247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou neste domingo (14) uma nota oficial lamentando a morte de Hermeto Pascoal, que faleceu no sábado (13), aos 89 anos. O texto ressalta a importância do multi-instrumentista para a cultura brasileira e mundial.
Na mensagem, Lula destacou que Hermeto Pascoal foi um dos maiores expoentes da música nacional, com uma trajetória marcada pela inovação e pelo diálogo com diferentes estilos. “A música e a cultura brasileira devem muito a Hermeto Pascoal, que nos deixou neste sábado, dia 13, aos 89 anos. O talento e a incansável criatividade deste alagoano de Arapiraca o consagraram internacionalmente, e influenciaram gerações de músicos de todo o mundo”, afirmou.
O presidente também lembrou a condecoração que entregou ao músico em 2010, quando Hermeto recebeu a Ordem do Mérito Cultural. “Em 2010, eu tive a honra de condecorá-lo com a Ordem do Mérito Cultural”, disse.
Segundo Lula, a trajetória do artista foi marcada por sua capacidade de transformar a vida em música, fosse com instrumentos clássicos ou objetos improvisados do cotidiano. “Hermeto sempre nos ensinou a não deixar a tristeza dominar. Por isso, convido os brasileiros a celebrarem sua história e sua música. Minha solidariedade à família, aos amigos e a todos que foram inspirados por sua arte. O Brasil se despede com gratidão deste grande artista”, concluiu.
Hermeto Pascoal morreu no sábado (13), aos 89 anos. A informação foi divulgada pela família em nota oficial: "Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música". O comunicado também destacou que, no instante da morte, o grupo de Hermeto se apresentava no palco, "como ele gostaria: fazendo som e música".

Guilherme Levorato

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Cultura

Lula lamenta morte de Hermeto Pascoal

247 - O músico Hermeto Pascoal, um dos maiores nomes da música brasileira e figura reverenciada internacionalmente, morreu neste sábado (13) aos 89 anos. A informação foi divulgada pela família em nota oficial.
"Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música", afirmou a nota familiar. O comunicado também destacou que, no instante da morte, o grupo de Hermeto se apresentava no palco, "como ele gostaria: fazendo som e música".
<h3>Um mestre da música universal</h3>
Hermeto Pascoal nasceu em 22 de junho de 1936 no povoado de Olho d’Água, em Lagoa Grande (AL), região de Arapiraca. Tornou-se uma das figuras mais criativas e originais da música brasileira, sempre buscando novas formas de expressão sonora, fosse no piano, na flauta, no acordeon ou em experimentações inusitadas com objetos do cotidiano.
Em 2024, já com mais de oito décadas de vida, surpreendeu novamente o público com o lançamento do álbum Pra Você, Ilza, dedicado à esposa falecida. O trabalho lhe rendeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Jazz Latino/Jazz, confirmando a vitalidade artística que manteve até o fim da vida.
No mesmo ano, foi publicada a primeira biografia autorizada do artista, Quebra Tudo — A Arte Livre de Hermeto Pascoal, escrita pelo jornalista Vitor Nuzzi, que detalha sua trajetória e sua visão musical inigualável.
<h3>Legado que transcende gerações</h3>
A família pediu que os fãs celebrem a memória de Hermeto de forma alegre, como ele mesmo desejava. "Como ele sempre nos ensinou, não deixemos a tristeza tomar conta: escutemos o vento, o canto dos pássaros, o copo d’água, a cachoeira, a música universal segue viva", diz o comunicado.
O texto ainda convida admiradores a prestarem tributo ao mestre: "Quem desejar homenageá-lo, deixe soar uma nota no instrumento, na voz, na chaleira e ofereça ao universo. É assim que ele gostaria. Gratidão por todo carinho ao longo do caminho."
Reconhecido como um gênio da improvisação e da liberdade criativa, Hermeto Pascoal deixa um legado que ecoa não apenas na música brasileira, mas em todo o cenário internacional. Sua obra continua sendo referência para músicos, estudiosos e admiradores que veem nele a encarnação da “música universal”.
(Com informações do g1)

Luis Mauro Filho

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Hermeto Pascoal, ícone da música brasileira, morre aos 89 anos

247 - No próximo sábado (20), ocorrerá a oitava edição brasileira das Mil Guitarras para Víctor Jara, organizado pelo grupo EntreLatinos, Dandô – Movimento de Arte e Saberes Dércio Marques, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e editora Expressão Popular, com apoio institucional da Fundación Víctor Jara, do Chile. O evento contará com manifestações artísticas (música, dança, poesia, artes visuais) e também com feira do livro, artesanato e gastronomia. O local do evento será o Galpão Elza Soares, na Alameda Eduardo Prado, 474, bairro Campos Elíseos em São Paulo.
Originalmente, o evento surgiu no Chile para celebrar o legado e a memória de Víctor Jara, cantor e compositor brutalmente assassinado pela Ditadura Militar no país em 1973, que destituiu o governo democrático de Salvador Allende. Víctor Jara foi um grande militante na área da cultura, colocando a música, o teatro e a poesia a serviço das transformações e lutas sociais. Desde 2009, multidões se juntam no país para cantar juntas as canções dessa grande referência. No ano de 2018, por intermédio do circuito musical Dandô, Colectivo Violeteras (Chile) e grupo EntreLatinos tivemos a oportunidade de trazer o evento para o Brasil, que se encontra atualmente na sua oitava edição. Aqui no Brasil, os artistas apresentam canções daquilo que denominamos universo Víctor Jara, ou seja, não apenas canções do autor, mas músicas do cancioneiro latino-americano que tratam das temáticas que ele abordava em suas obras, isto é, trabalho, o cotidiano, a luta pela terra, o folclore.
Sobre os organizadores
EntreLatinos – Grupo musical surgido no ano de 2016 com o objetivo de promover a cultura popular latino-americana, do folclore às novas gerações, promovendo a integração cultural entre o Brasil e a América Latina.
Dandô – Movimento de Arte e Saberes Dércio Marques – Circuito colaborativo de artes surgido em 2013, trata-se de um movimento de artistas e apreciadores da cultura espalhado por quatro estados com o objetivo de auxiliar na circulação de artistas pelo território nacional e internacional, na medida em que trabalha com circuitos parceiros na América do Sul e Europa.

Movimentos culturais e sociais brasileiros realizam no próximo sábado (20) nova edição do show Mil Guitarras para Víctor Jara

Agência Brasil - Morreu na manhã desta segunda-feira (8), no Rio de Janeiro, a cantora e compositora Angela Ro Ro. Hospitalizada desde junho, com quadro de infecção pulmonar, a artista não resistiu ao agravamento da doença.
Angela Ro Ro completaria 76 anos em dezembro. Ela deixa mais de uma centena de gravações em 14 discos próprios, além de participações em coletâneas especiais.
A carreira de artista iniciou na primeira metade da década de 1970, quando morou na Inglaterra, chegando a cantar em pubs e a participar de uma faixa do LP Transa, de Caetano Veloso, tocando gaita. De volta ao Brasil, participou em 1974 do Festival de Rock de Saquarema (RJ), onde também se apresentou Rita Lee.
O primeiro disco solo foi lançado em 1979 e fez sucesso com a canção Amor, meu grande amor, dela em parceria com Ana Terra. Teve o reconhecimento de público e de crítica nos discos dos anos seguintes com faixas que dão nome aos álbuns Só nos resta viver (1980), Escândalo (1981), Simples carinho (1982), com as quais se afirmou como autora e intérprete.
Angela Ro Ro tocava piano e era apreciada pela voz rouca, adequada para cantar blues e canções como Fogueira (composição dela) e Demais (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira).
Além do talento, Angela Ro Ro era conhecida pela ironia, humor e franqueza. Recusou intempestivamente gravar Malandragem, composta para ela por Roberto Frejat e Cazuza em 1988, por que não gostou da canção e não queria cantar “Quem sabe eu ainda sou uma garotinha”, como começa a letra da música que viria a fazer sucesso com Cássia Eller.

Paulo Emilio

Morre Angela Ro Ro, ícone da MPB, aos 75 anos no Rio de Janeiro

247 - O Lollapalooza Brasil 2026, que acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de março no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, anunciou nesta terça-feira (28) o line-up completo de sua próxima edição. A informação foi divulgada por meio das redes sociais oficiais do evento, garantindo uma prévia empolgante para os fãs.
A lista de artistas, no entanto, vazou um pouco antes do anúncio oficial, quando uma página do site da Ticketmaster revelou alguns dos nomes confirmados no festival. Embora a página tenha sido removida rapidamente, o público pôde conferir a presença de estrelas como Sabrina Carpenter, Tyler, The Creator, Chappell Roan, Deftones, Lorde e Skrillex.
Além das revelações de artistas, os ingressos para o evento também estão disponíveis para compra. Os ingressos para os três dias de festival variam de R$ 950 a R$ 4.956, dependendo do setor e da modalidade escolhida. Até o momento, os ingressos diários ainda não foram liberados. O site Omelete, especializado em cultura pop, segue atento às atualizações, oferecendo todas as informações mais recentes sobre o evento.
O Lollapalooza, criado em 1991 por Perry Farrell, vocalista do Jane's Addiction, é um dos maiores e mais renomados festivais de música do mundo. Originalmente realizado em Chicago, o evento passou a ter edições em diversas cidades norte-americanas e canadenses. A partir de 2011, o Lolla se expandiu para a América do Sul, com edições no Chile e, em 2012, a estreia no Brasil. Desde então, o festival vem atraindo cada vez mais atenção, com edições de sucesso em São Paulo, como a do ano passado, que trouxe grandes nomes como Olivia Rodrigo, Shawn Mendes e Justin Timberlake.

Redação Brasil 247

Lollapalooza Brasil 2026 revela line-up completo

247 - A ministra da Cultura, Margareth Menezes, publicou neste domingo (20) uma homenagem à cantora Preta Gil, que faleceu neste final de semana. A despedida foi divulgada por meio da rede social X (antigo Twitter) e reúne palavras de afeto, admiração e gratidão à trajetória da artista.
“Preta, preta, pretinha… Vá em paz, minha querida. Lhe conheci adolescente e de alguma forma lhe vi crescer e vi você se transformar numa das artistas de personalidade mais amada, inspiradora, mais autêntica do nosso país”, escreveu Margareth. Em tom emocionado, a ministra destacou a liberdade com que Preta se expressava e enfrentava os desafios da vida: “Seu jeito livre de falar e enfrentar a vida, as alegrias e também as dores, sem pudores, sem papas na língua”.
A publicação também se estende em solidariedade à família Gil. “Você vai deixar muitas saudades, mas também muitas belezas. À família Gil, todo meu amor e solidariedade”, acrescentou a ministra, citando nominalmente os familiares da cantora: “Meu amado Gil, Flora e Drão, Francisco, Maria, Nara, Bela, Bem, José, Marília, toda a família, meu abraço. Obrigada por tanto amor à vida! Valeu, Pretinha”.

Brasil

Margareth Menezes presta tributo a Preta Gil: “Inspiradora, autêntica e amada”

247 - O ex-deputado Marcelo Freixo lamentou neste domingo (20) a morte da cantora Preta Gil, vítima de um câncer no intestino. A artista, que faleceu aos 50 anos, foi homenageada por Freixo nas redes sociais, onde ele destacou sua trajetória artística e o engajamento político em causas como o combate ao racismo, à homofobia, à gordofobia e ao machismo.
“Hoje o Brasil está em luto. Perdemos nossa querida Preta Gil, uma grande artista, uma voz potente, com um talento incrível, e que usou de sua arte para lutar contra o racismo, a homofobia, o machismo e a gordofobia — sempre colocando seu talento e sua coragem a serviço de um país mais justo e mais diverso”, escreveu Freixo em sua conta no X (antigo Twitter).
O político lembrou a parceria com a cantora em diversas lutas e o apoio que recebeu dela ao longo dos anos. “Tive a honra de contar com a amizade de Preta e com seu apoio generoso em tantas lutas. Ela acreditava na política como instrumento de transformação e, mais do que isso, acreditava nas pessoas. Não se calava diante das injustiças e, ao mesmo tempo, espalhava afeto e alegria por onde ia.”
Preta Gil enfrentava um câncer desde 2022 e compartilhou sua batalha com os fãs. Com coragem e sensibilidade, transformou a dor em uma forma de conscientização pública, especialmente sobre a saúde da mulher.
“Preta partiu cedo demais, depois de uma batalha difícil contra o câncer, mas nos deixa um legado de arte, de luta e de amor pela vida. Meu abraço carinhoso à família Gil, especialmente ao mestre Gilberto Gil, sua mãe Sandra, à família, e a todos que hoje sentem essa perda imensa”, completou Freixo.
Em tom de despedida, ele agradeceu pela existência da artista: “Obrigado, Preta, por tudo que você foi e seguirá sendo. Seu canto jamais se apagará.”

Freixo presta homenagem a Preta Gil: “Seu canto jamais se apagará”

247 - A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20), aos 50 anos, enquanto realizava tratamento contra um câncer nos Estados Unidos. A informação foi divulgada com exclusividade pela coluna da jornalista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles. Segundo a reportagem, a artista apresentou piora em seu estado de saúde na última quarta-feira (16), após sentir-se mal durante uma sessão de quimioterapia.
Preta Gil vinha lutando contra a doença desde 2023, quando foi diagnosticada com um câncer no intestino. Na última semana, durante mais uma etapa do tratamento em uma clínica americana, exames detectaram que a enfermidade havia se espalhado, agravando significativamente o quadro clínico da cantora.
A assessoria de imprensa de Preta Gil confirmou o falecimento à coluna e informou que a família divulgará uma nota oficial em breve. Amigos próximos da artista e seu filho, Francisco, já estavam nos Estados Unidos acompanhando o tratamento nos últimos dias.
Uma das grandes amigas de Preta, a atriz Carolina Dieckmann, conseguiu uma pausa nas gravações de novela e viajou para acompanhá-la. Porém, segundo o Metrópoles, Carolina não sabia que o quadro da cantora era tão crítico. “Ela foi na esperança de apoiar Preta, mas infelizmente a situação já era irreversível”, disseram fontes ligadas à família.
Ainda de acordo com o portal, a notícia da morte de Preta Gil abalou profundamente o cantor Gilberto Gil, pai da artista. Fontes próximas relataram que Gil teve um aumento de pressão arterial ao receber a notícia do falecimento da filha, em meio a um momento de forte comoção familiar.
Preta Gil era admirada por sua trajetória artística e também por sua postura pública de defesa das causas sociais, da diversidade e do combate ao preconceito. Desde o diagnóstico, ela vinha compartilhando parte de sua batalha contra o câncer com os fãs pelas redes sociais, transmitindo mensagens de força e esperança.
A despedida da cantora ocorre em meio a homenagens emocionadas de colegas artistas, amigos e admiradores, que reconhecem seu legado na música brasileira e na luta por uma sociedade mais inclusiva. A família ainda não divulgou detalhes sobre o translado do corpo para o Brasil ou informações sobre o velório.

Morre Preta Gil, aos 50 anos, durante tratamento contra câncer nos Estados Unidos

247 - Com apoio do Programa Funarte Retomada 2023, o DJ, pesquisador e produtor cultural Zek Picoteiro lançou a série de podcast <a href="https://www.regatao.org/afluentes">Afluentes</a>, um trabalho sonoro que mergulha nas profundezas da diversidade musical amazônica. A Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura, selecionou o projeto entre os contemplados no edital voltado à retomada das atividades artísticas no país.
Gravado a bordo de embarcações que cruzaram rios como o Amazonas, Tapajós, Guamá e Jari, o podcast percorre comunidades ribeirinhas e quilombolas para registrar, mapear e celebrar os ritmos locais. A primeira temporada conta com seis episódios, dos quais dois já estão disponíveis. Cada um é dedicado a um gênero musical: Beiradão, Tecnobrega, Carimbó, Boi Bumbá, Lambada e Marabaixo.
<blockquote>“O projeto nasceu da minha necessidade, como DJ, de catalogar a diversa música amazônica. A concepção veio ao perceber que o rio é o elemento que conecta todos os gêneros musicais da região, servindo como uma rota para a sua disseminação. O podcast busca mapear esses fluxos”, explica Zek Picoteiro.</blockquote>
Rios como rotas musicais e territoriais - A musicalidade da Amazônia, como revela o projeto, não se dissocia dos rios. Eles são os vetores culturais e logísticos da região, transportando não apenas embarcações, mas também histórias, ritmos e aparelhagens. A logística fluvial é, inclusive, determinante para a organização de turnês de artistas e festas populares.
<blockquote>“A música também é consumida durante as longas viagens de barco, tornando-se a trilha sonora que conecta as comunidades ribeirinhas”, acrescenta o produtor.</blockquote>
Além do podcast, o projeto conta com um site interativo que oferece um mapeamento da bacia amazônica, reunindo artigos, playlists, diários de bordo, conteúdos mixados e informações sobre artistas e movimentos culturais da região.
Da tradição ao digital: escuta, oralidade e resistência - Com linguagem sensível e cuidado na edição sonora, Afluentes articula o formato digital do podcast com os fundamentos da tradição oral. A escuta atenta às falas e aos sons naturais valoriza o tempo da fala dos mestres e mestras locais, permitindo ao ouvinte uma imersão respeitosa no universo musical amazônico.
Zek Picoteiro acredita que a tecnologia pode ser uma ferramenta para a preservação e a difusão das narrativas amazônicas:
<blockquote>“Acredito muito no uso da tecnologia para criação e também na disseminação de múltiplas narrativas através de plataformas digitais. Esse formato de podcast tem sido muito importante para compartilhar o nosso ponto de vista amazônico sobre a nossa cultura”.</blockquote>
Ele também destaca a relevância do projeto para combater o preconceito contra gêneros marginalizados:
<blockquote>“O projeto amplifica a voz dos próprios criadores e busca visibilizar outras manifestações, como a cultura afro-amapaense do Marabaixo, que é uma forma de compreender a construção da identidade cultural preta da Amazônia”.</blockquote>
Gêneros em destaque: Beiradão e Tecnobrega - O episódio inaugural explora o Beiradão, gênero nascido às margens do Rio Amazonas, com forte presença do saxofone e conexão direta com festas tradicionais como a Festa do Mamão. O podcast aborda o contexto histórico do estilo, vinculado à exploração da borracha e aos fluxos migratórios.
O segundo episódio mergulha no universo do Tecnobrega, som eletrônico que surgiu nas periferias urbanas e nas aparelhagens. O programa mostra como esse ritmo se espalhou pelos rios e alcançou o interior da Amazônia, criando uma ponte cultural entre o centro e a margem.
Políticas públicas e descentralização da cultura - O projeto foi viabilizado com recursos do Programa Funarte Retomada 2023 – Música, parte de um conjunto de editais voltado às artes visuais, teatro, dança, circo e música, que destinou R$ 23,4 milhões ao setor cultural. A produção é assinada pelo Instituto Regatão Amazônia.
Para Zek, editais como esse são vitais:
<blockquote>“Eu consegui realizar expedições fluviais reais que nunca teria condições de fazer com recursos próprios. Além de possibilitar a descentralização da produção cultural e permitir que a Amazônia conte suas próprias histórias”.</blockquote>
A presidente da Funarte, Maria Marighella, destaca a importância de fomentar a produção artística fora dos grandes centros urbanos:
<blockquote>“A música brasileira e sua diversidade é uma riqueza do nosso país. Iniciativas como essa articulam criação, pesquisa e reflexão no desenvolvimento dessa que é a linguagem mais popular das artes brasileiras, a nossa música, e neste caso envolvendo diferentes ritmos e sonoridades produzidas por comunidades ribeirinhas da região Amazônica”.</blockquote>
Ela completa:
<blockquote>“Desde 2023, temos formulado programas que pudessem estar de mãos dadas com quem tece a rede produtiva das artes e promove o acesso da população aos bens artísticos e culturais em todas as regiões do Brasil. [...] É o que estamos realizando e avançando agora mesmo com as diretrizes da Política Nacional das Artes”.</blockquote>

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Brasil Sustentável

Podcast 'Afluentes' revela riqueza da música amazônica a partir das margens dos rios

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu, na segunda-feira (23), o edital de seleção para a temporada 2026-2027 do Espaço Cultural BNDES, localizado na sede da instituição no centro do Rio de Janeiro.&nbsp;
A iniciativa contempla ao menos 160 espetáculos musicais gratuitos, que irão compor a programação das séries “Quintas no BNDES” e “Sextas Instrumentais”. Os artistas selecionados farão suas apresentações no teatro do banco e ainda será formado um cadastro de reserva para futuras convocações. As inscrições estão disponíveis em formulário online no site da instituição.
Categorias e valores definidos no edital - Os interessados poderão submeter seus projetos em três categorias: Renome, Destaque ou Novos Talentos. Além disso, devem se encaixar em um dos seguintes gêneros: Música Erudita, Música Popular/Instrumental ou Música Popular/Cantada. Os proponentes devem indicar também a faixa de cachê prevista, que varia entre R$ 18 mil e R$ 60 mil, conforme o porte do espetáculo e o número de integrantes no palco.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a ação reafirma o papel estratégico da cultura para o desenvolvimento nacional. “O BNDES acredita no apoio à cultura como fonte de desenvolvimento do país. Os espetáculos do Espaço Cultural BNDES são uma importante ação de valorização dos artistas brasileiros, que recebemos na nossa casa, e do próprio público, que pode participar gratuitamente de shows de alta qualidade”, destacou.
Critérios de avaliação artística e tradição das séries - O julgamento dos projetos será baseado na qualidade artística, incluindo critérios como a concepção do espetáculo, repertório, performance, trajetória do artista ou grupo e o potencial de comunicação com o público.
Serão contratados 48 espetáculos nas categorias Renome e Destaque, e 64 na de Novos Talentos. O banco poderá ainda convocar artistas da lista de espera, caso haja recursos e necessidade de compor a grade de apresentações.
Criada em 1993, a série “Quintas no BNDES” já se consolidou como uma das principais agendas culturais regulares da capital fluminense. Em 2014, foi lançada a série “Sextas Instrumentais”, voltada especialmente à música instrumental e erudita, ampliando o escopo e diversidade do projeto.

BNDES abre edital para selecionar 160 espetáculos musicais gratuitos no Rio

247 - Faleceu, nesta quarta-feira (11), Brian Wilson, o cérebro criativo dos Beach Boys e um dos maiores visionários da música popular do século XX.
Compositor, produtor e arranjador, Wilson foi o responsável por conduzir a transformação dos Beach Boys de uma banda de surf rock para uma referência artística global, capaz de influenciar até os Beatles em sua fase mais experimental.
Fundada em 1961, a banda surgiu no embalo do culto ao litoral da Califórnia, popularizando harmonias vocais exuberantes e canções sobre juventude, romance e liberdade. Mas sob a liderança de Brian Wilson, os Beach Boys logo romperam as amarras do gênero que os consagrou. O estúdio passou a ser seu principal instrumento, e a música pop ganhou uma profundidade estética inédita.
A culminação desse processo viria com Pet Sounds, de 1966 — não apenas o álbum mais ambicioso da banda, mas uma das obras mais importantes da história da música gravada. Estruturado como um álbum-conceito, com canções interligadas por temas emocionais e arranjos sinfônicos, Pet Sounds mudou a forma como o formato LP era compreendido. Foi essa ousadia que inspirou diretamente os Beatles a conceberem Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, lançado no ano seguinte.
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<h3>Um laboratório de sons</h3>
Em faixas como “God Only Knows” e “Wouldn’t It Be Nice”, Wilson explorou técnicas vocais e instrumentais que fugiam totalmente ao padrão da música comercial dos anos 1960. Combinou instrumentos clássicos com efeitos eletrônicos e se valeu de gravações em múltiplos estúdios, resultando em uma sonoridade sofisticada, melancólica e, ao mesmo tempo, acessível.
Poucos meses após Pet Sounds, Wilson lançaria outro de seus marcos pessoais: o single “Good Vibrations”, considerado uma obra-prima da engenharia de som. A música levou sete meses para ser concluída e usou técnicas então inéditas de edição em fita, criando um mosaico de trechos que desafiava o conceito linear de composição pop.
<div class="embed-block"><div><div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe src="https://cdn.iframe.ly/api/iframe?url=https%3A%2F%2Fyoutu.be%2FjkPyB-g3asI%3Fsi%3DwOQL6I8lbohaX3n5&amp;key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen scrolling="no" allow="accelerometer *; clipboard-write *; encrypted-media *; gyroscope *; picture-in-picture *; web-share *;"></iframe></div></div></div>
Entre os maiores sucessos dos Beach Boys também estão “California Girls”, verdadeiro hino ao estilo de vida californiano; “Surfin’ U.S.A.”, responsável por consolidar o surf rock; e “In My Room”, balada introspectiva que antecipava a virada emocional da obra de Wilson.
Mesmo com dificuldades pessoais e períodos de reclusão, a obra de Brian Wilson sobreviveu às décadas e inspirou gerações de artistas dos mais variados gêneros. A grandiosidade de sua contribuição foi reconhecida em 1988, com a introdução dos Beach Boys no Rock &amp; Roll Hall of Fame, e com o Grammy pelo conjunto da obra.

Brian Wilson se apresenta com os Beach Boys no programa Good Morning America da ABC no Central Park de Nova York em 15 de junho de 2012

Mundo

Morre Brian Wilson, líder dos Beach Boys e vanguardista da música pop, aos 82 anos

Joana Côrtes - Repórter da Rádio Nacional
Belém recebeu o título de Capital Mundial do Brega, concedido pela ONU Turismo, Organização Mundial das Nações Unidas para o Turismo, nessa sexta-feira (30).
O anúncio foi feito durante a reunião do Conselho Executivo da entidade, em Segóvia, na Espanha. A honraria foi entregue ao ministro do Turismo do Brasil e presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo, Celso Sabino.
O título celebra a riqueza cultural e a força popular do Brega paraense, ritmo já reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará desde 2021.
A relação de Belém com o Brega se confunde com a própria expansão do estilo musical. Nas periferias da cidade, o ritmo é mais que música: é resistência, lazer, memória e pertencimento.
Do romantismo tradicional ao tecnobrega moderno, esse ritmo tipicamente paraense já viu brilhar fora de suas fronteiras nomes como Pinduca, Wanderley Andrade, Joelma, Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro.

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