lula consolida o Brasil como <b>principal voz da América Latina</b> no bloco, abrindo espaço para maior integração com a Ásia e a África. O convite feito pelo primeiro-ministro da Malásia, <b>Anwar Ibrahim</b>, para que Lula participe da cúpula da ASEAN em Kuala Lumpur, foi visto como um passo simbólico dessa articulação. “<b>Lula vai adorar a experiência de sentar à mesa de iguais, um conceito central para o Sul Global</b>”, observou Escobar.</p>
<h3>BRICS fortalece caminho próprio</h3>
<p>A entrevista também reforçou que, além do aspecto político, a cúpula do Rio trouxe avanços concretos para o BRICS. Entre eles:</p>
<ul>
  <li>&nbsp;<b>Expansão do comércio em moedas nacionais</b>, reduzindo o uso do dólar;</li>
  <li>&nbsp;<b>Debates sobre uso do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) como principal canal de empréstimos</b>, com possibilidade de <b>operar fora do Swift</b>;</li>
  <li>&nbsp;<b>Fortalecimento da coordenação geopolítica e econômica</b>, diante de pressões externas e guerras híbridas.</li>
</ul>
<p>Pepe Escobar avalia que o bloco vem consolidando <b>uma arquitetura financeira e política própria</b>, com efeitos que vão muito além de comunicados oficiais. A <b>reação de Trump</b> e o <b>retorno de Lula como articulador global</b> são, segundo ele, sinais claros de que o BRICS deixou de ser visto como apenas uma iniciativa simbólica e passou a ser <b>um ator estratégico na disputa por uma nova ordem mundial</b>. Assista:</p>
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Entrevistas

Trump já vê BRICS como ameaça séria e Lula lidera o Sul Global, diz Pepe Escobar

<p><b>247 – </b>Em recente edição do <b>Pepe Café</b>, no YouTube, o analista geopolítico <b>Pepe Escobar</b> afirmou que a <b>União Europeia</b> vive o início de um verdadeiro “século de humilhação”, ao se submeter às imposições do presidente dos Estados Unidos, <b>Donald Trump</b>, em seu segundo mandato. Segundo ele, o bloco europeu <b>abdicou de sua soberania</b> e passou a ser tratado com desdém por Washington e Pequim.</p>
<blockquote>&nbsp;“Foi uma humilhação ao vivo performada pelo condutor circense que estava no seu ambiente correto. Face a face com a pobre tosca old money, velho dinheiro de aristocracia europeia humilhada até o fim”, afirmou Escobar.</blockquote>
<h3>Tarifas e imposições sobre o Brasil e o Sul Global</h3>
<p>Pepe Escobar alertou que as ações do governo Trump têm <b>impacto direto sobre o Sul Global</b>, destacando que os Estados Unidos impuseram <b>tarifas de 50% sobre exportações brasileiras</b>, em um movimento que ele chamou de “decreto imperial”. O analista afirma que a medida fere as regras da <b>Organização Mundial do Comércio (OMC)</b> e representa mais uma ofensiva contra os BRICS, mirando também o <b>controle das terras raras brasileiras</b>, recurso estratégico para a indústria tecnológica.</p>
<h3>Europa obrigada a contratos bilionários e fim da energia barata</h3>
<p>Na análise, Escobar detalhou como a União Europeia foi <b>forçada a assinar contratos bilionários de gás natural liquefeito (GNL) americano</b>, totalizando <b>750 bilhões de dólares em três anos</b>, a preços considerados exorbitantes.</p>
<blockquote>&nbsp;“A destruição da energia barata, que foi a base do desenvolvimento econômico europeu nas últimas décadas, acabou”, disse o analista.</blockquote>
<p>Ele lembrou que os Estados Unidos sequer possuem capacidade de exportação suficiente para cumprir integralmente esses contratos, e que a Europa perdeu sua principal vantagem competitiva ao abrir mão do <b>gás russo</b> e da parceria energética com Moscou.</p>
<h3>Humilhação diplomática com a China</h3>
<p>O vídeo ainda descreve a <b>perda de credibilidade internacional da Europa</b>, citando o fracasso da última cúpula entre União Europeia e China, em Pequim. Segundo Escobar, os líderes europeus foram <b>despachados sem direito a declaração conjunta</b>, em um gesto diplomático raríssimo.</p>
<blockquote>&nbsp;“Quando você abdica da sua soberania e adota uma postura agressiva ao mesmo tempo, como é o caso da União Europeia, você é tratado tanto por uma como pela outra das duas grandes superpotências econômicas do planeta com um desdém sem tamanho”, disse.</blockquote>
<h3>Repercussões para o Brasil e para os BRICS</h3>
<p>Escobar conclui que o episódio europeu serve de <b>alerta para o Brasil</b> e para os países do <b>Sul Global</b>. Segundo ele, o governo brasileiro precisará agir com firmeza para proteger seus <b>recursos estratégicos</b> e não ceder às pressões externas, em um contexto de <b>guerras híbridas</b> e crescente disputa por influência sobre os BRICS.</p>
<blockquote>&nbsp;“Esses exemplos mostram que a falta de soberania só torna o império ainda mais perigoso. Agora, é a vez do Brasil decidir como vai reagir”, afirmou o analista.</blockquote>
<p>Assista:</p>
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