247 - Durante cerimônia nesta sexta-feira (8), em Rio Branco (AC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo direto a parlamentares, especialmente senadores, para que não assinem pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo Lula, Moraes tem sido um dos pilares da defesa da democracia brasileira diante de ameaças institucionais e golpismo por parte de setores da extrema direita.
“Você, Petecão, não assine o pedido de impeachment do Alexandre de Moraes, porque ele está garantindo a democracia”, disse o presidente, referindo-se ao senador acreano Sérgio Petecão (PSD-AC), presente na cerimônia.
A fala ocorre em meio à escalada de tensões entre os Poderes, intensificada pelos atos de obstrução e tumulto promovidos por parlamentares bolsonaristas no Congresso nesta semana. Deputados de oposição chegaram a ocupar fisicamente a Mesa Diretora da Câmara, impedindo o andamento dos trabalhos legislativos, até a retomada da sessão na noite de quarta-feira (6).
Lula voltou a condenar os bloqueios e sugeriu que os parlamentares envolvidos sejam responsabilizados. “Quem deveria ter o impeachment são esses deputados e senadores que ficam fazendo greve para não permitir que funcione o Congresso. Verdadeiros traidores da pátria”, afirmou.
Investimentos para o desenvolvimento do Acre
Além do recado político, o evento marcou o anúncio de um pacote de aproximadamente R$ 1,1 bilhão em investimentos federais no Acre, contemplando áreas como infraestrutura, educação, energia e regularização fundiária.
Entre os destaques, estão R$ 870,9 milhões para a recuperação da BR-364, via estratégica para o escoamento da produção acreana; R$ 252 milhões para o programa Luz para Todos, que atenderá 6 mil famílias em áreas isoladas da Amazônia; e R$ 33,5 milhões para a expansão do Instituto Federal do Acre (Ifac), incluindo a construção de um novo campus em Feijó.
O governo também anunciou medidas de regularização fundiária, ampliação da agricultura familiar e projetos voltados à preservação ambiental, como o programa Restaura Amazônia, que receberá R$ 13,6 milhões para recuperar áreas degradadas da Reserva Extrativista Chico Mendes.
O governo federal destaca que os investimentos visam “garantir mais dignidade, geração de empregos e qualidade de vida” à população, ao mesmo tempo em que reforçam o compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal.

Guilherme Paladino

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Brasil

Lula pede a senadores que não assinem impeachment de Moraes: "Está garantindo a democracia"

247 - O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou nesta quarta-feira (6) que não assinará qualquer pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em <a href="https://www.metropoles.com/brasil/ciro-nogueira-congresso-nao-tem-votos-para-impeachment-de-moraes">entrevista</a> ao Contexto Metrópoles, o ex-ministro da Casa Civil durante o governo Bolsonaro classificou a proposta como “uma pauta impossível”.
“Não assinei e não vou assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre. Porque é uma pauta impossível. Nós não temos 54 senadores para aprovar. E aqui fala uma pessoa que, durante meus 32 anos de mandato, se tornou uma pessoa muito pragmática. Não perco tempo com pautas que não vão ter sucesso”, declarou.
Ciro também rebateu a narrativa promovida por parlamentares bolsonaristas de que estariam colhendo assinaturas suficientes para pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a pautar o pedido. Segundo ele, mesmo que o documento venha com apoio majoritário, a decisão cabe exclusivamente ao presidente da Casa.
“Você pode chegar com 80 assinaturas, que não abre. É um poder do presidente do Senado. Então essa pauta, eu não vou perder tempo com ela”, disse.
O posicionamento representa um balde de água fria na mobilização que vem sendo feita por alas mais radicais da oposição ao governo e ao STF. Desde que o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) por descumprir medidas cautelares, parlamentares bolsonaristas intensificaram as pressões por um processo de impeachment.

Poder

Ciro Nogueira descarta apoiar impeachment de Moraes: "pauta impossível"

247 - O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, publicou na noite desta segunda-feira (4) uma nota oficial pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decisão que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para Marinho, a ordem de prisão de Moraes seria uma forma de desviar a atenção das chamadas reportagens da “Vaza Toga” — nome dado por bolsonaristas a um dossiê publicado no mesmo dia pelo jornalista americano Michael Shellenberger, contendo supostos documentos e prints de WhatsApp que acusam o STF de ter criado uma força-tarefa ilegal para monitorar e prender bolsonaristas após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
&nbsp;“No mesmo dia em que a Vaza Toga revela novos abusos de Alexandre de Moraes, o ministro volta a se exceder e decreta a prisão de Jair Bolsonaro — o maior líder político da história do Brasil. Coincidência? Evidente que não. Trata-se de uma cortina de fumaça para abafar as denúncias trazidas pelas reportagens investigativas”, diz o texto assinado por Marinho.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">NOTA OFICIAL No mesmo dia em que a Vaza Toga revela novos abusos de Alexandre de Moraes, o ministro volta a se exceder e decreta a prisão de Jair Bolsonaro — o maior líder político da história do Brasil. Coincidência? Evidente que não. Trata-se de uma cortina de fumaça para…&mdash; Rogério Marinho🇧🇷 (@rogeriosmarinho) <a href="https://twitter.com/rogeriosmarinho/status/1952494433464996348?ref_src=twsrc%5Etfw">August 4, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
Embora a CNN Brasil, que noticiou o material de Shellenberger, tenha informado não ter conseguido confirmar a veracidade das denúncias, Marinho afirma que o país vive “sob uma jurisprudência de exceções”, acusando Moraes de relativizar garantias constitucionais como o devido processo legal, o contraditório e a inviolabilidade dos mandatos parlamentares.
&nbsp;“Bolsonaro é alvo de um processo baseado em uma única delação premiada e tem sua liberdade cerceada por crime de opinião”, escreveu o senador.
Na nota, Marinho faz um apelo aos senadores da República para que aprovem um pedido de impeachment contra o ministro:
&nbsp;“Conclamamos todos os senadores da República a honrarem seus mandatos. Basta de arbítrio. Fora, Alexandre de Moraes. Impeachment já!”
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi determinada por Moraes no início da noite, sob o argumento de que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas anteriormente, ao interagir com seus apoiadores políticos — incluindo o deputado Nikolas Ferreira — e incentivar ataques ao Supremo por meio de publicações em redes sociais, feitas por seus filhos e aliados. Na decisão, Moraes afirmou:
&nbsp;“A Justiça não permitirá que um réu a faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos.”
Além do uso de tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está proibido de receber visitas não autorizadas e teve seus celulares apreendidos. Ele continua a ser investigado por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e coação no curso do processo.

Líder da oposição no Senado pede impeachment de Moraes após prisão de Bolsonaro

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