247 - Olhar para o céu estrelado e questionar se estamos sozinhos no universo é um exercício que intriga cientistas há séculos. A <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/c36j38r7gexo">BBC News Brasil </a>destacou em reportagem recente que, apesar da falta de provas definitivas, especialistas acreditam ser quase impossível que a vida exista apenas na Terra. Afinal, nosso planeta é apenas um ponto em meio a bilhões de galáxias e estrelas.
Segundo a astrônoma britânica Maggie Aderin-Pocock, a matemática joga a favor dessa hipótese: "Estamos bastante convencidos de que existe vida lá fora. É puramente uma questão de números. É probabilidade". A Via Láctea, sozinha, reúne cerca de 300 bilhões de estrelas — muitas delas com sistemas planetários em zonas habitáveis.
<h2>Caça a planetas habitáveis</h2>
O avanço da astronomia nas últimas décadas ampliou a busca por mundos capazes de sustentar vida. Técnicas de espectroscopia permitem analisar a composição química da atmosfera de exoplanetas, revelando se apresentam características semelhantes às da Terra. O professor Tim O’Brien, da Universidade de Manchester, reforça essa perspectiva otimista: "Conhecemos centenas de planetas potencialmente habitáveis. É quase certo que, dentro da próxima década, iremos descobrir um planeta que talvez até mostre indícios potenciais de vida".
Mesmo em nosso próprio planeta, organismos resistentes encontrados em regiões inóspitas — como fossas oceânicas profundas e locais sem luz solar — provaram que a vida pode prosperar em condições muito diferentes das esperadas. Esse fator amplia as chances de que luas ou outros corpos celestes também possam abrigar alguma forma biológica.
<h2>Vida simples ou inteligência avançada?</h2>
Se a existência de vida parece cada vez mais provável, a questão central passa a ser: que tipo de vida está além da Terra? A maior parte da história do nosso planeta foi dominada por microrganismos simples, e só após bilhões de anos surgiram organismos multicelulares complexos. Por isso, determinar se a vida extraterrestre seria inteligente é um desafio ainda maior.
O próprio O’Brien lembra que o contato com outra civilização depende não só de evolução tecnológica, mas também de fatores de tempo e sobrevivência: civilizações podem surgir e desaparecer rapidamente em escala cósmica, diminuindo as chances de cruzarmos caminhos.
<h2>Comunicação interestelar: o longo silêncio</h2>
Desde 1960, radiotelescópios são utilizados para captar possíveis sinais vindos do espaço. Contudo, há inúmeras maneiras de uma civilização transmitir mensagens, e nem sempre conseguimos decodificá-las. Além disso, mesmo que estejamos na mesma frequência, as distâncias envolvidas tornam a comunicação lenta.
Projetos como o Breakthrough Listen, da Universidade da Califórnia, monitoram milhões de estrelas em busca de sinais. Ainda assim, uma mensagem enviada de um ponto distante da Via Láctea pode levar dezenas de milhares de anos para chegar até nós — o que faz com que uma conversa seja praticamente inviável.
<h2>A impossibilidade das visitas</h2>
As viagens intergalácticas, tão exploradas pela ficção científica, seguem fora do alcance da tecnologia conhecida. Enquanto ondas de rádio podem viajar à velocidade da luz, naves espaciais estão limitadas a velocidades ínfimas diante das escalas do universo. Maggie Aderin-Pocock observa que, mesmo que existam civilizações com tecnologia avançada, isso não garante que elas tenham interesse em vir até nós.
Além disso, a “janela de oportunidade” é curta: a Terra existe há 3,5 bilhões de anos, mas a presença de humanos modernos soma apenas cerca de 300 mil. Caso outras civilizações não coexistam nesse mesmo intervalo, o encontro pode nunca acontecer.
<h2>O mistério que persiste</h2>
A possibilidade de que seres alienígenas tenham visitado a Terra em tempos remotos não pode ser totalmente descartada, mas especialistas afirmam não haver indícios de que isso tenha ocorrido durante a presença humana. Para muitos cientistas, a resposta sobre vida fora do planeta continuará sendo um dos maiores enigmas da ciência moderna — talvez sem solução durante a nossa existência.

Guilherme Levorato

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Geral

Afinal, estamos sozinhos no universo? Especialistas explicam por que - provavelmente - não

247 - Os líderes dos países do BRICS se opõem à corrida armamentista no espaço e propõem a adoção de um documento relevante, segundo uma declaração final da cúpula do Rio de Janeiro publicada neste domingo (6).
"Reafirmamos também nosso apoio para garantir a sustentabilidade de longo prazo das atividades no espaço exterior e a prevenção de uma corrida armamentista no espaço e de sua militarização”, apontou a declaração.
De acordo com o texto, é necessário atuar para prevenir “ameaças ou uso da força contra objetos espaciais, inclusive por meio de negociações para a adoção de um instrumento jurídico multilateral relevante que garanta a segurança global".
Os líderes do BRICS também expressaram preocupação com os riscos crescentes de um conflito nuclear e destacaram a necessidade de controle de armamentos, segundo o comunicado.
Saiba mais
O BRICS é um agrupamento formado por onze países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. São países parceiros do BRICS: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Em comunicado, o BRICS afirmou no site da própria instituição que os objetivos do grupo “incluem fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros, bem como promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional”. 
“O grupo busca melhorar a legitimidade, a equidade na participação e a eficiência das instituições globais, como a ONU, o FMI, o Banco Mundial e a OMC. Além disso, visa impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável e promover a inclusão social”.
Números
A participação do BRICS no PIB mundial (em PPP, a preços correntes) aumentou para aproximadamente 39% em 2023. No comércio internacional, os países do BRICS respondem por 24% do total das trocas mundiais. 
De acordo com as estatísticas, publicadas no site do BRICS, o grupo representa 48,5% da população do planeta, e 36% do território global. A Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) apontou que o grupo também corresponde a cerca de 72% das reservas mundiais de minerais de terras raras, 43,6% da produção mundial de petróleo, 36% da produção mundial de gás natural e 78,2% da produção global de carvão mineral.
Brasil
A corrente de comércio do Brasil com o BRICS totalizou USD 210 bilhões, representando 35% do total em 2024. O BRICS foi o destino de USD 121 bilhões das exportações brasileiras, representando 36% do total exportado pelo Brasil em 2024, apontou a ComexVis. O grupo foi a origem de USD 88 bilhões das importações brasileiras, representando 34% do total importado pelo Brasil em 2024.
O governo brasileiro assumiu a presidência do BRICS em janeiro. A gestão tem duração de um ano e é rotativa. Guiada pelo lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", a Presidência Brasileira do BRICS em 2025 se concentrará em duas prioridades: (i) Cooperação do Sul Global e (ii) Parcerias BRICS para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental. No âmbito dessas prioridades, o Brasil propõe concentrar atenção política em seis áreas centrais:
A - Cooperação em Saúde Global: incentivar projetos concretos de cooperação entre as nações do BRICS para promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo em vários setores, particularmente na saúde, para garantir o acesso a medicamentos e vacinas; lançar a Parceria BRICS para a Eliminação das Doenças Socialmente Determinadas e Doenças Tropicais Negligenciadas;
B – Comércio, Investimentos e Finanças: considerar a governança e a reforma dos mercados financeiros, as moedas locais, e os instrumentos e plataformas de pagamento como meio de aumentar e diversificar os fluxos comerciais, financeiros e de investimentos; fazer avançar a Parceria para a Nova Revolução Industrial e adotar a Estratégia 2030 para a Parceria Econômica dos BRICS;
C - Mudança do Clima: adotar uma Agenda de Liderança Climática do BRICS, incluindo uma Declaração-Quadro dos Líderes sobre Financiamento Climático visando a orientar mudança estrutural no setor financeiro;
D – Governança da Inteligência Artificial: promover uma governança internacional inclusiva e responsável da inteligência artificial, a fim de destravar o potencial dessa tecnologia para o desenvolvimento social, econômico e ambiental;
E – Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança: promover uma reforma abrangente da arquitetura multilateral de paz e segurança, a fim de garantir atuação eficaz no enfrentamento de conflitos, evitar catástrofes humanitárias e impedir a eclosão de novas crises; reconstruir a confiança e o entendimento mútuos, retomar a diplomacia e promover soluções pacíficas para conflitos e disputas;
F - Desenvolvimento Institucional: melhorar a estrutura e a coesão do BRICS.

Leonardo Lucena

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Sudeste

BRICS se opõe à corrida armamentista no espaço e defende instrumento jurídico multilateral para a segurança global

247 - O desenvolvimento do escudo antimísseis norte-americano conhecido como Golden Dome for America está sendo duramente criticado pela diplomacia russa, que vê na iniciativa um grave risco à segurança internacional e à cooperação pacífica no espaço sideral. Em entrevista concedida à agência TASS, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, afirmou que o projeto liderado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está convertendo o espaço em uma nova arena de confronto armado.
“As medidas tomadas pelo governo Trump para desenvolver o sistema de defesa antimísseis americano ‘Golden Dome for America’, que prevê um fortalecimento significativo do arsenal de ferramentas para conduzir operações militares no espaço, incluindo a implantação de sistemas de interceptação em órbita, é um caminho direto não apenas para a militarização do espaço sideral, mas também para sua transformação em uma arena de confronto armado”, alertou Ryabkov.
A declaração reflete a crescente preocupação de Moscou com a ampliação da presença militar dos Estados Unidos fora da atmosfera terrestre. O diplomata russo sublinhou que tais ações provocam uma escalada de tensões entre as potências globais e lançam as bases para uma nova corrida armamentista no espaço, além de comprometerem a confiança mútua entre as nações.
“Tudo isso está repleto de consequências negativas muito sérias para a segurança internacional”, declarou o vice-chanceler.
Segundo Ryabkov, a Rússia e seus aliados estão se mobilizando para conter os avanços bélicos no espaço por meio de mecanismos diplomáticos. Ele revelou que Moscou está empenhada em promover, junto a países parceiros, um instrumento jurídico internacional que proíba a colocação de armas no espaço e a utilização de força ou ameaça contra objetos espaciais. O tratado, conhecido pela sigla em inglês PAROS (Prevention of an Arms Race in Outer Space), visa criar um marco legal global para preservar o caráter pacífico do ambiente espacial.
“Para combater as medidas de Washington para implantar armas no espaço sideral, juntamente com nossos países satélites, envidamos esforços visando o início antecipado das negociações sobre o desenvolvimento de uma ferramenta internacional juridicamente vinculativa”, disse Ryabkov.
A preocupação russa veio à tona após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar oficialmente, em 20 de maio, a estratégia norte-americana para acelerar o projeto do Golden Dome. O plano prevê um investimento de aproximadamente US$ 175 bilhões, com conclusão estimada em menos de três anos.
O escudo antimísseis Golden Dome está sendo apresentado pelo governo Trump como um sistema abrangente de proteção do território norte-americano contra ameaças balísticas de longo alcance, com o uso intensivo de tecnologia espacial e satélites interceptadores. No entanto, especialistas e diplomatas temem que o projeto marque o início de uma nova etapa de militarização do espaço, rompendo décadas de esforços internacionais para manter a órbita terrestre livre de armamentos.
O alerta de Ryabkov intensifica o debate sobre a necessidade urgente de um novo pacto multilateral que regule e limite o uso militar do espaço. Para a Rússia, impedir a proliferação de armas em órbita é crucial não apenas para a estabilidade geopolítica global, mas também para a sobrevivência dos acordos de cooperação científica e tecnológica que dependem de um ambiente espacial livre de hostilidades.
Enquanto os Estados Unidos avançam com a construção do Golden Dome, a comunidade internacional se vê diante de um impasse histórico: aceitar a militarização do espaço como inevitável ou mobilizar esforços diplomáticos para reafirmar o princípio de sua utilização exclusivamente pacífica.

José Reinaldo

Mundo

Rússia diz que escudo antimísseis anunciado por Trump é ameaça à segurança internacional

(Reuters) - A estrela pop Katy Perry e outras cinco mulheres foram lançadas ao espaço em um foguete da Blue Origin e retornaram à Terra com sucesso nesta segunda-feira, marcando o primeiro voo espacial exclusivamente feminino em mais de 60 anos.
A tripulação decolou em um foguete New Shepard do Texas às 9h31 (10h31 de Brasília) e viajou até o limite do espaço, onde passou por um breve período de ausência de gravidade antes de retornar à Terra em um voo que durou cerca de 11 minutos, de acordo com uma transmissão ao vivo da Blue Origin, empresa espacial fundada pelo bilionário Jeff Bezos.
A tripulação de seis pessoas também incluiu a noiva de Bezos, Lauren Sánchez, a apresentadora da CBS Gayle King, a ex-cientista de foguetes da Nasa Aisha Bowe, a cientista Amanda Nguyen e a produtora de filmes Kerianne Flynn.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🚨AGORA: Katy Perry acaba de decolar para o espaço com uma tripulação totalmente feminina. <a href="https://t.co/9ZS9NznzaY">pic.twitter.com/9ZS9NznzaY</a>&mdash; CHOQUEI (@choquei) <a href="https://twitter.com/choquei/status/1911775234425749964?ref_src=twsrc%5Etfw">April 14, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
(Reportagem de Joe Brock)

Katy Perry decola para o espaço com tripulação feminina a bordo da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos

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Katy Perry decola para o espaço com tripulação feminina a bordo da Blue Origin

247 - A teoria da relatividade de Albert Einstein, que tem resistido a rigorosos testes ao longo do tempo, pode estar diante de um novo desafio. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), as primeiras análises dos dados coletados pelo telescópio Euclid indicam que a energia escura, força responsável pela aceleração da expansão do universo, pode estar em transformação, explica reportagem do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/epoca/noticia/2025/03/20/detetive-do-universo-como-estudo-sobre-energia-escura-desafia-a-teoria-de-albert-einstein-e-pode-mudar-compreensao-de-tempo-e-espaco.ghtml">O Globo</a> com a agência AFP. A revelação foi feita durante uma coletiva de imprensa com a diretora científica da ESA, Carole Mundell.
"A teoria da relatividade de Einstein passou por inúmeros testes, mas ainda não explica, em sua forma atual, a expansão acelerada do universo", explicou Mundell. A energia escura, descoberta em 1998, é a força misteriosa que desafia a gravidade ao acelerar a separação entre galáxias, um fenômeno que pesquisadores ainda tentam compreender.
O telescópio Euclid, lançado em 2023, tem a missão de mapear um terço do céu e coletar dados de aproximadamente 1,5 bilhão de galáxias para criar o mapa tridimensional mais preciso do universo. Os primeiros dados divulgados, acompanhados por 27 artigos científicos, cobrem menos de 0,5% do céu que será analisado ao longo da missão de seis anos, mas já levantam questões fundamentais.
Segundo a BBC, alguns cientistas acreditam que estão "à beira de uma das maiores descobertas em astronomia em uma geração". Ofer Lahav, da University College London, descreveu o momento como "dramático", sugerindo que as novas evidências podem levar a uma mudança de paradigma na compreensão da física cósmica. Caso os dados sejam confirmados, pode ser necessário formular uma teoria completamente nova para explicar o comportamento da energia escura.
Acredita-se que a matéria escura seja a força que mantém as galáxias unidas, enquanto a energia escura atua na direção oposta, expandindo o universo a uma velocidade crescente. O Euclid permitirá que os cientistas rastreiem essa interação ao longo da história cósmica, oferecendo novas pistas sobre sua verdadeira natureza. "No final das contas, queremos testar as leis da gravidade", afirmou Caroline Mundell.
Além de imagens detalhadas de galáxias distantes e nebulosas coloridas, os novos dados revelam detalhes da estrutura do universo, conhecida como "teia cósmica". Entre grandes espaços vazios, filamentos massivos conectam galáxias em um padrão que desafia explicações baseadas apenas na matéria visível. Cientistas acreditam que forças invisíveis, como a matéria escura e a energia escura, desempenham um papel crucial na formação dessa estrutura.
O Consórcio Euclid, formado por mais de dois mil pesquisadores da Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão, classificou o lançamento dos primeiros dados como um "marco para nosso detetive do universo escuro". A quantidade de informações divulgadas é impressionante: 35 terabytes de dados — o equivalente a 200 dias de streaming de vídeo em 4K — que correspondem a apenas uma semana de observação do telescópio.
Os dados analisados cobriram três áreas do céu e catalogaram cerca de 26 milhões de galáxias, incluindo algumas situadas a 10,5 bilhões de anos-luz de distância. O telescópio também identificou aproximadamente 500 lentes gravitacionais, fenômeno no qual a luz de um objeto distante é curvada pela gravidade de uma galáxia massiva à frente, criando um efeito de ampliação.
Para lidar com a grande quantidade de informações, os cientistas do consórcio utilizaram inteligência artificial e mais de 10 mil voluntários que ajudaram a classificar e validar os dados. Os algoritmos de IA identificaram possíveis lentes gravitacionais, que foram posteriormente verificadas por especialistas humanos, aprimorando a capacidade do sistema de análise automatizada.
Embora os primeiros resultados não tragam revelações definitivas sobre a natureza da energia escura, eles indicam que o Euclid pode fornecer respostas decisivas ao longo dos próximos anos. "Isso é apenas uma amostra do que está por vir", destacou Mundell, antecipando que um catálogo completo de dados será divulgado no próximo ano.
Se as suspeitas dos cientistas se confirmarem, a física poderá estar diante de uma revolução conceitual, reescrevendo a forma como entendemos o tempo, o espaço e as forças fundamentais que governam o universo.

Energia escura: novas descobertas desafiam a teoria da relatividade e podem mudar a compreensão do universo

247 - A Blue Origin, empresa de foguetes do bilionário Jeff Bezos, lançou na manhã desta quinta-feira (29) um voo espacial com seis tripulantes, <a href="https://g1.globo.com/inovacao/noticia/2024/08/29/blue-origin-de-bezos-lanca-seu-8o-voo-com-passageiros-para-turismo-espacial.ghtml">informa o G1</a>. A missão, batizada de NS-26, decolou em uma base no oeste do Texas, nos Estados Unidos, às 10h08 no horário de Brasília, e durou cerca de dez minutos.
"A escuridão do espaço...não há como descrever. É algo impressionante. Tudo foi muito bom, não poderia ter tido uma experiência melhor", disse Rob Ferl, professor e diretor do Instituto Espacial Astraeus da Universidade da Flórida (EUA), que foi um dos tripulantes.
A Blue Origin fez um voo suborbital, no qual a nave supera a linha de Kárman, permitindo que a tripulação experimente a sensação de gravidade zero. Foi o primeiro voo espacial tripulado da empresa em dois anos. As missões haviam sido suspensas após um acidente com voo sem tripulantes em setembro de 2022.&nbsp;
Entre os tripulantes, estava Karsen Kitchen, de 21 anos, que se tornou a mulher mais jovem a cruzar a linha de Kármán. Em 2021, a empresa já havia levado o holandês Oliver Daemen, que, naquele ano, tinha 18 anos, e virou a pessoa mais jovem a ir ao espaço, entre homens e mulheres. Ele viajou com Bezos, que também é dono da Amazon.

Empresa de Jeff Bezos lança 8º voo com tripulantes para turismo espacial

Por Adrielen Alves, Repórter da TV Brasil - Brasília
Poderia ser só mais uma competição de estudantes do Ensino Médio com questões práticas e teóricas sobre astronomia e astrofísica, valendo medalhas de ouro, prata, prêmios e menções honrosas. No entanto, vai além. Jovens de 53 países estão reunidos no Brasil para uma imersão nas ciências espaciais, mas especialmente para a urgência de valorização do planeta Terra diante das mudanças climáticas. &nbsp;É a 17ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que entra na reta final e segue até o próximo dia 27 nas cidades de Vassouras e Barra do Piraí, no estado do Rio. Como tema central do encontro, que pela segunda vez é sediado no Brasil, figura a sustentabilidade.&nbsp;
Mais de 300 estudantes e 130 professores de quase todos os continentes, com exceção da África, participam da competição organizada pelo Observatório Nacional, vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.&nbsp;
Mas, por que não aproveitar um momento como este só para os avanços astronômicos e da astrofísica e observar o céu do Vale do Café, em Vassouras (RJ), por exemplo? A resposta vem no embalo: alinhada com movimentos globais que saem em defesa do planeta, a competição quer engajar a pauta ambiental entre os jovens e futuros cientistas.&nbsp;
Para Ricardo Ogando, vice-coordenador do evento e astrônomo do Observatório Nacional, a imersão é uma oportunidade para tratar do negacionismo climático e da importância da união pela Terra.
“A astronomia tem papel fundamental em situar as mudanças climáticas, um dos maiores desafios atuais da humanidade, em um contexto cósmico. Entender, por exemplo, que não há planeta B - ou plano B - e que o planeta Terra é um oásis de vida no universo. Precisamos cuidar dele”, alerta.&nbsp;
Defesa do planeta - Josina Nascimento, coordenadora do comitê brasileiro da IOAA 2024 e astrônoma do Observatório Nacional, diz que a ideia é mostrar aos estudantes que ações em defesa do planeta precisam ser colocadas em prática. Para exemplificar, ela destaca que, além de iniciativas como uso de materiais recicláveis e o não uso de descartáveis, a olimpíada conquistou o Evento Selo Neutro, uma demonstração de preocupação e empenho em neutralizar as emissões de carbono durante o encontro, iniciado no último dia 17.
Assim como na IOAA 2024, a sustentabilidade também é a pauta do movimento internacional Astronomers for Planet Earth (Astrônomos pelo Planeta Terra, em tradução livre), que reúne cerca de dois mil voluntários de 76 países, entre astrônomos, astrônomos amadores, educadores e estudantes. Todos unidos para tentar reduzir os avanços exponenciais da degradação do planeta e reafirmar que a Terra é a única chance para a humanidade.
“Junto com o negacionismo climático vemos ideias como a de conquistar outros planetas, mas é muito mais fácil, barato e, acima de tudo, viável, preservar o planeta Terra”, assegura o astrônomo Ricardo Ogando que integra a rede internacional, também conhecida como A4E.&nbsp;
A organização - criada em 2019 - destaca a validade de todas as descobertas astronômicas, impulsionadas por telescópios e missões espaciais que já ocorreram e que ainda estão previstas para viabilizar a conexão interplanetária. Mas, acentua que a Terra é a única opção viável para a raça humana. Isso porque os exoplanetas descobertos em zonas habitáveis, especialmente pela possibilidade de água em estado líquido e a distância segura das estrelas que orbitam, ficam a milhares de anos daqui, com as tecnologias existentes hoje.
Os “Astrônomos pela Terra” ainda alertam para os riscos à saúde humana em colonizações, mesmo em planetas vizinhos como Marte. Assim, destaca que é mais fácil, justo e economicamente viável cuidar do planeta Terra.&nbsp;
Esta é a preocupação também da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem chamado a atenção para os esforços em equalizar os prejuízos causados por eventos climáticos extremos, como os temporais ocorridos recentemente no Rio Grande do Sul e que afetaram 298 dos 497 municípios gaúchos.
Populações mais vulneráveis - Para a ONU, é chegada a hora de as nações mais ricas se comprometerem a financiar políticas de proteção aos países em desenvolvimento e às populações mais vulneráveis do globo.&nbsp;
O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA) tem na agenda do segundo semestre encontros internacionais para debater a viabilidade da Terra na perspectiva astronômica.
De 3 a 5 de dezembro será promovido o Fórum Espacial Mundial das Nações Unidas, “Espaço Sustentável para a Sustentabilidade na Terra”, que será realizado pela ONU em Bonn, na Alemanha, em parceria com os Emirados Árabes e com o Peru.&nbsp;
O objetivo é entender como as tecnologias espaciais e todo o desenvolvimento impulsionado na última década podem ser revertidos em favor das questões ambientais e sociais do planeta. A iniciativa reunirá especialistas, organizações privadas e entidades não governamentais para reafirmar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, agenda da ONU com objetivos e metas a serem atingidos até 2030.&nbsp;
Além da IOAA, Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, que finaliza as competições até a próxima terça-feira (27), o Brasil está na agenda central do tema pelos próximos 18 meses, pelo menos.
O país se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em novembro de 2025. A COP30 reunirá, além de especialistas, governos &nbsp;em defesa do clima e do meio ambiente e dos desafios imperativos como justiça climática, economia sustentável e o uso de tecnologias e da inteligência artificial a serviço do planeta.

Brasil Sustentável

Olimpíada Internacional de Astronomia tem sustentabilidade como foco

(Sputnik) – Pequim tomou as medidas necessárias para eliminar as consequências da destruição do veículo de lançamento do foguete Changzheng-6A e está analisando os dados, disse o Ministério das Relações Exteriores da China à Sputnik na quarta-feira.
No início deste mês, a Corporação Chinesa de Ciência e Tecnologia Espacial anunciou o lançamento bem-sucedido do foguete Changzheng-6A com 18 satélites. Posteriormente, o Comando Espacial dos EUA relatou que o foguete chinês havia colapsado, resultando em mais de 300 destroços rastreados em órbita baixa da Terra. O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou à Bloomberg que o míssil foi destruído.
"As medidas apropriadas — atividades para o uso pacífico do espaço sideral, realizadas de acordo com o direito internacional e práticas internacionais. A China tomou as medidas necessárias, está monitorando de perto as zonas orbitais relevantes e analisando os dados", afirmou o ministério.
A China dá grande importância à redução de detritos espaciais e cumpre ativamente as obrigações internacionais relevantes no campo das atividades espaciais, acrescentou o ministério.

China recohece que seu foguete explodiu no espaço e monitora destroços

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu, durante evento com o homólogo chileno Gabriel Boric nesta terça-feira (6), fortalecer a indústria espacial brasileira, e formar parcerias com países do Sul Global nesse ramo.&nbsp;
"Nos últimos anos, o setor espacial brasileiro sofreu com a negligência governamental. Agora retomamos o investimento, por meio de encomendas tecnológicas no valor de 300 milhões de reais. Vamos fortalecer a indústria espacial e gerar os empregos e a renda necessária", disse Lula no lançamento da pedra fundamental do Centro Espacial Nacional do Chile, em Santiago.
O presidente também criticou as desigualdades globais na exploração espacial e a falta de acesso a recursos, defendendo políticas públicas para o setor, contrapondo-se a iniciativas privadas de bilionários.&nbsp;
"Controles de exportação de componentes e insumos tecnológicos, restrições de acesso e limitações financeiras impactam desmesuradamente o Sul global", afirmou.
"Os devaneios de bilionários que preferem colonizar Marte a cuidar da Terra não substituem a ação e a orientação do Estado", disse Lula, sem citar Elon Musk.&nbsp;
O centro visa fortalecer a cooperação entre os países em atividades espaciais para fins pacíficos. Durante a cerimônia, os presidentes firmaram acordos de cooperação em atividades espaciais para fins pacíficos e programas de interesse em comum, com base nos princípios da igualdade e benefício mútuo, informou o canal oficial do governo brasileiro nas redes sociais.&nbsp;
Nesse sentido, tanto o Chile quanto o Brasil identificarão áreas para desenvolver programas e projetos conjuntos de acordo com suas políticas nacionais em matéria espacial, informou a <a href="https://www.cnnchile.com/pais/acuerdo-espacial-entre-chile-y-brasil-en-que-consiste-el-convenio-firmado-en-medio-de-la-visita-de-lula-da-silva_20240806/" target="_blank">CNN Chile</a>.&nbsp;

Lançamento da pedra fundamental do Centro Espacial Nacional do Chile

Brasil

Lula promete fortalecer indústria espacial após 'anos de negligência'

247 - A Presidência da República sancionou a Lei 14.946, de 31 de julho de 2024, publicada nesta quinta-feira (1º) no Diário Oficial da União, estabelecendo normas para atividades espaciais nacionais. A legislação, originada do Projeto de Lei 1006/2022, propõe a regulação de diversas atividades espaciais, incluindo o lançamento de veículos, turismo espacial e exploração de recursos em corpos celestes.
A lei, de autoria do deputado Pedro Lucas Fernandes (União–MA), foi aprovada pelo Senado em julho, com parecer favorável do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). A nova norma abrange atividades realizadas tanto no Brasil quanto no exterior, quando envolverem entidades brasileiras, e inclui diretrizes para minimizar os impactos ambientais dessas atividades, como a necessidade de estudos de impacto ambiental e gestão de detritos espaciais.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) será responsável por supervisionar as atividades espaciais civis, emitindo licenças e autorizações, além de coordenar o Registro Espacial Brasileiro (Resbra). A legislação distingue atividades espaciais civis e de defesa, assegurando que operações com potencial de comprometer a segurança nacional sejam acompanhadas pelas autoridades de defesa. A lei também permite à União explorar economicamente a infraestrutura espacial sem necessidade de licitação em alguns casos, promovendo o desenvolvimento do setor.

Governo sanciona nova legislação para atividades espaciais no Brasil

(Xinhua) -- Uma equipe de cientistas chineses identificou em uma amostra lunar recuperada pela Chang'e-5 um tipo de mineral enriquecido com água em sua estrutura molecular.
Um crescente corpo de evidências apontou para a existência de água ou gelo na superfície da Lua, embora mais provável que seja na forma de grupos de hidroxila.
Agora, cientistas liderados pelos do Instituto de Física da Academia Chinesa de Ciências descobriram um mineral hidratado que contém até seis moléculas de água cristalina.
De acordo com um estudo publicado recentemente na revista Nature Astronomy, as moléculas de água pesam cerca de 41% da massa total.
Os pesquisadores disseram que essa descoberta significa a primeira detecção direta de água molecular dentro do regolito lunar, lançando luz sobre uma forma real de moléculas de água e amônio na superfície da Lua.
A estrutura e composição do mineral têm uma semelhança impressionante com um mineral encontrado próximo a vulcões na Terra. Ao mesmo tempo, a contaminação terrestre ou exaustão de foguetes foi descartada como a origem desse hidrato, de acordo com o estudo.
Essa descoberta tem revelado uma forma potencial na qual as moléculas de água podem existir na superfície lunar: sais hidratados. Ao contrário do gelo de água volátil, esses hidratos são muito estáveis em regiões de alta latitude da Lua, mesmo em áreas iluminadas pelo sol.
Os pesquisadores disseram que essa descoberta abre novas possibilidades para o desenvolvimento e a utilização futuros dos recursos hídricos lunares.
A utilização de recursos in-situ na Lua estabelecerá uma base para uma estação lunar de longo prazo. A China pretende construir o modelo básico de uma estação internacional de pesquisa lunar até 2035.

Cientistas chineses encontram mineral com água cristalina em amostra lunar

<a href="https://tvbrics.com/pt/news/chefes-de-ag-ncias-espaciais-do-brics-se-re-nem-para-discutir-projetos-multilaterais/">TV BRICS</a> - Uma reunião dos chefes de agências espaciais dos países do BRICS, presidida pela Rússia, teve início em Moscou. Durante o evento, que durará dois dias, os representantes dos países do BRICS trocarão opiniões sobre uma ampla gama de questões de cooperação internacional. 
 
Os chefes de agências espaciais discutirão projetos atuais e futuros em um formato multilateral. Além disso, está prevista a adoção de documentos conjuntos. 
 
"A reunião de hoje está sendo realizada em um formato ampliado, é simbólica. Nós a consideramos não apenas como um bom sinal e um reflexo do apoio à presidência russa e suas prioridades, mas também, o mais importante, como uma confirmação do acordo de todos os participantes para desenvolver a cooperação na esfera espacial", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Ryabkov. 
 
O diretor executivo da Agência Espacial Nacional da África do Sul, Khumbulani Mudau, observou que a África do Sul apóia a iniciativa da Rússia de estabelecer um conselho espacial dos países membros do BRICS. 
 
"Pretendemos desenvolver a cooperação com o lado russo nessa direção", disse ele. Mudau acrescentou que a África do Sul pretende intensificar a cooperação no campo da tecnologia espacial com a Etiópia e o Egito, países membros do BRICS que aderiram recentemente. 
 
Mohsen Al Awadhi, diretor de programa da Missão dos Emirados Árabes Unidos para o Cinturão de Asteroides (EMA), disse durante a reunião que a contribuição da Rússia para o espaço sempre foi um exemplo inspirador. 
 
"Juntos, devemos utilizar nossos recursos. Com base nisso, podemos criar e lutar por novas conquistas que garantirão o progresso de toda a humanidade", disse Al Awadi. Ele acrescentou que os Emirados Árabes Unidos acolhem a cooperação com a Rússia não apenas em projetos existentes, mas também veem um potencial ilimitado para novas realizações. 
 
"Esta é a primeira vez que o lado etíope está participando da reunião de chefes de agências espaciais. Gostaríamos de saber mais sobre a cooperação dos países do BRICS no setor espacial. Estamos mais interessados em projetos de pesquisa", disse Abdissa Yilma, chefe do Instituto Geoespacial e de Ciências Espaciais da Etiópia. 
 
A China pediu uma maior cooperação internacional na exploração lunar e convidou outros países a participarem do projeto Rússia-China para construir a Estação Lunar Científica Internacional. 
 
"A utilização do espaço próximo deve ser segura a longo prazo. Apoiamos a iniciativa da Rússia nesse sentido", disse Zhang Kejian, chefe da Administração Espacial Nacional da China (CNSA). De acordo com ele, a China gostaria de promover o desenvolvimento da constelação de satélites do BRICS em um nível mais alto, aumentar os recursos e fortalecer a cooperação com outros países nesse sentido.

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