247 - O funeral da atriz franco-italiana Claudia Cardinale, que morreu aos 87 anos nos arredores de Paris, será realizado no dia 30 de setembro às 14h30 (09h30 do horário de Brasília (DF). O lugar escolhido foi a igreja de Saint Roch, no centro da capital francesa, informou a agente da artista à AFP nesta quinta-feira (25).
Após o funeral, Claudia será cremada "em estrita intimidade familiar", detalhou Laurent Savry. Está prevista uma cerimônia religiosa em 1º de outubro em Nemours, cerca de cem quilômetros ao sul de Paris, onde a artista morava.
Criada na Tunísia em uma família de origem siciliana, Cardinale foi apresentada ao mundo do cinema em 1957, depois de vencer um concurso de beleza em Túnis e ser recompensada com uma viagem ao festival de cinema de Veneza.
Sua voz teve de ser dublada em seus primeiros papéis na tela italiana porque ela cresceu em uma família onde se falava o dialeto siciliano e foi educada em uma escola de língua francesa.
Depois de uma série de papéis menores, ela alcançou fama internacional em 1963, quando participou do filme "8-1/2", de Federico Fellini, e também estrelou ao lado de Burt Lancaster em "O Leopardo", no mesmo ano.
A filmagem de dois filmes ao mesmo tempo trouxe complicações, com Cardinale lembrando que teve que usar cores de cabelo diferentes para os dois papéis.
Seu perfil crescente abriu as portas para as produções de Hollywood e ela apareceu na comédia "A Pantera Cor-de-Rosa", dirigida por Blake Edwards, e em "Era Uma Vez no Oeste", de Sergio Leone, em 1968.
Franco Zeffirelli acabou por ajudá-la, escalando-a para a minissérie de televisão "Jesus de Nazaré", de 1977. Em seguida, ela continuou trabalhando com outros diretores europeus, incluindo Werner Herzog e Marco Bellocchio.
Um livro de 2022 que celebrava sua vida chamava-se "Claudia Cardinale. The Indomitable" ("Claudia Cardinale. A Indomável", em tradução livre). Ela continuou a fazer filmes em vários idiomas europeus até o final de sua vida, aparecendo na série de TV suíça Bulle em 2020. Premiada com um reconhecimento pelo conjunto da obra no Festival de Cinema de Berlim em 2002, ela disse que atuar foi uma grande carreira (com Reuters).

Leonardo Lucena

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Cultura

Funeral da atriz Claudia Cardinale será no dia 30 de setembro em Paris

247 - Nesta terça (9) e quarta-feira (10), milhares de manifestantes tomaram as ruas de diversas cidades francesas em uma demonstração de descontentamento contra os cortes orçamentários planejados pelo governo do presidente Emmanuel Macron, segundo a Reuters. O movimento, batizado de "Bloquons Tout" (Bloquear Tudo), teve como objetivo interromper o funcionamento do país, bloqueando estradas, incendiando lixeiras e promovendo confrontos com a polícia.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">🇫🇷 Policiais espancam manifestantes na rua que protestam contra o governo de Emmanuel Macron <a href="https://t.co/YPWTIhyPZ8">pic.twitter.com/YPWTIhyPZ8</a>&mdash; RT Brasil (@rtnoticias_br) <a href="https://twitter.com/rtnoticias_br/status/1965715310906159122?ref_src=twsrc%5Etfw">September 10, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
A polícia foi rapidamente mobilizada para dispersar os bloqueios, embora as manifestações tenham causado sérios transtornos no tráfego em várias regiões. De acordo com autoridades, quase 200 pessoas foram presas durante os protestos, que resultaram em algumas escaramuças. Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar grupos de jovens que bloquearam a entrada de um colégio, enquanto os bombeiros retiravam objetos queimados de barricadas montadas pelos manifestantes.
O protesto se originou de um movimento nas redes sociais, inicialmente articulado por grupos de direita, mas que rapidamente foi apropriado pela esquerda e pela extrema-esquerda, segundo especialistas. Durante o protesto, Fred, representante do sindicato CGT, afirmou em Paris: "Não são os ministros, é Macron quem é o problema. Ele é quem precisa sair." Outros manifestantes também expressaram seu descontentamento com a política econômica do governo, incluindo o corte de investimentos em áreas essenciais como saúde e educação.
Em Nantes, no oeste da França, manifestantes bloquearam uma rodovia com pneus queimados e lixeiras, enquanto em Montpellier, no sul, confrontos entre a polícia e os manifestantes resultaram no uso de gás lacrimogêneo. No entanto, o movimento não foi restrito a Paris e Nantes. Cidades como Bordeaux, Toulouse e Lyon também registraram protestos, com alguns grupos tentando bloquear pontos-chave, como a estação Gare du Nord e vias expressas.
Em uma tentativa de reafirmar o compromisso com a luta, Amar Lagha, sindicalista e um dos organizadores do protesto, destacou: "Este dia é uma mensagem para todos os trabalhadores deste país. A luta não acabou e, se for preciso, vamos morrer de pé". Em Paris, a frustração também se voltou contra a recente remoção do primeiro-ministro François Bayrou, substituído por um aliado de Macron, o que gerou indignação entre os opositores políticos.
A ação, que remete aos protestos dos "coletes amarelos" de 2018, reflete o crescente descontentamento popular com a forma como o governo tem conduzido a economia e a política social. A pressão aumenta sobre Macron, que já enfrenta um governo instável após a derrota parlamentar recente, quando a oposição uniu forças para derrubar sua agenda.
Com a expectativa de que cerca de 100 mil pessoas participassem das manifestações, a mobilização se espalhou por todo o território francês. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, alertou que, embora a maioria dos protestos tenha sido pacífica, existe o risco de grupos ultrarradicais se infiltrarem nos atos, o que poderia levar a um aumento da violência. Para conter os protestos, 80 mil agentes de segurança foram mobilizados em todo o país, incluindo 6 mil em Paris.
Os efeitos das manifestações sobre o governo ainda são incertos, mas o movimento "Bloquons Tout" parece ser um reflexo do descontentamento crescente com o que muitos consideram uma elite política desconectada das necessidades reais da população. A pressão sobre o governo francês só tende a aumentar nas próximas semanas, com novas mobilizações sendo previstas.

Guilherme Levorato

Mundo

Protestos em várias cidades da França exigem fim dos cortes orçamentários

247 - O atacante Raphinha, do Barcelona e da seleção brasileira, desabafou em seu perfil no Instagram após seu filho, Gael, de 2 anos, ser ignorado por personagens durante visita à Disney Paris.
Nos vídeos publicados pelo jogador e por sua esposa, a modelo Natalia Rodrigues Belloli, é possível ver Gael se aproximando de Tico e Teco para um abraço, enquanto outras crianças são atendidas normalmente. O personagem, no entanto, se levanta e ignora o menino.
Raphinha criticou a situação em sua rede social: "Você não devia tratar as pessoas assim, especialmente crianças. É para fazer as crianças felizes, não as esnobar. Prefiro dizer 'esnobar', para não falar outra coisa". Ele questionou ainda o critério do atendimento: "Entendo o cansaço daqueles que trabalham com isso, mas por que todas as crianças brancas foram abraçadas e meu filho não?"
A Disney Paris se manifestou horas após a repercussão do caso, pedindo desculpas e oferecendo "um encontro mágico" para Gael com o personagem de sua escolha. Até a publicação desta matéria, Raphinha ainda não havia comentado sobre a retratação da empresa.
O jogador segue com a seleção brasileira para o último compromisso das Eliminatórias da Copa do Mundo, contra a Bolívia, em El Alto, a mais de 4 mil metros de altitude, após a vitória por 3 a 0 sobre o Chile no Maracanã.
 
<div class="embed-block"><div style="max-width: 550px;"><div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 100%;"><iframe src="https://cdn.iframe.ly/api/iframe?app=1&url=https%3A%2F%2Fx.com%2FIBZDRAGON%2Fstatus%2F1964292599138963639&key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen></iframe></div></div></div>

Laís Gouveia

Raphinha acusa a Disneyland de Paris de discriminação racial

Geral

Raphinha, jogador da seleção e do Barcelona, acusa Disney de cometer racismo contra seu filho (vídeo)

247 - A potência da batida do Olodum, o talento de Jau ao cantar sobre a Bahia e o Brasil, e o som inconfundível de Armandinho Macedo, um dos pioneiros do trio elétrico, sob a liderança do multiartista e idealizador do evento, Robertinho Chaves, prometem agitar a 24ª edição da Lavagem de Madeleine. De 9 a 14 de setembro, Paris será palco da maior e mais relevante tradição afro-brasileira da Europa.
Durante seis dias, as ruas da capital francesa se transformam em um grande espetáculo, proporcionando uma imersão nos ritmos, na música, na dança, na espiritualidade e na cultura do Brasil, atraindo franceses, brasileiros e pessoas de diversas nacionalidades. O ponto alto será no dia 14 de setembro, a partir das 10h, quando uma multidão se concentrará na Place de la République. 
Em 2024, mais de 60 mil pessoas participaram da festa, e a expectativa para 2025 é de um público ainda maior. O evento integra a programação oficial da Prefeitura de Paris e do Ano do Brasil na França, reforçando seu papel como ponte cultural entre os dois países. 
Criada em 2002 pelo multiartista baiano Robertinho, a Lavagem faz Paris pulsar ao som e à cor do Brasil. Para ele, o evento é mais do que um desfile, é um ato de resistência e de celebração da diversidade: 
<blockquote>“A Lavagem é um evento que inclui todos os povos, raças e religiões. É uma vitrine que apresenta a cultura do Brasil com dignidade e riqueza, mostrando um país plural e vibrante. Além de agregar e promover a inclusão cultural, difunde nossa arte e nossos costumes, ao mesmo tempo em que constrói uma ponte cultural entre Brasil e França, fortalecendo a amizade entre os países. A Lavagem, como evento afro-brasileiro que celebra a diversidade, combate a discriminação e prega a paz, representa o Brasil de forma rica, respeitosa e verdadeira, muito além dos clichês. Culturalmente, este ano é um marco fortíssimo por ser o Ano do Brasil na França”. </blockquote>
A concentração na Place de la République dá início a um desfile vibrante, marcado pelos ritmos das batucadas e maracatus, pela ginga da capoeira e pela presença das baianas, vestidas de branco como símbolo de paz. Sob a liderança do Babalorixá Pai Pote, do terreiro Ilê Axé Ojú Onirê de Santo Amaro da Purificação, o público segue em um cortejo artístico e multicultural em direção à Igreja de Madeleine, onde acontece a tradicional cerimônia simbólica de lavagem das escadarias. Após o ritual, a festa continua na Mada Fête, com shows, DJs e apresentações de dança no restaurante Le Cirque.
A programação conta ainda com debates sobre cultura afro-transatlântica na Universidade Nouvelle Sorbonne (10), lançamento do livro “O Menino que Sonhava com Pão de Queijo”, de Antônio Cançado de Araujo, na Librairie Française et Brésilienne (11), uma noite tropical no Belushi’s Bar com gastronomia, cinema, desfile e shows de Juliann Tavares e Armandinho (12), além de workshops de lambada e samba-reggae (13). A programação completa pode ser conferida em: www.lavagedelamadeleine.com 
<h2>Sobre a Lavagem de Madeleine</h2>
A Lavagem de Madeleine é um cortejo que reúne brasileiros e franceses, saindo da Praça da República e seguindo até a Igreja de Madeleine, onde são lavadas as escadarias da igreja. Inspirada na Lavagem do Bonfim de Salvador, a festa foi idealizada pelo multiartista Roberto Chaves, o Robertinho, e atrai artistas brasileiros e internacionais, entre os que já estiveram no evento: Caetano Veloso, Margareth Menezes e Daniela Mercury. O evento integra a programação oficial da Prefeitura de Paris e a Rota dos Escravizados da Unesco - um roteiro cultural em todo o mundo onde a história da escravidão teve um impacto, destacando e preservando a memória relacionada a esse período.
O Festival de Cultura Brasileira - Lavagem de Madeleine é organizado no âmbito da Saison Brésil-France 2025 pela République Française, Institut Français e Instituto Guimarães Rosa, com o patrocínio de EMBRATUR Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, SETUR - Secretaria de Turismo da Bahia, SECULT - Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, PETROBRAS e a realização do Governo Federal / Lei de Incentivo à Cultura.

Redação Brasil 247

Lavagem de Madeleine: mais de 700 artistas agitam Paris no maior evento da cultura afro-brasileira na Europa

247 - O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, reafirmou nesta sexta-feira (15) que Belém (PA) estará preparada para receber a conferência climática marcada para daqui a três meses. Em entrevista reproduzida pelo <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/cop-30-amazonia/noticia/2025/08/15/presidente-da-cop30-diz-que-belem-tera-quartos-a-precos-razoaveis-e-que-ate-paris-precisou-se-adaptar.ghtml">O Globo</a>, ele destacou que nenhum município no mundo é naturalmente estruturado para sediar um evento desse porte, que reúne cerca de 50 mil participantes e centenas de chefes de Estado. Segundo ele, até Paris precisou realizar obras específicas para receber a COP21, em 2015.
A fala ocorre em meio a críticas e pressões internacionais motivadas pela baixa oferta de hospedagem na capital paraense e pelo aumento expressivo dos preços. A situação fez com que alguns países cogitassem reduzir suas delegações, e chegou-se a aventar a possibilidade de mudar a sede — hipótese descartada pelo governo brasileiro.
“Posso garantir que as preocupações estão sendo resolvidas e que vai ter quarto em preços mais razoáveis. Nenhuma cidade do mundo é planejada para receber naturalmente uma COP. Paris teve que fazer medidas especiais, todas as sedes tiveram que fazer medidas especiais”, declarou Corrêa do Lago.
<h2>Participação ao lado de Al Gore</h2>
A declaração foi dada durante evento no Rio de Janeiro, ao lado do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, fundador do Climate Reality Project. A ONG realiza seu 60º treinamento de novas lideranças climáticas e contou com a presença de Corrêa do Lago como convidado especial.
Durante o painel, Al Gore questionou o presidente da COP30 sobre a meta de redução no uso de combustíveis fósseis. Corrêa do Lago ressaltou que a transição energética será um dos pilares centrais da conferência e defendeu que seu avanço depende do engajamento de toda a sociedade.
<h2>Combate às fake news climáticas</h2>
O presidente da COP30 também criticou o crescimento da desinformação relacionada às mudanças climáticas, destacando que o discurso negacionista está se transformando.
“Estamos vivendo um estranho momento, de fake news climáticos complexos. O novo desafio é que há esforços para retratar que seria ruim para a economia, empregos, enfrentar isso. Essa é a narrativa”, afirmou.

Otávio Rosso

Em carta, André Corrêa do Lago, presidente da COP30, convoca o mundo para mais engajamento contra a mudança do clima e apresenta prioridades da Conferência que acontece no Brasil, em novembro 

COP30

Presidente da COP30 garante hospedagem a “preços razoáveis” em Belém e cita adaptação até de Paris para sediar evento

247 - Capital francesa liberou neste sábado (5) o banho em três trechos do rio Sena, encerrando uma proibição que vigorava desde 1923. A reabertura, válida até 31 de agosto, integra o legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024, que motivaram um extenso programa de despoluição do rio. O investimento foi estimado em € 1,4 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões), com a construção de piscinões e estações de tratamento de esgoto.
O presidente francês Emmanuel Macron destacou em publicação: “Conseguimos”, ao lembrar que o banho no Sena foi uma promessa feita em 1988 por Jacques Chirac, que foi prefeito de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Paris+">Paris </a>e presidente da França. Já a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, classificou a iniciativa como um símbolo de recuperação ambiental. “Despoluir a água do nosso rio, que depois vai para o mar, também é uma contribuição à proteção da natureza”, declarou. Em 2023, ela fez um mergulho simbólico no Sena, ao lado de convidados.
Três pontos liberados com regras específicas
Os locais autorizados ficam nas proximidades da catedral de Notre-Dame (região central), da Torre Eiffel (oeste) e da Biblioteca Nacional (leste). O acesso está restrito a maiores de dez anos, com capacidade para até 600 banhistas simultaneamente. A segurança será feita por salva-vidas, que poderão retirar da água qualquer pessoa que apresente dificuldade para nadar ou boiar.
O banho poderá ser suspenso temporariamente em caso de forte correnteza, chuva ou resultados negativos nas análises bacteriológicas, que serão publicadas pela prefeitura. Durante os Jogos Olímpicos de 2024, houve críticas sobre a falta de transparência nos testes de qualidade da água. Alguns atletas relataram mal-estar após treinos, mas não foi estabelecida relação comprovada com a poluição do rio.
Mudança climática e adaptação urbana
Anne Hidalgo também afirmou que a liberação do banho no Sena se relaciona ao combate aos efeitos das mudanças climáticas. “É uma medida de adaptação. Temos que nos virar para o rio, e não dar as costas a ele, como foi o caso durante muito tempo em <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Paris">Paris</a>.” A previsão é que as temperaturas na cidade se aproximem dos 50 °C até a metade do século. Na semana passada, a capital francesa registrou quase 40 °C.
Desde 2002, a cidade instala praias artificiais de verão, chamadas Paris Plages, mas o banho no rio não era permitido. Em 2017, foi liberada a natação em La Villette, rede de canais do século XIX. A nova liberação inclui também uma praia artificial decorada com temática brasileira, em referência ao Ano do Brasil na França.
Histórico de poluição e caso brasileiro
O banho no Sena foi proibido em 1923 devido à poluição provocada por esgoto doméstico e resíduos industriais. Mesmo assim, até a década de 1970, era comum ver parisienses se arriscando a nadar durante ondas de calor. Recentemente, durante a onda de calor de junho de 2025, moradores e turistas voltaram a se jogar nos canais da cidade, mesmo sem autorização.
O trecho liberado próximo à Torre Eiffel fica na Île aux Cygnes, área onde o fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, teria caído no rio em novembro de 2024. Seu desaparecimento gerou comoção no Brasil. O corpo foi localizado um mês e meio depois, em outro ponto do Sena.

Luis Mauro Filho

Margens vazias do rio Sena são vistas depois que a polícia forçou multidões de pessoas que não respeitavam o distanciamento social a sair, em meio à pandemia da doença do coronavírus (COVID-19), em uma tarde ensolarada em Paris, França, 6 de março de 2021

Meio Ambiente

Paris libera banho no rio Sena após cem anos de proibição

CGTN – A Commercial Aircraft Corp of China (COMAC, sigla em inglês), fabricante nacional de aeronaves, assinou novos memorandos de entendimento com fornecedores estrangeiros para seu modelo de aeronave de fuselagem larga C929 durante o Paris Air Show 2025, indicando mais um passo à frente para a COMAC no processo de desenvolvimento do modelo, segundo uma reportagem do China Daily.
A COMAC, com sede em Shanghai, assinou os acordos com a fabricante francesa de equipamentos aeronáuticos Safran e a fabricante norte-americana Crane Co para o modelo C929 na segunda-feira. Com um alcance previsto de cerca de 12 mil quilômetros e 280 assentos, o C929 está atualmente em fase de projeto, informou a companhia.
No estande da COMAC na feira aeronáutica, a empresa exibe vários modelos de aeronaves aos visitantes, incluindo os modelos C909, C919 e C929, bem como diversas variantes.
A Air China, companhia aérea estatal chinesa, deverá se tornar a primeira companhia aérea do mundo a operar o C929, após assinar um acordo-quadro com a COMAC durante a 15ª Exposição Internacional de Aviação e Aeroespaço da China, realizada em Zhuhai, na Província de Guangdong, em novembro.
"A assinatura dos memorandos de entendimento entre a COMAC e a Safran e a Crane indica que o modelo C929 entrou em uma fase de seleção por fornecedores, e a COMAC deu mais um passo à frente para a conclusão da pesquisa e desenvolvimento do modelo e sua entrada no mercado", afirmou Lin Zhijie, analista independente do setor de aviação civil.
De acordo com a COMAC, um total de 165 aeronaves regionais C909, com capacidade para 78 a 97 passageiros e alcance de 2.225 km a 3.700 km, foram colocadas em operação comercial por companhias aéreas nacionais e internacionais. O C909 é o novo nome para o jato regional ARJ21 desenvolvido no país.
As três companhias aéreas estrangeiras do Sudeste Asiático que utilizam o C909 -- Lao Airlines, Vietjet Air e TransNusa Airlines da Indonésia -- lançaram, no total, 15 rotas operadas por esse modelo, conectando 18 cidades.
Além disso, a aeronave de corredor único C919, com capacidade para 158 a 192 passageiros e alcance de 4.075 km a 5.555 km, já recebeu mais de mil encomendas nacionais e internacionais. Até o momento, 20 jatos foram entregues a companhias aéreas nacionais para voos comerciais, e o modelo está acelerando seu processo de certificação nos mercados internacionais.
"O sucesso da operação comercial do C919 já quebrou o duopólio das duas principais fabricantes de aeronaves de linha principal, a Boeing e a Airbus. Para entrar no mercado internacional no futuro e formar uma situação equilibrada entre as três fabricantes, são necessários vários avanços importantes", observou Lin.
Especificamente, é necessário que a COMAC obtenha a certificação de aeronavegabilidade da União Europeia ou dos Estados Unidos e tenha capacidade de produção em massa, além de apresentar registros de operação segura e melhoria do desempenho econômico do modelo, acrescentou ele.
Em outro desenvolvimento, a COMAC tem se empenhado em desenvolver aeronaves ecológicas e está se integrando ativamente ao processo de desenvolvimento sustentável da indústria da aviação global. No momento, os modelos C909 e C919 têm a capacidade de operar voos comerciais usando até 50% de combustível sustentável de aviação misturado, conforme a COMAC.
Até 2043, a China ultrapassará a América do Norte e a Europa e se tornará o maior mercado mundial de serviços de aviação. Até lá, a China deverá ter 11.160 aeronaves em serviço, das quais 9.520 serão novas entregas, incluindo aeronaves de passageiros e cargueiros, afirmou a fabricante europeia de aeronaves Airbus em sua última previsão global de serviços.
O mercado de aviação civil do país registrou um rápido crescimento neste ano e transportou 190 milhões de passageiros no primeiro trimestre, de acordo com a Administração Estatal de Aviação Civil da China. 
Fonte: Xinhua

China

Assinados em Paris Memorandos de entendimento para aeronave C929

247 - Durante coletiva de imprensa concedida neste sábado (7), em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender uma reforma profunda na estrutura de governança global, com destaque para o Conselho de Segurança da ONU. Segundo ele, o atual modelo está defasado e não representa mais a realidade geopolítica do século XXI.
<blockquote>&nbsp;“O multilateralismo não é uma palavra vazia. Foi ele que permitiu ao mundo dar um salto de qualidade depois da Segunda Guerra. Por isso defendemos um novo Conselho de Segurança na ONU, mais representativo, com África e América Latina na mesa”, declarou Lula.</blockquote>
O presidente destacou que é urgente repensar a ordem internacional, incluindo países em desenvolvimento nas decisões centrais sobre paz e segurança global. Para Lula, o protagonismo global deve ser compartilhado e refletir a diversidade de vozes do mundo atual.
<blockquote>“A nova governança global tem que nascer”, reforçou.</blockquote>
Lula também antecipou parte de sua agenda internacional. Após a reunião do BRICS, marcada para os dias 6 e 7 de julho, o Brasil receberá os chefes de Estado da Índia, Egito e Indonésia. Ainda em junho, o presidente participará de um encontro em Mônaco sobre o futuro dos oceanos. “Vocês acham que é só o Galvão Bueno que vai para Mônaco?”, brincou.
Ele destacou a importância da economia azul e da responsabilidade ambiental global. “Precisamos defender a economia azul, preservar os oceanos e preparar o Brasil para realizar uma grande COP30. O mundo rico, que se industrializou há muitos anos, precisa pagar uma conta para o mundo se descarbonizar.” Lula ainda comentou que pretende telefonar ao ex-presidente Donald Trump, caso ele diga que não participará do evento. “Eu vou dizer: cara, o Brasil é importante e nós precisamos debater a questão ambiental.”
<div class="embed-block"><div style="max-width: 550px;"><div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe src="https://cdn.iframe.ly/api/iframe?app=1&url=https%3A%2F%2Fx.com%2Flulaoficial%2Fstatus%2F1931348329771770138%3Fs%3D12&key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen></iframe></div></div></div>
<blockquote> </blockquote>

Lula defende novo Conselho de Segurança da ONU com África e América Latina: “a nova governança global tem que nascer”

247 - O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, teve um encontro com o chanceler francês, Jean-Noël Barreau, e com Laurent Fabius — que presidiu a histórica COP21 e foi responsável pelo Acordo de Paris há 10 anos. O objetivo da reunião em Paris, na França, foi alinhar estratégias que acelerem a ação climática global.
Segundo o embaixador, a COP30 é uma oportunidade única para transformar a visão global acordada em Paris em 2015 em ações concretas. “O objetivo é que Belém marque um ponto de virada na luta climática. Que impulsione ações ambiciosas por parte dos países signatários do Acordo e que promova uma ampla participação da sociedade civil, dos governos e do setor privado”.
As três lideranças debateram as expectativas positivas em relação à COP30 e o papel do Círculo de Presidentes das COPs, presidido por Fabius atualmente. O Círculo é um fórum para troca de experiências, assessorar a presidência da COP30 e propor soluções que acelerem a implementação do Acordo de Paris.
O Círculo de Presidentes é um dos quatro círculos de liderança criados pela presidência brasileira para apoiar os trabalhos da COP30. Os outros círculos são:
<ul><li>Círculo de Ministros da Fazenda, encabeçado por Fernando Haddad, que se concentra no financiamento climático</li><li>Círculo dos Povos, liderado pela ministra Sonia Guajajara, que amplifica as vozes indígenas e tradicionais</li><li>Círculo do Balanço Ético Global, coordenado por Marina Silva, com apoio do presidente Lula e do secretário-geral da ONU, António Guterres, dedicado à mobilização ética e à inclusão de múltiplos setores no debate climático</li></ul>

André Corrêa do Lago (o terceiro, sentado à direita, de gravata rosa)

Em Paris, André Corrêa do Lago fortalece a cooperação Brasil-França e destaca papel dos Círculos de Presidentes na COP30

247 - Como parte de sua visita de Estado à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedicou parte da sexta-feira (6) a atividades culturais no coração de Paris. Em uma passagem pelo Grand Palais, pavilhão histórico de exposições próximo à Champs-Elysées, Lula surpreendeu ao se juntar, de maneira descontraída, aos artistas do espetáculo Vertige, do coreógrafo francês Rachid Ouramdane, relata a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2025/06/lula-interage-com-acrobatas-em-exposicao-em-paris.shtml">Folha de S. Paulo</a>.
Sem paletó nem sapatos, o presidente entrou no espírito lúdico da apresentação, interagindo com os acrobatas e “highliners” – equilibristas que desafiam a gravidade caminhando sobre fitas suspensas a grandes alturas. O gesto espontâneo foi registrado por fotógrafos e integrantes da comitiva, marcando um momento simbólico da agenda cultural do líder brasileiro.
Além da performance acrobática, Lula participou da inauguração da obra Nosso Barco Tambor Terra, criação do renomado artista plástico brasileiro Ernesto Neto. A instalação, de grande porte, é composta por longas tiras de chita que formam uma estrutura em formato de barco, no interior da qual os visitantes são convidados a experimentar instrumentos de percussão originários de diferentes partes do mundo.
A mostra faz parte da temporada Ano do Brasil na França, iniciativa que celebra a cultura brasileira em território francês com uma programação que se estende até setembro. O evento busca promover intercâmbios artísticos e reforçar os laços diplomáticos entre os dois países.

Emmanuel Macron, Ernesto Neto, Marina Silva e Lula

Lula tira os sapatos e participa de acrobacias em exposição no Grand Palais em Paris

247 - A Torre Eiffel, um dos principais símbolos de Paris, foi iluminada na noite desta quinta-feira (5) com as cores verde, amarela e azul em homenagem à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França. &nbsp;O gesto marcou a intensificação das relações diplomáticas entre os dois países e simbolizou o bom momento na relação entre Lula e o presidente francês, Emmanuel Macron.
Esta é a primeira visita de Estado de um chefe de governo brasileiro à França em mais de uma década — a última ocorreu em 2012 — e ocorre no contexto de uma agenda diplomática intensa, que inclui a participação de Lula na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, na cidade de Nice, além da tentativa de avançar no acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Durante o encontro no Palácio do Eliseu, Lula e Macron caminharam de mãos dadas, trocaram afagos políticos e concederam uma entrevista coletiva conjunta. O presidente brasileiro fez um apelo direto ao líder francês em busca de apoio para finalizar o acordo entre os dois blocos econômicos. “Eu assumirei a presidência do Mercosul no próximo dia 6. Eu quero lhe comunicar que não deixaria a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a União Europeia. Portanto, meu caro, abra o seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo com o nosso querido Mercosul”, declarou Lula, em tom bem-humorado, mas com firmeza política.
Macron, por sua vez, retribuiu a cortesia nas redes sociais, onde publicou uma mensagem destacando a importância da parceria entre os dois países. “Caro Lula, obrigado pela sua visita e pela sua amizade. De Brasília a Paris, de Belém a Nice, o Brasil e a França atuam juntos pelos povos e pelo planeta com uma mesma visão: o futuro se constrói juntos”, escreveu o presidente francês.
À noite, Macron compartilhou uma selfie ao lado de Lula, tendo a Torre Eiffel — já iluminada com as cores do Brasil — como pano de fundo. As primeiras-damas Brigitte Macron e Janja da Silva também aparecem na imagem, reforçando o tom amistoso e familiar do encontro.
A viagem de Lula à França, que se estende por uma semana, é estratégica para o reposicionamento do Brasil no cenário internacional. Além de tentar destravar o acordo entre Mercosul e União Europeia, a visita também reforça o compromisso brasileiro com temas ambientais e multilaterais, como os oceanos e a governança climática.
O gesto simbólico da iluminação da Torre Eiffel sela uma nova fase da diplomacia entre os dois países, baseada na afinidade política entre seus líderes e no desejo comum de protagonismo em questões globais.

Visita de Lula a Paris tem Torre Eiffel nas cores do Brasil e aproximação com Macron

247 - Durante encontro com a comunidade brasileira em Paris, nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou seu compromisso com a democracia e criticou as propostas de adoção do parlamentarismo no Brasil. Ao destacar que sua própria história política se construiu graças ao voto direto, Lula fez uma defesa enfática do sistema presidencialista.
“Tem muita gente que fala que o parlamentarismo é melhor no Brasil, mas eu jamais seria escolhido primeiro-ministro dentro do Congresso Nacional. A única chance que eu tenho é exatamente o povo votar.”
Lula ressaltou ser o único brasileiro eleito diretamente para três mandatos presidenciais, fato que, segundo ele, lhe dá legitimidade para lutar contra a desigualdade no cenário global — não apenas econômica, mas também de gênero, raça, saúde e educação.
Alerta contra o avanço da extrema direita - No mesmo discurso, o presidente fez duras críticas ao crescimento de grupos de extrema direita no mundo, classificando-os como “nazistas, fascistas e negacionistas”. Segundo Lula, esses movimentos negam as instituições democráticas e atacam conquistas civilizatórias fundamentais: “Só têm um discurso: aqui na Europa, contra a imigração, e contra a corrupção. E isso está ganhando força em muitos países.”
Ele mencionou a recente derrota da esquerda em Portugal como sinal de alerta e lembrou os retrocessos vividos no Brasil após o impeachment de Dilma Rousseff, que voltou a chamar de golpe.
Memória e reconhecimento cultural - Lula também homenageou a trajetória da família do jornalista Marcelo Rubens Paiva, citando o livro “Ainda Estou Aqui” e sua adaptação cinematográfica, vencedora do Oscar. Ele se dirigiu à irmã do autor, Ana Lúcia Paiva. “Você tem que ter orgulho do sofrimento que vocês tiveram na infância, porque o livro, transformado em filme com uma beleza extraordinária, recuperou a história da sua mãe.” O presidente destacou a importância de preservar a memória histórica e reconhecer os que resistiram à repressão durante a ditadura militar.
Inserção internacional e valorização do multilateralismo - Outro ponto do discurso foi a recente visita de Lula à Academia Francesa, onde, segundo ele, teve a honra de contribuir com o termo “multilateralismo” ao dicionário francês.
“Fiquei orgulhoso porque não sou acadêmico, não tenho diploma universitário. Tenho um curso primário e um curso técnico feito no Senai. Sou torneiro mecânico de profissão.”
Ele afirmou que a luta pelo multilateralismo é fundamental para fortalecer o papel dos países em desenvolvimento nas decisões internacionais.
Compromisso com o combate à fome - Lula voltou a falar de sua missão pessoal no combate à fome e lembrou que, ao final de seu primeiro mandato, o Brasil havia saído do Mapa da Fome da ONU. Segundo o presidente, após os retrocessos entre 2016 e 2022, mais de 33 milhões de brasileiros voltaram à insegurança alimentar. Agora, segundo ele, 24 milhões dessas pessoas já saíram dessa condição: “Até o final do meu mandato, não teremos ninguém passando fome.”
Defesa da ciência e crítica ao negacionismo - Lula não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de desrespeitar a ciência durante a pandemia de Covid-19. “Haverá um dia em que ele será julgado como criminoso por permitir que no Brasil morressem mais de 700 mil pessoas de Covid.”
Ele condenou a desinformação promovida por Bolsonaro sobre vacinas e medicamentos ineficazes, e apontou a urgência de enfrentar o negacionismo também na crise climática.
Um apelo pela ação global - Encerrando sua fala, Lula criticou o gasto bilionário global com armamentos enquanto milhões passam fome. Citando sua idade — 79 anos — e o desejo de viver até os 120, o presidente disse que teme que as futuras gerações herdem um planeta em colapso.
“O ser humano é o único animal que destrói o próprio leito onde dorme.”
O presidente afirmou ter ido à França com três objetivos centrais: defender a democracia, combater a fome e denunciar a desigualdade — causas que, segundo ele, só podem ser enfrentadas com coragem política e cooperação internacional.

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