247 - Em uma ligação telefônica, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, abordou temas centrais da agenda internacional com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A conversa tratou da guerra em Gaza, do conflito na Ucrânia e da cooperação bilateral entre os dois países.
Segundo a Prensa Latina, que citou informações da Diretoria de Comunicações Presidenciais da Turquia, Erdogan reafirmou o engajamento de Ancara nos esforços para alcançar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e facilitar a entrada de ajuda humanitária para a população civil, fortemente afetada pela escalada dos confrontos.
<h3>Esforços de mediação e diplomacia ativa</h3>
Na mesma chamada, o líder turco destacou a importância de reativar canais diplomáticos voltados à resolução pacífica da guerra entre Rússia e Ucrânia. Erdogan ressaltou que qualquer saída deve estar ancorada em princípios de justiça e estabilidade regional, frisando que a Turquia seguirá desempenhando um papel ativo na busca por soluções negociadas.
A conversa entre Erdogan e Putin ilustra a tentativa turca de se firmar como mediadora relevante em crises internacionais, ao mesmo tempo em que preserva suas relações de proximidade com Moscou.

José Reinaldo

Presidentes da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e da Rússia, Vladimir Putin

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Mundo

Erdogan e Putin dialogam sobre genocídio em Gaza e guerra na Ucrânia

247 - O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, exibiu nesta terça-feira (23) imagens da crise humanitária em Gaza, durante a Assembleia da ONU, em Nova York, e exigiu respostas da comunidade internacional.
“Nos últimos 23 meses, uma criança foi assassinada por Israel em Gaza a cada hora", detalhou Erdogan. “Esse quadro vergonhoso de fome e inanição em Gaza vem se desenrolando e se repetindo todos os dias", acrescentou.&nbsp;
Ele ainda afirmou que Israel está ameaçando a paz regional ao lançar ataques contra Catar, Síria, Irã e Líbano. "O <a href="https://www.brasil247.com/mundo/catar-cobra-responsabilizacao-de-israel-por-crimes-contra-palestinos">ataque de Israel ao Catar</a> mostra que o governo de Netanyahu está fora de controle", disse Erdogan.&nbsp;

Leonardo Sobreira

Erdogan na Assembleia Geral da ONU em Nova York - 23 de setembro de 2025

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Erdogan denuncia fome em Gaza e mostra fotos na ONU

247 – O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, elogiou neste sábado (16) a reunião entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada em Anchorage, no Alasca. A notícia foi divulgada pela Sputnik International. Segundo Erdogan, o encontro representa um impulso renovado ao processo de paz na Ucrânia.
<blockquote>&nbsp;“As conversas entre o presidente dos Estados Unidos, Trump, e o presidente da Rússia, Putin, no Alasca deram um novo ímpeto à busca por formas de encerrar a guerra russo-ucraniana. Saudamos a cúpula do Alasca e esperamos que este novo processo estabeleça as bases para uma paz duradoura, com a participação de Volodomyr Zelensky”, declarou Erdogan em publicação na rede X (antigo Twitter).</blockquote>
<h3>Reunião de alto nível em Anchorage</h3>
O encontro entre Putin e Trump aconteceu na sexta-feira (15) e teve duração de 2 horas e 45 minutos. O formato foi restrito, “três contra três”, envolvendo figuras de peso da diplomacia dos dois países. Do lado russo, participaram o chanceler Sergey Lavrov e o assessor presidencial Yury Ushakov. Representando os Estados Unidos, estiveram presentes o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff.
A reunião marcou a primeira vez que os dois presidentes se encontraram em território norte-americano desde o início da guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022.
<h3>Papel da Turquia no processo de paz</h3>
Erdogan destacou que a Turquia está disposta a desempenhar um papel ativo para ajudar na construção de um cessar-fogo sustentável e em negociações mais amplas.
<blockquote>&nbsp;“A Turquia está pronta para dar qualquer contribuição para o estabelecimento da paz”, afirmou.</blockquote>
Ancara já havia mediado conversas anteriores entre Moscou e Kiev, incluindo o acordo de grãos do Mar Negro, assinado em 2022 e renovado por várias rodadas até sua suspensão no ano seguinte. Agora, Erdogan aposta que o reencontro entre os líderes das maiores potências nucleares pode reabrir o caminho para um entendimento mais abrangente.
<h3>Perspectivas para a Ucrânia</h3>
Embora a participação do presidente ucraniano Volodomyr Zelensky ainda dependa de desdobramentos futuros, Erdogan sublinhou a importância de seu envolvimento direto. A avaliação do governo turco é de que sem Kiev na mesa de negociações, não há como avançar em direção a um acordo sólido.
O gesto de Erdogan reforça o papel da Turquia como ator estratégico no tabuleiro geopolítico, posicionando-se como mediador entre Ocidente e Rússia em busca de uma saída diplomática para a guerra que já ultrapassa três anos.

Redação Brasil 247

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa durante uma declaração conjunta à imprensa em Bagdá, Iraque, em 22 de abril de 2024

Turquia saúda encontro entre Putin e Trump no Alasca e aposta em paz duradoura na Ucrânia

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apresentará aos chefes de Estado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) um roteiro para retomar o chamado “processo de Istambul”, mesa de mediação entre Rússia e Ucrânia estagnada desde 2022. Falando no aeroporto Esenboğa, momentos antes de embarcar para a cúpula que ocorre em Haia (24 e 25/6), o líder turco destacou o papel de seu país como ponte diplomática.
“Todos conhecem os esforços que a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Turquia+">Turquia </a>está fazendo para resolver a situação na Ucrânia. Falaremos sobre os esforços em curso para pôr fim à guerra por meio da diplomacia e de novos passos no processo de Istambul”, afirmou Erdogan em transmissão ao vivo da emissora estatal TRT Haber. Segundo ele, tanto Moscou quanto Kiev “confiam” em Ancara para conduzir as negociações.
O presidente reforçou que houve “avanços concretos” nas conversas realizadas à beira do Bósforo. “Conseguimos progresso tangível, e um dos passos mais importantes foram as negociações em Istambul. Agora queremos trilhar um caminho que encerre o conflito. A guerra não pode durar para sempre. Na cúpula da Otan, vamos apresentar nossa visão aos interlocutores e dizer que não pararemos até que a paz seja garantida”, declarou.
A ênfase na diplomacia contrasta com a narrativa predominante em capitais ocidentais, que privilegia o envio de armamentos a Kiev e o endurecimento de sanções contra Moscou. Ao levar o tema diretamente à Otan, Erdogan não só testa a receptividade da aliança a uma solução negociada, como também reafirma a pretensão turca de protagonismo regional.
Ancara não detalhou quais “novos passos” pretende propor, mas integrantes da delegação indicam que o plano envolve reativar os canais de diálogo suspensos e oferecer garantias de segurança para ambas as partes. Nos bastidores, diplomatas observam que a disposição turca de mediar o conflito tem sido tratada com ceticismo por alguns membros da Otan, que veem a Rússia unicamente como adversário estratégico – postura que, na avaliação de analistas independentes, dificulta qualquer avanço negociado.

Luis Mauro Filho

Erdogan leva à Otan proposta para reativar processo de Istambul e negociar paz na Ucrânia

247 - Durante a 51ª sessão do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), realizada neste sábado (21) em Istambul, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, lançou um forte alerta contra o que classificou como um plano imperialista para redesenhar o mapa do Oriente Médio com base em violência e dominação.&nbsp;
Segundo a reportagem publicada pelo site Press TV, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Erdogan+">Erdogan </a>exortou os países muçulmanos a resistirem à expansão da campanha militar israelense e à fragmentação da resistência regional promovida por potências ocidentais.
“Não permitiremos o estabelecimento de uma nova ordem Sykes-Picot em nossa região com fronteiras desenhadas em sangue”, afirmou o líder turco. O presidente denunciou ainda o cerco prolongado contra Gaza, que já dura 21 meses, qualificando-o como genocida e comparando suas consequências às maiores tragédias históricas da humanidade. “Dois milhões de nossos irmãos e irmãs em Gaza têm lutado para sobreviver nessas condições”, disse ele.
<h3>O que foi o acordo Sykes-Picot?</h3>
Assinado em 1916, durante a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Primeira+Guerra+Mundial">Primeira Guerra Mundial</a>, o Acordo Sykes-Picot é amplamente reconhecido como um marco do colonialismo europeu no Oriente Médio. Negociado em segredo entre Reino Unido e França, com o aval da Rússia czarista, o pacto previa a partilha das províncias árabes do Império Otomano em esferas de influência ocidental, desconsiderando por completo a vontade e a autodeterminação dos povos da região.&nbsp;
O mapa resultante traçou fronteiras artificiais que favoreceram os interesses estratégicos de Londres e Paris, consolidando domínios britânicos sobre o atual sul do Iraque, Jordânia e Palestina, e franceses sobre o norte do Iraque, Síria e Líbano. Décadas depois, o acordo é apontado como origem de tensões geopolíticas persistentes e símbolo da imposição de uma ordem internacional baseada na força e no desprezo pelas realidades locais.
Ataque a instalações nucleares iranianas desencadeia reação na OCI
O discurso de Erdogan ocorreu no mesmo dia em que o chanceler iraniano Abbas Araghchi chegou a Istambul, após a realização de um ataque aéreo israelense contra instalações nucleares iranianas, monitoradas pela <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Ag%C3%AAncia+Internacional+de+Energia+At%C3%B4mica">Agência Internacional de Energia Atômica</a> (AIEA). Araghchi classificou o bombardeio como uma violação flagrante do direito internacional e um “crime imperdoável”. “De acordo com nosso legítimo direito à autodefesa, a República Islâmica responderá à agressão israelense como considerar apropriado”, afirmou.
O ministro iraniano instou os membros da OCI a adotarem uma posição firme diante das provocações israelenses, alertando que os riscos extrapolam as fronteiras do Irã e ameaçam a estabilidade de toda a região. A delegação iraniana solicitou e teve aprovada uma sessão emergencial, culminando em uma declaração conjunta dos países islâmicos que condena o ataque e exige o fim imediato de quaisquer ações militares contra instalações nucleares. O texto reforça ainda a demanda histórica por uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio e responsabiliza Israel por manter um arsenal atômico sem aderir ao Tratado de Não Proliferação (TNP).

O presidente turco, Tayyip Erdogan, na cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Brasil
19/11/2024
REUTERS/Pilar Olivares

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Erdogan denuncia plano para redesenhar o Oriente Médio: ‘Não permitiremos novo Sykes-Picot com fronteiras desenhadas em sangue’

247 - Autoridades da Turquia e lideranças curdas sírias vêm conduzindo, há vários meses, tratativas sigilosas que podem significar um ponto de inflexão no histórico de confrontos entre Ancara e os curdos da região.&nbsp;
Conforme revelou o site Al-Mayadeen, os diálogos têm como objetivo encerrar o conflito com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e rever a postura turca em relação à autonomia curda no norte da Síria.
Fontes ouvidas pela publicação revelaram que os diálogos ocorreram de forma paralela a uma retomada da interlocução entre <a href="https://www.brasil247.com/search?term=turquia">autoridades turcas</a> e Abdullah Ocalan, líder histórico do PKK, atualmente preso. Reuniões de alto nível com representantes curdos da Síria teriam acontecido em países como França e Suíça, especialmente após as eleições municipais turcas.
A guinada de postura do governo Recep Tayyip Erdogan surgiu no contexto de uma derrota eleitoral significativa para o Partido Republicano do Povo (CHP), que contou com apoio do pró-curdo Partido da Igualdade e Democracia (DEM). Buscando enfraquecer esse bloco opositor, o governo turco passou a considerar alianças alternativas, inclusive com setores antes hostilizados.
<h3>Ocalan defende desarmamento e propõe novo partido</h3>
A nova etapa de diálogo ganhou força após o líder do ultranacionalista Partido do Movimento Nacionalista (MHP), Devlet Bahçeli — aliado de Erdogan — abandonar sua histórica resistência ao envolvimento curdo. Ele passou a apoiar a participação de Ocalan nas tratativas, chegando a admitir publicamente a possibilidade de uma anistia, caso o PKK abandone as armas.
No dia 27 de fevereiro, Ocalan conclamou sua organização a encerrar a luta armada e se dissolver. A cúpula do PKK, sediada na região do Curdistão iraquiano, acatou a decisão em maio. Simultaneamente, o líder curdo passou a conduzir um processo de reestruturação do DEM, transformando-o numa legenda curda legalista, integrada à política institucional turca e com limites definidos pelo Estado.
Caso se concretize, esse desfecho representaria o fim de um ciclo de violência que se arrasta há mais de quatro décadas.
<h3>Novo realinhamento político e militar no norte da Síria</h3>
Apesar das continuadas operações militares contra alvos do PKK e da infraestrutura curda na Síria, Ancara tem reduzido suas ofensivas desde março. Um cessar-fogo intermediado pelos Estados Unidos, especialmente nas imediações da represa de Tishreen, permanece em vigor há mais de dois meses.
Como parte das medidas de distensão, o governo turco avalia reabrir o posto de fronteira de Nusaybin — fechado desde 2012. A reativação traria impactos econômicos diretos para regiões sob controle das Forças Democráticas Sírias (SDF), como Raqqa e Deir Ezzor.
Segundo fontes do Al-Mayadeen, Ancara estaria disposta a aceitar uma forma limitada de autonomia curda na Síria, desde que essa não seja institucionalizada por meio da Constituição. Além disso, haveria disposição para incorporar os combatentes curdos das SDF ao Exército sírio, sob comando de Damasco, conforme acertado em 10 de março entre o comandante Mazlum Kobane e o presidente interino sírio Ahmad al-Sharaa.
<h3>Kobane confirma cessar-fogo e admite possibilidade de diálogo com Ancara</h3>
O comandante das SDF, Mazlum Kobane, reconheceu publicamente a existência de uma trégua com o exército turco, ainda que “condicional e temporária”, e afirmou esperar que o acordo se torne permanente. Ele também se declarou aberto a se reunir com Erdogan, embora tenha admitido que não há encontros marcados até o momento.
Fontes indicam que Kobane teria sido sondado para uma possível reunião com o ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, ou com o chefe da inteligência Ibrahim Kalin, em <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Damasco+">Damasco </a>— caso seja retirada toda a influência do PKK da política curda síria. Tanto a chancelaria turca quanto as SDF negaram formalmente que tal convite tenha sido feito.
<h3>Washington atua nos bastidores por uma saída negociada</h3>
As movimentações diplomáticas ganharam impulso com a mediação dos Estados Unidos, que facilitaram encontros entre representantes turcos e curdos no sul da Turquia. Nessas reuniões, temas como o futuro político da Síria, uma eventual retirada das tropas norte-americanas e o destino dos detentos do Estado Islâmico sob custódia curda estiveram na mesa.
O colapso do regime sírio de Bashar al-Assad em dezembro, bem como a aproximação recente entre a administração curda e o governo de Israel, funcionaram como catalisadores para uma maior cooperação entre Turquia e Síria — tradicionalmente em lados opostos do conflito.
Diante de um novo tabuleiro geopolítico no <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Oriente+M%C3%A9dio">Oriente Médio</a>, Erdogan parece apostar na via do pragmatismo para conter a influência curda transnacional e evitar que o vácuo de poder beneficie seus adversários — internos e externos.

Apoiadores do Partido pela Igualdade e Democracia dos Povos (DEM), pró-curdo, exibem bandeiras com um retrato do líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), Abdullah Ocalan, que está preso, em Istambul, Turquia, em 17 de março de 2024

Turquia negocia com curdos da Síria e PKK para encerrar conflito armado

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta segunda-feira (2) a intenção de promover uma cúpula entre os líderes da Rússia e da Ucrânia, com possível participação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta ocorre em meio à retomada do diálogo entre Moscou e Kiev, mediado por Ancara. As informações são da emissora RT.
Durante pronunciamento transmitido pela televisão e publicado em sua conta na plataforma X, <a href="http://brasil247.com/search?term=Erdogan">Erdogan </a>avaliou como “muito magnífico” o segundo encontro entre representantes russos e ucranianos em menos de um mês. O encontro mais recente, realizado em Istambul, resultou no maior acordo de troca de prisioneiros desde o início do conflito, segundo o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky.
“Meu maior desejo é reunir tanto (o presidente russo) Vladimir <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Putin+">Putin </a>quanto (o presidente ucraniano) Zelensky, talvez em Istambul ou em Ancara”, afirmou Erdogan. O líder turco também sugeriu que “o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia participar do encontro”. E completou: “Se eles concordarem, eu participarei pessoalmente da reunião”, acrescentando que sua meta é transformar “Istambul em um verdadeiro centro da paz”.
O encontro desta segunda-feira marcou uma ampliação significativa no escopo das negociações. Medinsky revelou que as delegações acordaram uma troca que inclui todos os prisioneiros gravemente feridos ou doentes, além de um mecanismo específico para soldados capturados com menos de 25 anos. Moscou também se comprometeu a devolver unilateralmente os corpos de seis mil combatentes ucranianos já na próxima semana.
Além disso, a delegação russa entregou aos representantes de Kiev um memorando detalhado com propostas para a construção de um cessar-fogo “completo” e sustentável. Embora o conteúdo do documento não tenha sido divulgado, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Medinsky+">Medinsky </a>declarou que trata-se de uma “proposta de paz duradoura”.
A Turquia tem se posicionado como interlocutora entre as duas partes desde 2022, quando abrigou as primeiras tentativas formais de cessar-fogo. Na ocasião, o então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, aconselhou Kiev a não aceitar um acordo, orientando a continuidade da guerra. Desde então, as tratativas foram interrompidas até que, sob pressão do presidente Donald Trump, a Ucrânia retornou às mesas de negociação.
A rodada anterior, em 16 de maio, também realizada em Istambul, resultou na libertação mútua de mil prisioneiros por parte de cada país. Ao final da nova reunião, o chefe da delegação ucraniana, Rustem Umerov, declarou que Kiev deseja agendar o próximo encontro antes do fim de junho. Até o momento, o governo russo não comentou publicamente a proposta.

Erdogan propõe cúpula entre Rússia e Ucrânia e quer Trump presente: “Istambul deve ser um centro da paz”

Prensa Latina - Milhares de pessoas foram às ruas de Istambul para protestar contra a prisão do prefeito e membro do principal partido de oposição da Turquia, Ekrem Imamoglu, informou nesta quinta-feira (20) o jornal digital turco T24.
Os manifestantes se reuniram do lado de fora da sede municipal do distrito de Saraçhane com bandeiras turcas e faixas com os dizeres: "Se vocês permanecerem em silêncio hoje, serão silenciados amanhã", informou a fonte.&nbsp;
Durante a manifestação, organizada pelo Partido Republicano do Povo (CHP), foram ouvidos slogans como "Imamoglu, você não está sozinho".&nbsp;
Os líderes do CHP se dirigiram à multidão reunida, incluindo seu líder, Ozgur Ozel, que convocou o povo a se manifestar na manhã do próximo domingo.&nbsp;
A prisão de Imamoglu ocorre após uma ordem da Universidade de Istambul, que revogou o diploma do prefeito, o que poderia impedi-lo de participar da eleição presidencial, já que, de acordo com a Constituição turca, os candidatos presidenciais devem ter diploma de ensino superior.
Imamoglu foi preso sob supostas acusações de corrupção, incluindo liderar uma gangue criminosa.

Na Turquia, milhares de manifestantes protestam contra a prisão do prefeito de Istambul: "Imamoglu, você não está sozinho"

(Reuters) – Manifestantes próximos à sede principal da polícia de Istambul disseram nesta quarta-feira que a detenção do principal rival político do presidente Tayyip Erdogan e prefeito da cidade, Ekrem Imamoglu, representa um golpe à democracia turca.
Mais cedo, as autoridades turcas prenderam Imamoglu, do principal partido de oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP), sob acusações de corrupção e auxílio a um grupo terrorista, o que gerou protestos e indignação por parte da oposição e de críticos do governo.
Mais de 100 pessoas se reuniram perto da sede da polícia, para onde Imamoglu foi levado após sua prisão, entoando palavras de apoio ao prefeito e slogans contra o governo.
“Eles estão realizando um golpe agora contra Imamoglu, que derrotou Erdogan quatro vezes nas urnas desde 2019 com a vontade da nação”, disse Bulent Gulten, um manifestante, referindo-se às eleições municipais nacionais de 2019 e 2024, quando o CHP de Imamoglu venceu Erdogan ao conquistar a maioria das grandes cidades.
“Hoje, a nação turca se unirá mais uma vez contra aqueles que traem a democracia e a vontade nacional. Ekrem Imamoglu está crescendo e ganhando força aos olhos do povo”, acrescentou.
Forças de segurança bloquearam as ruas que levam à sede da polícia, com tropas de choque e caminhões com canhões de água fechando os acessos, enquanto o gabinete do governador de Istambul proibiu todas as reuniões públicas após a prisão de Imamoglu.
“Viemos aqui para apoiar o prefeito. Eles o prenderam injustamente. Por isso estamos aqui para demonstrar nosso apoio”, disse Murat Sapankaya, um funcionário municipal presente no protesto.
Imamoglu, 54 anos, intensificou suas críticas a Erdogan e ao governo nos últimos meses, o que levou a uma onda de ações legais e processos contra ele. Nesta quarta-feira, ele afirmou que não desistirá e continuará resistindo à pressão.
“Na verdade, já prevíamos que Imamoglu logo passaria por um processo de detenção como esse. Estamos todos aqui até que a decisão seja revertida e a justiça seja feita”, disse Yilmaz Arslan, outro manifestante.

Bianca Penteado

Manifestantes dizem que detenção do prefeito de Istambul é um golpe à democracia turca

<a href="https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/prefeito-de-istambul-principal-opositor-na-turquia-e-preso-acusado-de-corrupcao/">Opera Mundi </a>- A polícia prendeu na manhã desta quarta-feira (18/03) o prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, &nbsp;sob acusação de suspeita de corrupção e de ligação com uma organização terrorista. Sua detenção ocorre quatro dias antes das primárias nas quais seu partido, o Partido Republicano do Povo (CHP), escolheria o candidato para as próximas eleições presidenciais. Estava previsto que Imamoglu o candidato desse partido social-democrata considerado de centro-esquerda.
Ele é principal nome da oposição contra o presidente turno Recep Tayyib Erdogan, do islâmico Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), que está no poder há duas décadas. Reeleito em 2023, Erdogan governa com o poder fortemente concentrado em suas mãos. Sua coalizão têm 323 dos 600 assentos do parlamento unicameral turco e governa com uma orientação conservadora, nacionalista e com influência islâmica.
Além de Imamoglu, a política prendeu mais de cem pessoas, incluindo outros dois prefeitos do CHP, sob a acusação de corrupção. Um forte esquema policial foi montado para a prisão do prefeito da capital turca, com centenas de policiais de choque e canhões de água. Também foi bloqueado o acesso do transporte público à área da prefeitura e às principais praças de Istambul para dificultar manifestações públicas.
Em uma medida inédita há décadas, o governo também proibiu “reuniões, manifestações ou coletivas de imprensa” em toda a província até 23 de março. Este seria exatamente o dia das prévias do CHP. O partido classificou a prisão de “golpe de estado” e disse que manterá as primárias, embora a data prevista esteja dentro do período de proibição de reuniões. Constatou-se, ainda, uma redução da velocidade da internet, tornando lento o acesso às redes sociais e aplicativos de mensagens.
Cinco processos contra ele em poucos meses - A prisão de Imamoglu está relacionada a dois dos cinco processos abertos contra ele nos últimos meses. Um deles o acusa de liderar “uma organização criminosa” desde sua época de prefeito distrital de Beylikdüzü. A rede, segundo a acusação, solicitou subornos de empresários, superfaturou despesas e manteve funcionários fantasmas em empresas municipais.
Outro processo acusa de “colaboração com a organização terrorista PKK/KCK” por supostamente incluir pessoas desse grupo armado nacionalista curdo em suas listas eleitorais. A a acusação, no entanto, se refere às eleições de 2024, quando o partido de Imamoglu concorreu em solitário, sem repetir a aliança com os curdos que fizera em 2019.
Mesmo disputando sem alianças, Imamoglu venceu por ampla margem o candidato de Erdogan. Além disso, a prisão ocorre num momento em que o próprio governo iniciou negociações com o PKK para o seu desarmamento.
A prisão do prefeito de Istambul deu-se um dia depois de a Universidade de Istambul anular seu diploma superior. A universidade alegou supostas irregularidades em sua transferência, em 1990, de uma universidade privada no norte de Chipre para a sua faculdade de administração. Pela lei turca, é preciso ter curso superior para concorrer a um cargo público. Imamoglu disse que recorreria.
Condenado à prisão por insultar comissão que anulou sua eleição - Além desses processos, o prefeito de Istambul aguarda um recurso contra uma condenação por “insultar” membros da Comissão Eleitoral que cancelaram sua eleição em 2019. A comissão obrigou a que se repetisse o pleito, Imamoglu voltou a ganhar e, desde então, sua influência política só aumentou.
Nesse processo, ele foi condenado a dois anos e sete meses de prisão e proibição de concorrer a cargo público. Também o presidente Erdogan teve sua carreira política &nbsp;impulsionada, nos anos 90, por uma acusação absurda quando era prefeito de Istambul.
Dentro de seu partido, o único rival que poderia disputar as primárias com Imamoglu seria o prefeito de Ancara, Mansur Yavas. Também popular, ele transita melhor entre os círculos da direita e os nacionalistas turcos. Ele se negou a participar das primárias, mas não descartou concorrer à eleição presidencial. De qualquer forma, prestou solidariedade imediata a Imamoglu. “Nós o apoiaremos em sua luta justa até o fim”, disse.
Contrariando os procedimentos, a polícia levou Imamoglu diretamente para a delegacia e não para um hospital para fazer um exame médico. Na Turquia, esse exame inicial é obrigatório para todos os detidos.

Prefeito de Istambul, principal opositor na Turquia, é preso acusado de corrupção

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, está avaliando a possibilidade de enviar militares turcos à Ucrânia para integrar uma missão de monitoramento da situação no país, conforme reportado pela agência <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-03-13/turkey-s-erdogan-seeks-closer-ties-with-europe-as-us-retreats?srnd=homepage-europe&amp;sref=P9eL2p16">Bloomberg</a>, que cita fontes próximas às negociações.&nbsp;
Segundo as fontes consultadas, Erdogan busca uma aproximação estratégica com a União Europeia, oferecendo uma colaboração mais estreita em defesa e segurança em troca de maior cooperação econômica. Nesse contexto, o líder turco poderia propor a participação de pessoal militar em uma missão de manutenção da paz na Ucrânia, desde que haja o consentimento de Moscou.
"A Turquia surge como um mediador de poder mais proeminente e um elemento-chave da OTAN. O presidente turco expandiu a presença militar e diplomática do país da África para o Oriente Médio de uma forma nunca vista desde o fim do Império Otomano, há um século", destacou a agência em sua análise.
A possibilidade de um engajamento militar turco na Ucrânia, no entanto, levanta preocupações em Moscou. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que propostas de envio de tropas estrangeiras à zona de conflito "parecem tentativas de salvar as autoridades de Kiev", classificando a ideia como uma possível provocação.
O Ministério da Defesa da Turquia confirmou que o envio de forças de paz para a Ucrânia será discutido entre todas as partes interessadas caso a medida seja considerada necessária.&nbsp;

Erdogan cogita enviar tropas turcas para 'monitoramento de paz' na Ucrânia

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que havia um plano para dividir a Síria em três partes, mas esses planos foram frustrados. "Apreciamos os esforços das novas autoridades sírias para garantir a integridade política e territorial do país. O plano de dividir a Síria em três partes, que seriam fáceis de 'engolir', foi frustrado", declarou Erdogan durante seu discurso no congresso de seu partido em Adana.
O governante turco reiterou que as autoridades do país acolhem o retorno voluntário dos refugiados sírios à sua terra natal, mas se abstêm de forçar os cidadãos da Síria a retornar.
Anteriormente, uma fonte do Ministério da Defesa turco afirmou ao canal estatal TRT Haber que as forças turcas estão prontas para realizar uma operação transfronteiriça na Síria contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) e seus grupos afiliados, caso o PKK não desarme.
<h2>Contexto</h2>
Militantes liderados pelo grupo terrorista Hay'at Tahrir al-Sham tomaram o controle de Damasco em 8 de dezembro de 2024 e declararam o fim do governo de Bashar al-Assad. A ofensiva surpresa dos opositores alcançou a capital síria em menos de duas semanas. A situação no país árabe permanece delicada, em meio à persistente instabilidade política.
Assad, que esteve no poder por mais de 24 anos, renunciou após negociações com as novas lideranças sírias e deixou o país, recebendo asilo na Rússia. Mohammed al-Bashir, que liderava uma administração com sede na província de Idlib, foi nomeado primeiro-ministro interino em 10 de dezembro de 2024 (com Sputnik).

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