247 - O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam, de 25 anos, poderá enfrentar uma pena de até 71 anos de prisão, caso seja condenado por todos os crimes pelos quais foi indiciado e denunciado. A informação foi publicada pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/08/especialistas-apontam-exagero-em-imputacao-de-crimes-a-oruam.shtml">Folha de S.Paulo </a>e tem gerado críticas de especialistas da área jurídica, que apontam um suposto exagero na imputação dos delitos.
Oruam já é réu por dupla tentativa de homicídio e foi indiciado por sete crimes distintos: tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. A soma máxima das penas pode atingir 47 anos. Caso a Justiça também o condene pelas tentativas de homicídio, o tempo de prisão poderá se estender até 71 anos.
A defesa do artista afirma que ele não teve intenção de ferir qualquer pessoa durante o episódio que culminou em sua prisão. “Não atentou contra a vida de ninguém, e isto será devidamente esclarecido nos autos do processo que trata dos fatos”, declarou a equipe jurídica.
O caso teve início quando policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) tentaram cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente que estava na casa do rapper. Durante a ação, Oruam e um amigo teriam lançado pedras contra o delegado Moyses Santana e outro agente. Segundo a perícia, uma das pedras pesava 4,8 kg e foi arremessada de uma altura de 4,5 metros. O jovem procurado conseguiu fugir da viatura.
Especialistas em direito penal ouvidos pela Folha afirmam que o enquadramento por tentativa de homicídio é desproporcional. “Tentativa de homicídio seria uma loucura. Obviamente, jogar pedras para ajudar alguém a fugir não é um meio idôneo para matar policiais armados, então, isso não faz sentido”, avaliou o advogado Davi Tangerino, professor da Uerj.
O também advogado Fernando Castelo Branco reforça a crítica: “O que me parece é que a própria polícia exagerou nas acusações, tentando dar uma classificação muito mais grave do que os fatos indicam”.
A Polícia Civil anexou à representação enviada ao Ministério Público imagens em que Oruam aparece armado e em videochamada com supostos líderes do Comando Vermelho. Para os juristas consultados, no entanto, a presença em vídeos ou fotos não basta para configurar crimes graves como os imputados.
O criminalista Fernando Viggiano vê um “acúmulo exagerado de acusações criminais” e considera que as imagens e falas atribuídas ao artista — como a em que ele se refere a si como “filho de Marcinho VP” — não são, por si só, provas de ameaça concreta. “Pode ser apenas bravata ou deboche, e não representa uma conduta criminosa real, a menos que haja prova clara de intenção e risco concreto à autoridade”, afirmou.
Caso a Justiça descarte os crimes mais graves, como tráfico, associação e tentativa de homicídio, Oruam poderá responder em liberdade. “Ele só não responderá em liberdade, ou essa é a regra, se houver risco ao andamento do processo, como destruição de provas, intimidação de testemunhas ou risco de fuga”, explicou Castelo Branco.
Viggiano acrescenta que “a jurisprudência tem rejeitado o excesso de imputações quando as ações fazem parte de um único episódio”, como parece ser o caso.
Detido desde o dia 23 de julho, Oruam permanece em cela isolada, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Ele tem recebido apenas seus advogados, enquanto a família ainda aguarda autorização para visitas. Em frente ao presídio, amigos e fãs, incluindo o MC Poze, organizaram manifestação pela sua liberdade.
Polícia responde - Em reação às críticas, a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou vídeo nas redes sociais afirmando que “não se deve acreditar em narrativas antipolícia”. Segundo o vídeo institucional, “há algum tempo, o combate à criminalidade ultrapassou a repressão às facções criminosas e suas atividades ilícitas. E hoje, mais do que nunca, as polícias enfrentam a guerra informacional”.
No dia da prisão, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, classificou o rapper como “um grande bandido da pior espécie, marginal, traficante, faccionado, associado ao Comando Vermelho”.

Redação Brasil 247

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Cultura

Especialistas criticam "excesso" de acusações contra Oruam

247 - O rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por associação à facção criminosa Comando Vermelho. A informação foi confirmada pelo secretário de Polícia Civil do estado, delegado Felipe Curi, na manhã desta terça-feira (22), um dia após uma operação que ocorreu na residência do artista no bairro do Joá, Zona Oeste da capital fluminense, informa o <a href="https://www.metropoles.com/colunas/mirelle-pinheiro/oruam-e-indiciado-por-ligacao-com-a-faccao-criminosa-comando-vermelho">Metrópoles</a>.
De acordo com a corporação, Oruam responderá pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato. A operação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a mesma que prendeu o artista em fevereiro deste ano.
Vídeos nas redes e ataque a policiais - Durante a ação da noite de segunda-feira (21), Oruam publicou uma série de vídeos em suas redes sociais, nos quais convoca amigos a irem até sua casa de motocicleta: “Quem tiver de moto no Joá, me ajuda, eles estão aqui na minha porta às 23h da noite”, disse o rapper, alegando que mais de 20 viaturas estavam em frente à sua mansão. Em seguida, ele menciona a presença do "delegado Moysés", referência a Moysés Santana, titular da DRE.
Nos vídeos seguintes, o artista protestou contra a operação: “tudo que eu conquistei foi com a minha música. Vai tomar no cu!”. Em outro momento, ele grita: “eu quero ver vocês me pegarem aqui dentro do Complexo. Não vai me pegar! Vai tomar no cu. Eu sou filho do Marcinho, seus filhos da puta”.
Oruam é filho de Márcio Nepomuceno dos Santos, o "Marcinho VP", um dos chefes históricos do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
Alvo seria adolescente ligado ao tráfico - Segundo nota enviada pela Polícia Civil à imprensa, a operação foi motivada por informações de inteligência que apontavam a presença de um adolescente infrator na residência. O jovem seria um dos principais roubadores de veículos do estado e atuaria como segurança de Edgar Alves de Andrade, o traficante conhecido como “Doca”.
Após monitoramento com viatura descaracterizada, os agentes flagraram o adolescente saindo do imóvel com quatro outras pessoas. Ele foi apreendido com um celular e um cordão. Durante a abordagem, ainda conforme a polícia, Oruam e outros oito homens apareceram na varanda do imóvel e iniciaram uma série de xingamentos e ataques com pedras contra os policiais, ferindo um deles.
A corporação afirmou que um dos suspeitos correu para dentro da casa, o que motivou a entrada dos agentes no imóvel para efetuar a prisão. Um dos detidos foi autuado em flagrante por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano e associação para o tráfico.
Reincidência no mesmo local - Em nota, a Polícia Civil destacou que esta é a segunda vez, em menos de seis meses, que um membro do Comando Vermelho é localizado no interior da mesma residência, associada a Oruam. O cantor, segundo os agentes, fugiu do local junto com outros envolvidos.

Guilherme Levorato

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Rapper Oruam é indiciado por associação ao Comando Vermelho após operação no Rio

247 - O rapper Oruam protagonizou uma nova polêmica ao visitar seu pai, Marcinho VP, que está preso desde 1996 por tráfico de drogas e homicídio no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Segundo o portal <a href="https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2025/03/em-visita-a-marcinho-vp-oruam-diz-ser-a-voz-dos-presidiarios-mas-apaga-postagem.shtml">F5</a>, antes do encontro, o cantor fez uma postagem nas redes sociais na qual se autoproclamou como a voz dos presidiários no Brasil. A declaração repercutiu amplamente, mas foi apagada posteriormente.
Na publicação, Oruam defendeu que “a cadeia é um lugar de ressocialização” e que sua música seria uma forma de afastar seu pai do crime, algo que, segundo ele, o Estado não faria. O rapper também criticou o sistema penitenciário ao afirmar que ele apenas “alimenta a burguesia com mentiras dos pobres”. Apesar do posicionamento, a postagem foi retirada do ar algum tempo depois. "Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", dizia a postagem.
Durante a visita, Oruam apareceu ao lado de outros familiares e vestia um conjunto totalmente cor-de-rosa, chamando a atenção dos fãs e seguidores. Seu pai, Marcinho VP, é apontado pelas autoridades como um dos líderes do Comando Vermelho, uma das maiores organizações criminosas do país.
A visita ocorre em meio a um momento conturbado para o rapper, que tem se envolvido em diversos episódios polêmicos nos últimos meses. No mês passado, ele foi detido durante uma blitz e encaminhado à 16ª Delegacia de Polícia Civil, no Rio de Janeiro, após ser flagrado praticando direção perigosa. A ação foi vista como parte de uma estratégia de marketing para promover seu novo álbum, intitulado "Liberdade", lançado no dia seguinte a sua liberação mediante pagamento de fiança.
Pouco tempo depois, o cantor voltou a ser alvo das autoridades. Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro investigava disparos feitos por ele em um condomínio no interior de São Paulo em dezembro. Durante o cumprimento dos mandados em sua residência, localizada no Joá, zona oeste do Rio, a polícia encontrou um foragido da Justiça, procurado por envolvimento com organização criminosa. Oruam foi preso novamente, dessa vez autuado pelo crime de favorecimento pessoal.
O cantor, que tem uma legião de fãs e grande influência entre o público jovem, segue dividindo opiniões com suas atitudes e posicionamentos.&nbsp;

Geral

Oruam visita pai, Marcinho VP, em presídio e se diz voz dos presidiários, mas apaga postagem

247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), uma operação contra o rapper Oruam. Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumprem dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao artista, que é filho de Marcinho VP, um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho.&nbsp;
Segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/rj/policia-civil-faz-operacao-contra-oruam-no-rio-de-janeiro/?utm_source=social&amp;utm_medium=twitter-feed&amp;utm_campaign=nacional-cnn-brasil">CNN Brasil</a>, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, é investigado por um disparo de arma de fogo ocorrido em um condomínio residencial na cidade de Igaratá, interior de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o rapper foi indiciado por disparo de arma de fogo, após ter colocado em risco a integridade física de diversas pessoas. A operação busca localizar e apreender a arma utilizada, além de reunir elementos que ajudem a identificar o verdadeiro proprietário do armamento.
Durante a ação, agentes também cumpriram mandados em endereços ligados à mãe do rapper, Márcia Nepomuceno, esposa de Marcinho VP. Em um dos locais, os policiais encontraram um foragido da Justiça, procurado por envolvimento com organização criminosa.
Até o momento, a defesa de Oruam não se manifestou sobre o caso.&nbsp;

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Cortes 247

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