<p><b>247 -</b> A chamada PEC da Blindagem, que buscava restringir a atuação do Judiciário sobre deputados e senadores, perdeu nesta quinta-feira (28) um de seus principais pilares de sustentação. O PL, partido com a maior bancada da Câmara, declarou que a proposta não será mais tratada como prioridade.</p>
<p>A mudança de cenário ocorreu menos de 24 horas após a sessão da Câmara que deveria ter analisado a PEC, mas que foi suspensa por falta de consenso. Divergências entre líderes partidários, críticas de juristas e a repercussão negativa nas redes sociais aumentaram a pressão sobre as legendas que apoiavam a medida.</p>
<p>O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), recuou. Ele, que até então era um dos entusiastas da PEC, disse que a legenda deixará de liderar a articulação: “Não será mais prioridade do PL essa PEC. Se algum outro partido quiser capitanear, nós vamos ser coadjuvantes, não protagonistas", disse, <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/08/28/pec-da-blindagem-nao-sera-mais-prioridade-do-pl-diz-lider-alguns-preferem-se-acovardar.ghtml">de acordo com o g1</a>.</p>
<p>O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, afirmou em publicação nas redes sociais: “Sou contra qualquer tipo de blindagem para parlamentares e mudanças no foro.” O vice-líder da sigla na Câmara, Hildo Rocha (MA), foi ainda mais duro: “Impedir investigação não existe. É coisa para ter bandido lá na Câmara, encher com a turma do PCC e do Comando Vermelho”, <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/08/pec-da-blindagem-divide-centrao-apos-desgaste-e-ate-relator-ameaca-nao-assinar-o-texto.shtml">segundo informou a Folha de S. Paulo</a>.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">SOU CONTRA qualquer tipo de blindagem para parlamentares e mudanças no foro.</p>&mdash; Baleia Rossi (@Baleia_Rossi) <a href="https://twitter.com/Baleia_Rossi/status/1961019771870204316?ref_src=twsrc%5Etfw">August 28, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<h2>Um projeto em crise</h2>
<p>A PEC havia sido resgatada neste mês por articulação de líderes do Centrão e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O objetivo declarado era garantir maior “independência” ao Legislativo, mas o texto foi acusado de abrir brechas para a impunidade de parlamentares investigados por corrupção ou crimes contra a democracia.</p>
<p>A versão mais radical da proposta, apresentada em reunião de líderes na quarta-feira (27), previa até travar inquéritos em andamento e elevar o quórum para que denúncias fossem recebidas no STF, segundo a Folha. A reação foi imediata: partidos como PSD, MDB e legendas de esquerda anunciaram oposição, esvaziando as chances de aprovação.</p>
<h2>Futuro incerto</h2>
<p>Para ser aprovada, uma PEC precisa do apoio de 308 deputados em dois turnos. Com MDB e PSD alinhados contra, além da resistência de parte do próprio Centrão, é considerado hoje improvável que o texto avance.</p>
<p>O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que havia classificado o tema como prioridade, ainda não anunciou nova data para votação.</p>

Guilherme Paladino

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Brasil

PL retira prioridade à PEC da Blindagem após pressão e divisões internas

<p><b>247 </b>- O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) fez um alerta nesta quarta-feira (27) para os prejuízos da PEC das Prerrogativas (PEC 3/21), que proíbe vários casos de prisão em flagrante de parlamentares.</p>
<p>“A serviço do que o centrão e a extrema direita querem”, disse o parlamentar em entrevista à <b>TV 247</b>. “Quanto mais isolados ficam, mais agressivos. Tenho medo que essa extrema direita brasileira acabe virando uma espécie de guerrilha. Cada vez a agressividade é maior”.&nbsp;</p>
<p>O petista aproveitou para repudiar a trama golpista, que tem Jair Bolsonaro (PL) entre os 31 réus. “Não adianta eles falarem que vão fechar o Supremo. Não vamos permitir. Foi uma tentativa de golpe nítida”, afirmou Correia.&nbsp;</p>
<p>Segundo a PEC das Prerrogativas, policiais poderão efetuar prisão em flagrante dos parlamentares nos casos de crimes inafiançáveis mencionados explicitamente pela Constituição: racismo, crimes hediondos, tortura, tráfico de drogas, terrorismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.</p>
<p>A proposta passou a ser analisada em um contexto de prisão domiciliar de Bolsonaro. Ele passou a ficar detido, em Brasília (DF), e a cumprir medidas cautelares por risco de fuga para o exterior e obstrução judicial da investigação sobre a tentativa de golpe.&nbsp;</p>
<p>O inquérito da trama golpista está no Supremo Tribunal Federal, mas, em outra apuração, a Polícia Federal indiciou Jair e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por atrapalhar as investigações sobre o plano golpista por causa das articulações junto ao governo Donald Trump (EUA) para aplicar sanções à economia brasileira e ao STF.&nbsp;</p>
<p>Ainda na entrevista concedida ao<b> 247</b>, o deputado Rogério Correia também afirmou que a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro na Câmara “já era para ter sido feita”. Confira abaixo a análise do parlamentar do PT, a partir de 1h39min48s do vídeo.</p>
<div class="embed-block"><div><div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe src="https://cdn.iframe.ly/api/iframe?url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Flive%2FSJTZwuDvNvM%3Fsi%3Dpx2Ra9CZKqC7OLIk&key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen scrolling="no" allow="accelerometer *; clipboard-write *; encrypted-media *; gyroscope *; picture-in-picture *; web-share *;"></iframe></div></div></div>

Leonardo Lucena

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Entrevistas

"PEC das prerrogativas" está a serviço da extrema direita, diz Rogério Correia

<p><b>247 - </b>A oposição na Câmara dos Deputados avalia que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Prerrogativas deve avançar com folga, mas não aposta na aprovação do fim do foro privilegiado, relata Valdo Cruz, do <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2025/08/27/oposicao-nao-acredita-em-aprovacao-do-fim-do-foro-mas-diz-ter-mais-de-360-votos-para-aprovar-a-pec-das-prerrogativas.ghtml">g1</a>.</p>
<p>A PEC que blinda parlamentares já teria o apoio de mais de 360 deputados, bem acima dos 308 votos necessários para que uma emenda constitucional seja aprovada na Casa. “Nós já temos cerca de 360 votos para aprovar a PEC das Prerrogativas, teremos apoio em praticamente todos os partidos, esse é um tema que une boa parte da Câmara dos Deputados”, afirmou o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).</p>
<h2>Apoio da presidência da Câmara e relatoria definida</h2>
<p>A proposta conta com a adesão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que designou o deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG) como relator. O texto deverá prever que a abertura de inquérito contra parlamentares dependa de autorização do Legislativo.</p>
<p>Outro ponto de destaque é a possibilidade de incluir no relatório a regra do duplo grau de jurisdição no Supremo Tribunal Federal (STF). Caso seja aprovada, essa mudança permitiria que Jair Bolsonaro (PL) pudesse recorrer ao plenário de 11 ministros caso fosse condenado por uma das turmas da Corte. Cavalcante adiantou que, se a previsão não constar no relatório, a oposição apresentará emenda para garantir essa alteração.</p>
<h3>Negociações com o STF e resistência ao fim do foro</h3>
<p>Enquanto a PEC das Prerrogativas ganha força, a proposta que extingue o foro privilegiado enfrenta resistência. A avaliação da maioria dos líderes é de que ela não deve prosperar.</p>
<p>Na noite de terça-feira (26), o relator da PEC das Prerrogativas ainda negociava ajustes no texto com ministros do STF, o que pode atrasar a entrega do parecer e a votação, prevista inicialmente para esta quarta (27). Mesmo assim, a oposição pressiona para que o tema seja apreciado ainda hoje, permitindo que a matéria siga rapidamente para o Senado.</p>

Guilherme Levorato

Brasília

Oposição aposta na aprovação da PEC das Prerrogativas para blindar parlamentares e adiar condenação de Bolsonaro

<p><b>247 - </b>O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), colocou em votação nesta quarta-feira (27) a chamada PEC das Prerrogativas, considerada o primeiro passo do chamado "pacote da impunidade". Segundo a coluna da jornalista <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/08/27/hugo-motta-pacote-impunidade-anistia-bolsonaro-julgamento-stf.ghtml">Andréia Sadi</a>, do g1, a medida vinha sendo cobrada desde que Motta reassumiu o comando da Casa após a invasão do plenário por parlamentares bolsonaristas semanas atrás.</p>
<p>A decisão atende a um acordo costurado com Arthur Lira (PP-AL) e líderes de pelo menos cinco bancadas, que condicionaram o retorno de Motta ao cargo à tramitação do pacote. Apesar de ter negado publicamente a existência de um pacto, Motta foi pressionado nos bastidores e acabou cedendo, relatam deputados.</p>
<p>O acerto previa que a pauta fosse aberta, ainda que não necessariamente aprovada, como forma de acalmar os aliados de Jair Bolsonaro. A PEC das Prerrogativas está no centro desse movimento e, segundo lideranças, deve ser aprovada com maior facilidade. Já outras propostas, como a mudança do foro privilegiado, encontram mais resistência.</p>
<p>Na visão dos articuladores, o essencial era garantir que o tema chegasse ao plenário, demonstrando que o compromisso firmado por Motta e Lira estava sendo cumprido. "Essa era a fatura combinada", disse um dos líderes à reportagem.</p>
<p>Com a votação da PEC, os bolsonaristas já se preparam para a etapa seguinte: a anistia aos envolvidos nos atos golpistas. Esse movimento deve ganhar força após o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para começar em 2 de setembro.</p>
<p>Os aliados de Bolsonaro receberam como sinal positivo a recente declaração do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF. Ele afirmou que uma anistia antes do julgamento seria "uma impossibilidade", mas que, após a decisão, a discussão passaria a ser "uma questão política". O posicionamento foi interpretado como uma abertura para que o Congresso avance no tema.</p>
<p>A reportagem destaca que líderes que apoiam Bolsonaro resumem a estratégia em duas etapas: primeiro, garantir a aprovação da PEC das Prerrogativas; depois, avançar sobre a anistia, considerada a prioridade máxima. Para eles, apenas com a consolidação desse pacote será possível encerrar a crise política deflagrada pela invasão do plenário por parlamentares bolsonaristas e pelo desgaste na relação entre Executivo, Legislativo e Judiciário.</p>

Paulo Emilio

Motta cede à pressão e bolsonaristas miram anistia após julgamento de Bolsonaro no STF

<p><b>247 - </b>Aliados do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) articulam um plano político que inclui a aprovação de uma anistia para que ele possa disputar a presidência da República em 2026. De acordo com o projeto tem como base a tramitação da chamada PEC das prerrogativas, que, segundo os apoiadores, poderia abrir caminho para a anistia e, assim, permitir o retorno de Eduardo ao Brasil. O parlamentar está nos Estados Unidos desde março de 2025 e só voltaria ao país após a medida, segundo um aliado ouvido pela a coluna da jornalista <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/08/27/eduardo-bolsonaro-anistia-presidencia-2026.ghtml">Andréia Sadi</a>, do g1.</p>
<p>A movimentação ocorre porque Jair Bolsonaro (PL) está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral. Com isso, aliados defendem que o filho “03” assuma o protagonismo do grupo nas eleições de 2026.</p>
<p>Ainda segundo a reportagem, a fala recente do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi interpretada pelos bolsonaristas como um sinal positivo para a causa. O grupo espera o desfecho de julgamentos no Supremo antes de concentrar forças no Congresso pela aprovação da anistia.</p>
<p>Dentro do campo da direita, o retorno de Eduardo divide opiniões. O deputado foi indiciado pela Polícia Federal sob acusação de coação para tentar interferir no julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado. Investigadores avaliam que, caso retorne sem anistia, ele dificilmente evitaria a prisão.</p>
<p>Apesar das divergências, aliados afirmam que a candidatura de Eduardo seria uma forma de marcar posição: a família Bolsonaro deseja manter um integrante direto na disputa presidencial. Entre os planos cogitados está até a saída do parlamentar do Partido Liberal, caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decida migrar para a sigla e assumir a cabeça de chapa.</p>
<p>Pesquisas recentes reforçam os desafios de Eduardo Bolsonaro numa eventual candidatura. Levantamento da Quaest, divulgado na última semana, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria em todos os cenários testados para 2026. Contra Tarcísio, Lula teria 43% das intenções de voto contra 35% do governador paulista. Já em um duelo com Eduardo, o petista aparece com 47%, enquanto o deputado soma 32%.</p>

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