247 - A Ferrovia Transnordestina entra em uma nova fase neste mês de outubro com o início da operação experimental, etapa que marca o avanço de um dos maiores projetos de infraestrutura do país. &nbsp;Durante o período de testes, serão transportadas cargas como soja, milho, farelo de soja e calcário entre os municípios de Bela Vista do Piauí (PI) e Iguatu (CE), dando início à operação que deverá, em 2027, conectar 1.061 quilômetros de ferrovia entre Ceará, Pernambuco e Piauí.
<h2>Avanço das obras e investimento bilionário</h2>
A primeira etapa da Transnordestina já alcançou 76% de avanço físico. Seis lotes estão em execução e outros dois ainda serão contratados. O projeto é financiado pela Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros (SNFI), órgão ligado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
O investimento total é de R$ 15 bilhões, dos quais R$ 4,4 bilhões são recursos diretos do Governo Federal. Outros R$ 3,6 bilhões vêm do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), conforme termo aditivo assinado em 2024 que prevê desembolsos até 2027.
<h2>Integração com portos e outras ferrovias</h2>
A conexão da ferrovia com os portos e outros modais logísticos será um dos principais ganhos do projeto. Segundo o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, “a partir do momento que essa ferrovia chegar ao Porto do Pecém, ela ganhará uma nova escala, e, inclusive, mais oportunidades para viabilizarmos outras expansões — como é o caso do Porto de Suape, em Pernambuco, e uma interligação com a Ferrovia Norte-Sul”.
<h2>Terminais logísticos impulsionarão o transporte de cargas</h2>
A Transnordestina contará com seis terminais logísticos ao longo dos 1.750 km de extensão total. Dois já estão em construção — o Terminal Intermodal do Piauí e o Terminal Logístico de Iguatu, no Ceará — enquanto os demais ainda terão localização definida.
Esses terminais devem facilitar o escoamento da produção agrícola e mineral, reduzindo custos e ampliando a competitividade do Nordeste no mercado nacional e internacional.
<h2>Transformação econômica e social no semiárido</h2>
De acordo com Tavares, os impactos da ferrovia vão além da logística. “A Transnordestina passa também por essa região, no coração do semiárido, onde esperamos um crescimento estimado anual de R$ 7 bilhões. Será muita transformação”, destacou.
A expectativa é que o empreendimento gere crescimento econômico, novos empregos e maior integração regional, atuando em sinergia com outras iniciativas do MIDR, como a Transposição do Rio São Francisco e projetos de segurança hídrica e irrigação.

Paulo Emilio

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Nordeste

Ferrovia Transnordestina atinge 76% das obras e inicia testes este mês

247 - O Mercado Livre anunciou nesta quarta-feira (24) a introdução de 125 novos robôs em seus centros de distribuição no Brasil. A medida busca agilizar a etapa de consolidação de pedidos e aumentar a eficiência das entregas. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Os equipamentos, chamados de “robôs de separação”, têm formato semelhante a uma mala horizontal com rodinhas e uma pequena caçamba acoplada. Eles são responsáveis por transportar itens comprados por um mesmo cliente, mas armazenados em diferentes áreas do galpão. A tecnologia deve reduzir em aproximadamente uma hora o processo de separação, além de otimizar o trabalho dos funcionários.
<h3>Capacidade e alcance da tecnologia</h3>
Com atuação em uma área de 670 metros quadrados, os robôs são capazes de separar até 105 mil produtos por dia. Segundo a empresa, esse ganho operacional permitirá expandir o serviço de entregas no mesmo dia, já oferecido em algumas cidades brasileiras.
“Os robôs chegam para trazer uma velocidade maior no processamento de pedidos”, explicou Luiz Vergueiro, diretor sênior de Logística do Mercado Livre. “Somos os primeiros no Brasil a usar isso.” Ele acrescentou que a mudança possibilita ampliar o horário limite para compras com entrega no mesmo dia: antes, os pedidos precisavam ser feitos até 13h; agora, poderão ser realizados até 14h.
<h3>Expansão da automação logística</h3>
O novo lote se soma a outros 500 robôs já em operação, que atuam movimentando prateleiras e aproximando-as dos trabalhadores. Vergueiro destacou que a companhia estuda ampliar ainda mais a automação de seus centros de distribuição.
A empresa ressaltou que o avanço tecnológico não resultará em cortes de pessoal. Os funcionários estão sendo direcionados para funções ligadas à análise de dados e gestão de pedidos. Além disso, o Mercado Livre prevê a contratação de 12 mil a 13 mil novos empregados em 2025 para dar suporte à expansão de suas operações.
<h3>Impacto no ecossistema</h3>
O Mercado Livre informou que, somente em 2024, 5,8 milhões de pequenas empresas brasileiras que utilizam as plataformas da companhia e do Mercado Pago movimentaram R$ 381 bilhões. A modernização logística, segundo a empresa, é parte essencial da estratégia para atender à crescente demanda do comércio eletrônico no país.

Luis Mauro Filho

Brasil

Mercado Livre implementa 125 robôs que separam até 105 mil produtos por dia

247 - O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ratificou, na terça-feira (3/9), a condenação da Rumo Logística Operadora Multimodal e da América Latina Logística (ALL) por abuso de posição dominante, conforme apurado em um processo administrativo iniciado em 2016.&nbsp;
A decisão foi fruto de uma denúncia apresentada pela empresa Agrovia, que acusou a Rumo de obstruir o acesso de concorrentes à infraestrutura ferroviária, especificamente o pátio de Santa Adélia, em São Paulo. Essa área é crucial para o escoamento de açúcar pelo Porto de Santos. A conduta da Rumo teria prejudicado a concorrência ao interditar, sem justificativa, a via que dava acesso ao pátio, afetando diretamente a competitividade no setor de transporte ferroviário.
Em julgamento anterior, o Cade havia decidido pela condenação da empresa e estipulado uma multa. No entanto, essa decisão foi anulada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). O novo julgamento, realizado no dia 3 de setembro, manteve a condenação e reviu a dosimetria da pena, ajustando o valor da multa. A Rumo apresentou uma proposta de acordo, que foi aceita pelo presidente do Cade, Gustavo Augusto. A empresa sugeriu que o valor da multa fosse calculado com base exclusivamente na receita gerada pelo transporte ferroviário de açúcar na Malha Paulista. Com a atualização até agosto de 2025, o valor da multa foi fixado em R$ 20,1 milhões, a ser pago no prazo de 30 dias após a publicação da decisão no Diário Oficial da União.
Gustavo Augusto também destacou a possibilidade de redução da multa para R$ 18,1 milhões, caso a Rumo aceite assinar um termo de desistência de ação judicial e de outros recursos, além de realizar o pagamento integral em uma única parcela no prazo estabelecido. A decisão ainda manteve as obrigações impostas à Rumo na sentença original, determinando que a empresa se abstivesse de adotar medidas que impedissem o ingresso de concorrentes ou vedassem o acesso à Malha Paulista. Além disso, a Rumo deverá garantir o acesso à ferrovia de forma objetiva e isonômica, permitindo que todos os agentes interessados possam contratar o transporte ferroviário.
A companhia também foi obrigada a divulgar, dentro de 15 dias após a publicação da decisão, o conteúdo da sentença em seus sites oficiais, comprometendo-se a cessar a conduta abusiva. Caso a empresa não cumpra as obrigações impostas, será sujeita a uma multa diária de R$ 200 mil.

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)

Cade confirma condenação da Rumo-ALL por abuso de posição dominante e define multa de R$ 20,1 milhões

Reuters - A Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras, lançou uma licitação para aquisição de quatro novas barcaças de 3 mil toneladas de porte bruto (TPB), quatro empurradores e um rebocador, marcando sua entrada em um novo modal logístico.
As quatro barcaças, destinadas a operações de transporte de combustíveis, têm previsão de entrada em operação no primeiro semestre de 2026.
A encomenda faz parte de um projeto mais amplo da companhia direcionado ao modal de navegação interior, que pretende contratar 20 novas barcaças, 20 empurradores e quatro rebocadores para atuação no Brasil, até 2026, segundo explicou a Transpetro em nota nesta sexta-feira.
"Nossa entrada no modal de navegação interior vai trazer mais robustez e flexibilidade às operações da Transpetro, ressaltando nossa premissa de crescimento e diversificação dos negócios da companhia", disse em nota o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci.
"Com essa iniciativa, alcançaremos, no horizonte de médio prazo, 50% do mercado de transporte de combustíveis por barcaças no Brasil, o que nos posiciona como uma das maiores operadoras de barcaças do país."
O mercado de barcaças no Brasil movimenta, por ano, um volume total de aproximadamente 10 milhões de toneladas de petróleo e combustíveis, segundo a Transpetro.
A companhia detalhou que as 20 barcaças que integram a primeira etapa do projeto terão 3 mil toneladas de porte bruto (TPB) e permitirão o transporte de um ou mais derivados de petróleo (modelos com e sem segregação), incorporando tecnologias modernas.
Maior companhia de logística multimodal de petróleo e derivados da América Latina, a Transpetro opera atualmente 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios.
A Transpetro presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás, somando uma carteira de mais de 160 clientes.

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Economia

Transpetro lança licitação para contratar 4 barcaças e entrar em novo modal

247 – Na região de Maule, no Chile, uma transformação silenciosa mas profunda vem ocorrendo nos últimos anos, impulsionada por uma modernização estratégica da principal via do país. De acordo com <a href="https://portuguese.people.com.cn/n3/2025/0514/c309807-20314751.html">reportagem publicada por Chen Yiming, do Diário do Povo</a>, a modernização do trecho entre Talca e Chillán da Rodovia 5 — apelidado localmente de “Rodovia das Cerejas” — revolucionou a logística da produção agrícola e contribuiu para um salto na economia rural chilena.
A intervenção foi conduzida pelo Grupo Internacional da China Railway Construction, que assumiu a concessão do trecho em 2021, adotando um modelo integrado de investimento, construção e operação. Desde então, melhorias significativas foram implementadas: 30 km de ampliação, construção de 54 km de vias de contorno, instalação de 13 pedágios eletrônicos e pioneirismo no uso de tecnologia RFID para cobrança automática, adotada em 2022. O projeto também se estende ao sul, até Coipué, com 172,6 km de renovação e construção adicionais.
<h3>Do milho às cerejas: a transformação no campo</h3>
No Vale Central, a família Rodríguez representa bem essa mudança. Pablo Rodríguez, gerente da fazenda familiar, contou com entusiasmo: “Nossa fazenda antes cultivava milho e tomate. Em 2012, começamos a nos transformar, passando a plantar cerejas, uvas e melancias, que têm maior valor agregado. Em 2014, exportamos cerejas para a China pela primeira vez”. Hoje, 100% da produção de cerejas é destinada ao mercado chinês.
A rapidez no transporte é crucial. “Garantimos que as cerejas são levadas do pé ao armazém refrigerado em, no máximo, 3 horas, para que mantenham a melhor qualidade ao chegar à China”, afirmou Rodríguez. Ele destaca que a modernização da Rodovia 5 reduziu significativamente o tempo e aumentou a segurança no transporte, assegurando que as frutas frescas cheguem ao porto “no último minuto” antes do embarque.
<h3>Logística eficiente, renda multiplicada</h3>
Para os trabalhadores locais, a mudança também trouxe impacto direto. Durante a colheita, a fazenda chega a empregar até 500 pessoas. Além disso, há um novo dinamismo regional: moradores passaram a atuar em logística, vendas e comércio eletrônico, aproveitando o crescimento da cadeia de exportação agrícola.
O caminhoneiro Juan Álvarez testemunha essa transformação: “Desde que a empresa chinesa trouxe o sistema de ‘passagem fluida’, o congestionamento diminuiu bastante e o tempo de transporte caiu muito. Agora, consigo fazer o trajeto de ida e volta duas vezes por dia, o que aumentou bastante minha renda”.
<h3>Conectividade como alavanca do desenvolvimento</h3>
A Rodovia 5 é considerada a espinha dorsal do Chile, conectando o norte ao sul e servindo de eixo para o escoamento da produção. O presidente da Associação Chilena de Exportadores de Frutas, Iván Marambio, destacou que o trecho Tachi é “um canal essencial para que os produtos agrícolas do Chile entrem na China e em outros mercados asiáticos”. Segundo ele, a modernização elevou a eficiência e reduziu os prazos logísticos, ampliando os lucros dos produtores e fortalecendo o setor como um todo.
O acadêmico Fernando Reyes Matta, diretor do Centro de Estudos sobre a China e a América Latina da Universidade Andrés Bello, aponta que as cerejas tornaram-se símbolo do sucesso comercial entre os dois países: “Por trás desse ‘comércio doce’ está o apoio de infraestrutura como a Rodovia 5. A conectividade em infraestruturas estabeleceu uma base sólida para a cooperação sino-latino-americana”.
<h3>Perspectiva de longo prazo</h3>
O modelo de cooperação entre Chile e China tem se revelado mutuamente vantajoso. Pontes, escolas, usinas, rodovias e portos construídos com participação chinesa vêm estimulando o desenvolvimento econômico em várias regiões da América Latina. No caso chileno, a Rodovia 5 se converteu em símbolo concreto dessa aliança — levando cerejas ao outro lado do mundo e oportunidades a quem antes vivia do cultivo de subsistência.
Ao investir em infraestrutura crítica, a China não apenas encurta distâncias físicas, mas também fortalece laços comerciais e sociais com seus parceiros latino-americanos. No Chile, esse modelo já mostra frutos — literalmente doces e com destino certo: as mesas chinesas.

Redação Brasil 247

Caminhão passa por um pedágio localizado na cidade de Talca, no trecho Talca–Chillán, da Rodovia 5, no Chile

América Latina

Rodovia modernizada por empresa chinesa impulsiona exportações de frutas e transforma economia rural no Chile

247 - O Brasil sediou nesta quarta-feira (14) a 2ª Reunião Ministerial de Transportes do BRICS, reunindo autoridades dos países-membros para debater temas estratégicos para o futuro da mobilidade e da infraestrutura.&nbsp;
Ao final da reunião, foi assinada uma Declaração Conjunta com compromissos que visam fortalecer a cooperação em transportes como instrumento para impulsionar o crescimento econômico, a conectividade, a sustentabilidade e o desenvolvimento entre os países do grupo.
Sob a presidência <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Brasil">brasileira </a>do grupo em 2025, a Declaração concentrou seis eixos prioritários: infraestrutura de transportes sustentável e resiliente; descarbonização de portos e do transporte marítimo; combustíveis sustentáveis para a aviação; conectividade aérea; mobilidade urbana sustentável; e a proposta de criação de uma Aliança Internacional de Logística do BRICS. Coordenaram a reunião os Ministérios de Portos e Aeroportos, dos Transportes, e de Cidade.
Na abertura da reunião, Cloves Benevides, subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, destacou a importância da atuação conjunta.
<blockquote>&nbsp;“A nossa ambição compartilhada é clara: utilizar o transporte como um vetor de crescimento econômico, conectividade e desenvolvimento sustentável. Os tópicos abordados nesses dias são essenciais para garantir que os nossos países não apenas se conectem melhor, mas também se desenvolvam de maneira sustentável e integrada. Combustível sustentável para aviação e Aliança Internacional de Logística do BRICS são exemplos de como podemos inovar e liderar em um mundo em transformação.”</blockquote>
<h3>Instituto BRICS para Transporte Sustentável</h3>
Dentro de um dos pilares da Declaração Conjunta, os países propuseram a criação do Instituto BRICS para Transporte Sustentável, Mobilidade e Logística (BISTML), que terá como foco enfrentar os desafios de infraestrutura por meio de "soluções inovadoras", promovendo a integração e avançando em sistemas de transporte resilientes ao clima, utilizando práticas ambientais e tecnologias limpas.&nbsp;
De acordo com a secretária-Executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, a criação do Instituto BISTML é um dos principais resultados do Grupo de Trabalho de Transportes dos BRICS em 2025. “Se trata de uma iniciativa estratégica voltada para fomentar a inovação, o compartilhamento de boas práticas e o enfrentamento dos desafios da infraestrutura com soluções ambientalmente sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas”, ressaltou.
A secretária também enfatizou a necessidade de ampliar o desenvolvimento da mobilidade urbana sustentável, com foco na transição energética, na promoção da mobilidade ativa, na renovação de frotas do transporte público e na expansão dos sistemas de metrô e ferrovias. A proposta, segundo ela, é criar cidades mais equitativas, habitáveis, saudáveis e menos congestionadas.
Esses temas continuarão sendo debatidos ao longo do ano em eventos como a Assembleia Geral da Associação BRICS Mais Cidades e Municípios, que ocorrerá entre 26 e 28 de maio em Maricá (RJ); no Fórum de Urbanização dos BRICS, previsto para 23 de junho em Brasília; e durante a COP30, de 10 a 21 de novembro, em Belém.
<h3>Aliança Internacional de Logística dos BRICS</h3>
Outro eixo prioritário destacado na Declaração Conjunta é o fortalecimento da integração logística entre os países do grupo.
Nesse sentido, os ministros reconheceram os esforços para a criação da Aliança Internacional de Logística dos BRICS, no âmbito do atual Grupo de Trabalho de Transportes. A iniciativa busca reunir representantes dos setores público e privado em uma plataforma conjunta, voltada a ampliar a conectividade entre os países e fortalecer a capacidade de resposta a desastres climáticos e outras emergências.
Recém-integrada ao grupo, a Indonésia reforçou a relevância da cooperação entre os países no setor de transportes como motor para o crescimento econômico e o fortalecimento da conectividade global. Durante a Reunião Ministerial, o embaixador da Indonésia no Brasil, Edi Yusup, ressaltou o entusiasmo do país em fazer parte do BRICS e reforçou o compromisso com os projetos conjuntos.
<blockquote>“Primeiro, a Indonésia está muito orgulhosa de ser parte do BRICS, em especial no setor de transportes. Ter mais conectividade entre os membros vai ajudar a construir mais conectividade e também a impulsionar a economia e atrair novos investimentos.”</blockquote>
<h3> </h3>
<h3>Descarbonização e Combustíveis Sustentáveis</h3>
A Declaração Conjunta também destaca como prioridade dois outros pilares fundamentais: a descarbonização dos portos e do transporte marítimo, e o incentivo ao uso de combustíveis sustentáveis para a aviação. Ambas as frentes reforçam o compromisso dos BRICS com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição para uma economia de baixo carbono, alinhada às metas do Acordo de Paris e da Agenda 2030.
No setor marítimo, a descarbonização é vista como essencial para garantir operações mais limpas, resilientes e compatíveis com os desafios climáticos - ela evidencia o compromisso dos países BRICS com a agenda climática global e com a urgência em reduzir os impactos ambientais do setor de transportes. A meta é tornar-se um modelo de responsabilidade ambiental.
A descarbonização de portos e embarcações reduz emissões, fomenta o crescimento econômico e protege os ecossistemas. A colaboração entre os países do BRICS pode acelerar o desenvolvimento de tecnologias verdes, incluindo combustíveis de emissão zero e fontes renováveis de energia para infraestrutura portuária.
Já no setor aéreo, o avanço no uso de Combustíveis Sustentáveis para Aviação (SAF) é essencial, uma vez que a aviação continua sendo um dos setores que mais crescem em emissões de gases de efeito estufa. Para os membros do BRICS, que juntos respondem por uma parcela significativa do tráfego aéreo global e do poder econômico, a colaboração no desenvolvimento do SAF oferece uma oportunidade dupla: assumir a liderança em aviação sustentável e reforçar o compromisso com a agenda climática global.
Neste contexto, o ministro de Transportes da Índia, Nitin Gadkari, chama a atenção para três tópicos: ética, economia e ecologia.
“Precisamos proteger o meio ambiente, e a crise de carbono que o mundo enfrenta é um problema crítico. A poluição causada pela queima de resíduos é um grande desafio. Por isso, é essencial pensarmos em formas de limpar a atmosfera da Terra. Essa é justamente uma das missões das reuniões do BRICS: como podemos reduzir a poluição no mundo, proteger o meio ambiente e preservar a vida por meio do uso de combustíveis alternativos e biocombustíveis, especialmente no setor de transportes e também na aviação, onde já estamos pensando em soluções ecológicas. Isso é extremamente importante para o futuro do planeta”, salientou o ministro.
<h3>Família BRICS</h3>
O vice-ministro dos Transportes da Rússia, Vladimir Poteshkin, agradeceu ao Brasil pela organização do encontro e mencionou a relevância do tema para o cenário global. Ele ressaltou que o transporte é essencial para conectar pessoas e impulsionar o desenvolvimento econômico.
“Muitas pessoas ao redor do mundo gostam de viajar de um lado a outro. Por isso, é muito importante organizar ferrovias, transporte terrestre e marítimo. Isso é fundamental para a economia dos países e para a comunicação entre eles.”
Para Poteshkin, o encontro dos BRICS permite aos países participantes mostrar seus avanços e promover trocas em temas estratégicos.
“A partir de hoje, temos certeza de que o objetivo deste evento é muito importante para todos. A família BRICS está fazendo um grande trabalho para que outros países vejam como estamos avançando nas discussões sobre meio ambiente, economia, educação e outras questões importantes. Essa é a nossa oportunidade e a principal ideia é que precisamos seguir juntos com todos os países da nossa família BRICS.”
A 17ª Cúpula do BRICS está agendada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, sob o tema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável".&nbsp;

Brasil sedia 2ª Reunião Ministerial de Transportes dos BRICS com foco em sustentabilidade e Aliança Internacional

Brasil lidera BRICS em pacto por transporte sustentável e integração logística

SÃO PAULO (Reuters) - O Mercado Livre planeja investir R$34 bilhões este ano no Brasil, seu principal mercado, informou o vice-presidente sênior do Mercado Livre e líder das operações de marketplace da companhia no Brasil, Fernando Yunes, nesta segunda-feira.
O valor, que também inclui certas despesas operacionais, é um recorde para o Mercado Livre no Brasil, à medida que a empresa tem intensificado seus investimentos no país nos últimos oito anos. O valor marca um crescimento de 47,8% nos aportes em relação ao ano anterior e um aumento exponencial em relação a 2018, quando o Mercado Livre investiu R$1 bilhão no Brasil.
Em evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um dos centros de distribuição do Mercado Livre no Estado de São Paulo, o executivo acrescentou que a empresa de comércio eletrônico espera criar cerca de 14 mil empregos no Brasil em 2025, chegando a mais de 50 mil funcionários no país até o final do ano.
Atualmente, o país responde por mais de 50% das receitas do Mercado Livre. Em um comunicado, a empresa afirmou que os recursos serão direcionados para logística e tecnologia em seus negócios de e-commerce e fintech, além de programas de fidelização, entretenimento, marketing e contratação.
No mês passado, o Mercado Livre, cujas ações são negociadas em Nova York, anunciou investimentos de US$3,4 bilhões no México, seu segundo maior mercado, para 2025.
(Reportagem de André Romani)

Leonardo Sobreira

Presidente Lula participou de anúncio de investimentos em logística em SP - 07/04/2025

Mercado Livre anuncia investimento de R$ 34 bilhões no Brasil em 2025

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um apoio financeiro de R$ 500 milhões para a modernização da Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA), administrada pela VLI Multimodal S.A. O investimento faz parte de uma emissão de R$ 1 bilhão em debêntures, coordenada pelo BNDES, BTG Pactual e ABC Brasil. O BNDES subscreveu metade do valor total.&nbsp;
A VLI planeja utilizar os recursos para modernizar e ampliar sete pátios da malha ferroviária da FCA, que abrange 7.840 km e conecta sete estados e o Distrito Federal. Segundo informações divulgadas, os investimentos incluirão a substituição de trilhos e dormentes, a recuperação de guarda-corpos em pontes e passagens de pedestres, melhorias no material rodante, e a construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes Industriais no Terminal Integrador Guará.
Impacto estratégico para a logística brasileira - Com um total estimado de R$ 3,9 bilhões em investimentos, o projeto busca tornar a operação mais eficiente e segura, elevando a velocidade média dos trens e otimizando a competitividade do transporte ferroviário. A iniciativa reflete a importância da logística integrada para a economia brasileira, como destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante: “a logística de cargas é fundamental para a economia do país e o gerenciamento do fluxo de bens e serviços envolve todas as atividades econômicas, influenciando a competitividade das empresas. O custo logístico no Brasil é estimado em cerca de 11% do PIB e, com o apoio do BNDES, e sob as diretrizes do governo do presidente Lula, vamos melhorar a logística integrada e multimodal, que desempenha um papel estratégico na cadeia de suprimentos ao combinar diferentes modos de transporte”.
A VLI Multimodal opera por meio de plataformas logísticas integradas, atendendo a setores como agronegócio, indústria e siderurgia. Em 2023, a empresa transportou mais de 43,8 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) e movimentou mais de 43 milhões de toneladas úteis (TU) pelos portos.
Sustentabilidade e competitividade - Luciana Costa, diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, ressaltou que a iniciativa está alinhada com as demandas de mercados globalizados e a necessidade de modernizar a matriz logística brasileira. “O financiamento aprovado pelo BNDES tem como objetivo apoiar projetos que promovam uma matriz integrada, sustentável e segura, e que reduza os custos”, explicou.
A modernização da Ferrovia Centro-Atlântica representa um avanço significativo para o transporte ferroviário brasileiro, contribuindo para a sustentabilidade, redução de custos e competitividade do setor.&nbsp;

BNDES apoia ampliação da Ferrovia Centro-Atlântica com R$ 500 milhões em debêntures

247 - A Transpetro finalizou, na última sexta-feira (20), a etapa de negociação comercial com o consórcio formado pelos estaleiros Ecovix, do Rio Grande do Sul, e Mac Laren, do Rio de Janeiro, para a aquisição de quatro navios da classe Handy. Com um porte bruto de 15 a 18 mil toneladas, cada embarcação foi negociada pelo valor de US$ 69,5 milhões.
A assinatura do contrato está prevista para o início de 2025, mesmo período em que a companhia deve lançar um novo edital para a aquisição de oito navios gaseiros. O processo licitatório, concluído em seis meses, passou por rigorosas análises técnicas e de governança do Sistema Petrobras.
Essa etapa inicial marca o retorno das contratações da Transpetro no âmbito do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras (TP 25), que pretende ampliar a capacidade logística e reduzir a dependência de afretamentos no mercado. Segundo Magda Chambriard, presidente da Petrobras, o projeto reforça o compromisso com o desenvolvimento nacional.
“Esse programa da Transpetro é essencial para o Sistema Petrobras, garantindo o aumento do transporte de derivados na costa brasileira e reduzindo a exposição às oscilações dos custos de afretamento. É um passo decisivo para fortalecer nossa logística e acelerar o desenvolvimento do país”, afirmou Chambriard.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, destacou que a aquisição é um marco para a companhia e para a indústria naval brasileira, após dez anos sem novas contratações. “Com o TP 25, ampliaremos em pelo menos 25% a capacidade logística da Transpetro. Além disso, estamos criando uma demanda consistente que impulsionará a indústria naval no país, atendendo às determinações do governo e alinhando os interesses de negócio do Sistema Petrobras”, enfatizou.
Os navios Handy serão equipados com tecnologia de ponta para maior eficiência energética e menor emissão de gases de efeito estufa. Com capacidade para operar com bunker ou biocombustíveis, as embarcações prometem reduzir em 30% as emissões, em conformidade com as normas da Organização Marítima Mundial (IMO).
Lançado em julho deste ano, o TP 25 prevê a aquisição de 25 navios para atender prioritariamente às demandas da Petrobras. A segunda licitação do programa, programada para janeiro de 2025, contemplará oito navios gaseiros, com capacidade entre 7 mil e 14 mil toneladas de porte bruto. Já em junho de 2025, será divulgado o edital para aquisição de quatro embarcações de médio porte (MR1).
Com 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios em operação, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras e líder em logística multimodal na América Latina. Atendendo mais de 160 clientes, a empresa desempenha papel estratégico no transporte de petróleo, derivados e outros produtos essenciais para o setor de óleo e gás.
A nova frota reforçará sua posição no mercado e consolidará os esforços da Petrobras em fortalecer a indústria naval nacional e aumentar sua eficiência logística.

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